23 novembro, 2006
20 novembro, 2006
18 novembro, 2006
Sobre o Alice
Criei imensas expectativas sobre este filme. A crítica foi muito positiva e até há a possibilidade de ser nomeado para o óscar de melhor filme estrangeiro. Vi-o na semana passada. O argumento é brilhante, a fotografia do melhor que já se fez em Portugal, a banda sonora do Sasseti é arrepiante, a interpretação de um dos meus actores favoritos, o Nuno Lopes, é de gigante. Este filme tinha tudo para ser uma obra-prima do cinema português mas, na minha opinião, não é. Porquê? Há muitos tempos mortos (percebo que provavelmente o realizador teve a intenção de transmitir ao público o vazio e o silêncio que invade a vida de um pai que perde um filho), há falta de diálogos e de interacção entre os personagens (e é uma pena, visto que estamos perante um elenco de luxo), de ritmo (imagino que um minuto na vida do Mário demore uma eternidade, mas mesmo assim...), e o final acaba por ser muito frustrante. Não sou a favor dos finais sempre felizes (o do Alice representa bem a realidade, é verdade- há muitas crianças que desaparecem e não deixam rasto) mas depois daquela espera toda, depois de estar ali colada ao ecrã, mais de uma hora e meia, à espera de que o Mário encontre a Alice... Não acontece nada. Eles cruzam-se... A criança vê o pai mas ele não a vê. Exactamente no dia em que ele decide parar de a procurar.
Tenho de confessar que me senti muito frustrada quando o filme acabou. Muito frustrada.
11 novembro, 2006
09 novembro, 2006
Uma semana de mudanças
Depois de estar a trabalhar em casa há mais de seis meses a minha rotina mudou completamente. Agora o meu escritório já não é a minha casa. A distância para trabalhar é bem mais longa do que aquela que percorria todos os dias, do meu quarto para o escritório. O almoço também deixou de ser cozinhado por mim. O que vale é que já descobrimos umas tasquinhas fantásticas. Agora o meu dia começa muito mais cedo (Porque decidi enfiar-me num ginásio e às oito e meia da manhã já estou a nadar), percorro a marginal, sinto a tranquilidade do mar, até chegar a Lisboa. Mas quando me meto no carro para voltar para casa a lua já espreita. O silêncio da minha casa, muitas vezes interrompido por música, foi trocado pelas insuportáveis buzinas dos automóveis.
Gosto de trabalhar com pessoas, gosto de estar com pessoas, preciso de estar com pessoas. Ás vezes o trabalho de escrita é demasiado solitário.
A verdade é que nestas mudanças todas o que mais me custa é a distância que separa o escritório da minha casa...
Mas a vida é mesmo assim.
E o ser humano vive de hábitos... Hei-de conseguir criar a minha nova rotina.
03 novembro, 2006
Mal li a sinopse deste filme fiquei logo com vontade de o ir ver. Várias histórias de amor retratadas em Paris... Vistas através do olhar de vários cineastas! Ideia comprada! Adorei!
Ontem foi a estreia e resolvi ir logo vê-lo, ao Vasco da Gama. Nem o temporal me dissuadiu de ir até Lisboa. Duas horas depois a desilusão apoderou-se de mim. Saí do cinema completamente desiludida.Eu, desiludida, a Joana ensonada.
Um filme chato, composto por várias curtas, muitas delas que não me provocaram qualquer sensação. Haverá pior coisa do que a indiferença? Um filme que facilmente vou esquecer porque não me marcou nada. Ficaram apenas as bonitas paisagens de Paris (sempre deu para matar saudades), a banda sonora e o desempenho de alguns actores de que tanto gosto (Nick Nolte, Natalie Portman, Juliette Binoche, Gerárd Departieu...).
Continuo sem perceber porque é que uma curta-metragem, na generalidade, tem de ser pseudo-intelectual, vazia de nexo...
Enfim...
Apesar de tudo, continuo a adorar PARIS!
Subscrever:
Mensagens (Atom)