29 dezembro, 2010

Adeus 2010, bem-vindo 2011!

Estamos quase a 2011. Entre o natal e os últimos dias do ano fico sempre um pouco nostálgica. Faço um balanço do que fiz durante este ano e o que desejo para o próximo. 2010 foi um ano de descobertas, de auto-conhecimento e de crescimento pessoal. Amadureci. Cresci. Aprendi e evoluí. Custou um bocadinho, ainda para mais eu que sempre tive o sonho de viver na Terra do Nunca. Atravessei montanhas e vales, caí algumas vezes mas levantei-me. De cabeça erguida segui o que sinto. Haverá caminho mais certo? Não me parece. 2010 trouxe-me a loucura e a paz do amor. A descoberta do que é amar e ser amada da mesma maneira. Foi um ano longo, difícil, pesado mas olhando para trás, agora, percebo que o percurso que tive de fazer foi para me tornar mais forte, foi para me mostrar que o amor também magoa mas também nos faz as pessoas mais felizes do mundo. 2010 também me trouxe uma má notícia mas sei que o próximo ano vai dar tréguas à minha grande amiga TX – essa grande lutadora!
Sinto-me abençoada. Pela família, pelo namorado, pelos amigos. Sou feliz porque estou rodeada de um grupo de pessoas especiais, escolhidas a dedo! Sou feliz porque o meu trabalho é a escrita, esta arte a que me entrego todos os dias. Sou feliz porque tenho saúde, vivo tempos de paz e acredito sempre que amanhã pode ser sempre melhor que hoje.
2010 trouxe-me muitas coisas boas. Sinto que 2011 me vai trazer mudanças (das boas!). Peço muita saúde para todos, muita paz e amor!

22 dezembro, 2010





Hoje recebi um presente de Natal antecipado! Um presente muito especial que marca uma das fases mais felizes da minha vida. O que eu gostei do relógio e da sua versatilidade. Tem tudo a ver comigo, acertou em cheio! Ele continua a mimar-me - e com muito bom gosto.
Adorei! Obrigada, do fundo do coração (que tanto te sente).

15 dezembro, 2010

11 novembro, 2010

Adeus, João!

Hoje foi a vez de Lisboa dizer adeus a João Manuel Serra. Um homem que dedicou parte da sua vida a acenar com a mão direita nos passeios do Restelo e do Saldanha para as pessoas que por ele passava. Sorria-lhes através dos vidros dos automóveis e atirava beijos. Tive a sorte de conhecer este senhor numa reportagem para a faculdade. João era um homem culto, oriundo de famílias abastadas que dedicara a vida à sua mãe. Quando a senhora morreu, João procurou nas ruas de Lisboa o conforto para afugentar a solidão. Dormia pouco. Só pela madrugada é que se deslocava até Sete Rios, onde vivia. Quando não estava na rua ou em casa, ia ao cinema e às livrarias encher-se de cultura. Gostava de falar, era um homem de gestos mas também de palavras. Tinha como sombra o passado. Falava da família que ainda tinha no Restelo mas os seus olhos brilhavam quando recordava as viagens que fez com mãe. Tinha uma fotografia dela no bolso das calças. Era uma senhora imponente, fina. Talvez João a procurasse por entre os carros, ao som das buzinas. Talvez nunca tivesse tido tempo de se despedir dela. Ou talvez nunca tivesse desistido de a voltar a encontrar nas ruas de Lisboa. E queria recebê-la da melhor maneira: com um sorriso.
Estou FELIZ.

10 novembro, 2010

Sweet November...

Enya - Only Time (Sweet November)

Correu tudo bem. Agora é esperar que o tempo lhe devolva a cada segundo a saúde que lhe foi roubada abruptamente. Obrigada a todos os que estiveram e que continuam a torcer por ela. A minha amiga valentona!

ARREPIANTE

08 novembro, 2010

We will be victorious!

Para ti, T.X.

"Para ser grande, sê inteiro: nada
Teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa. Põe quanto és
No mínimo que fazes.
Assim em cada lago a lua toda
Brilha, porque alta vive."

(Fernando Pessoa)


06 novembro, 2010

ADORO!

"When you love someone you just say it!"

A calma apareceu de uma forma natural e estranhamente se entranhou em mim. No amor descobri que sou mais impulsiva, menos racional, e gosto de ser dessa maneira. Agora vivo-o de uma forma mais ponderada, mais inteligente, mais madura. Esforço-me para não pensar muito nisso, vivo à mercê do que sinto a cada momento. Vivo a verdade mas com o pé no travão. É difícil gerir, muito difícil. Sobretudo porque eu sou apaixonada pelo amor e gosto de o desafiar a cada instante. Mas há momentos em que a vida nos mostra que existem outras formas de amar. Através do olhar e do silêncio. Incondicionalmente. Ali ele embala como um bebé ao colo da mãe, numa paz quase enfeitiçada e contagiante. Indestrutível e avassaladora. Não sei que futuro está desenhado para mim mas acredito que seja bom. Tenho tentado construir um presente que me orgulha de estar cá.

04 novembro, 2010

"Acreditar em algo e não o viver é desonesto"(Gandhi)

02 novembro, 2010

29 outubro, 2010

O cancro é um filho da puta da pior espécie. Vem de mansinho, caminhando em bicos dos pés, em passos silenciosos, e de repente, quando nos apercebemos, já nos está a declarar guerra. É mesmo um grande filho da puta que vem testar a nossa capacidade de resistir. Mas tu és uma resistente, sabes disso. És das pessoas que mais lutou para chegar onde estás. Com inteligência, verdade e mérito. Não tens feito outra coisa que não lutar! E tens a obrigação de vencer esse grande filho da puta. Porque vais vencê-lo! Não há espaço para deslizes, para medos, para hesitações. Tu és das pessoas mais especiais e mais íntegras que conheço e nós precisamos de ti, o mundo precisa de ti para ser melhor. Se é guerra que o bicho quer, então vamos lá! Tu és uma vencedora. Basta olhares para trás... e eu, olhando para a frente, sei que vais vencer outra vez. E vamos festejar juntas, com um brinde, como sempre.

28 outubro, 2010

O rumo é mesmo este.


E FEZ-SE LUZ!


Ás vezes andamos às voltas e voltas a tentar enganarmo-nos a nós mesmos. Arranjamos desculpas, justificações, embrulhamo-nos num cordel agonizante que parece não ter fim. O que é que acontece? Não saímos do mesmo lugar, não avançamos, apenas permanecemos. Eu recuso-me a permanecer mas estava difícil avançar sem olhar para trás. E não é que de repente, num sopro de imprevisto, a realidade cruza-se com os meus olhos. Uma realidade crua, límpida, cruel também... mas é a realidade. E é com ela que tenho de lidar e com a desilusão. Mas estou bem. Era só esta luz que eu precisava ver e sentir. Agora estou pronta para avançar. Sozinha. Comigo. Chegou o meu momento. Sinto-me sossegada.

27 outubro, 2010

Balançar















Tenho "apanhado" várias vezes esta música na rádio. Não é por acaso.

"Pedes-me um tempo,
para balanço de vida.
Mas eu sou de letras,
não me sei dividir.
Para mim um balanço
é mesmo balançar,
balançar até dar balanço
e sair...

Pedes-me um sonho,
para fazer de chão.
Mas eu desses não tenho,
só dos de voar.

Agarras a minha mão
com a tua mão
e prendes-me a dizer
que me estás a salvar.
De quê?
De viver o perigo.
De quê?
De rasgar o peito.
Com o quê?
De morrer,
mas de que paixão?
De quê?
Se o que mata mais é não ver
o que a noite esconde
e não ter
nem sentir
o vento ardente
a soprar o coração...

Pedes o mundo
dentro das mãos fechadas
e o que cabe é pouco
mas é tudo o que tens.
Esqueces que às vezes,
quando falha o chão,
o salto é sem rede
e tens de abrir as mãos.

Pedes-me um sonho
para juntar os pedaços
mas nem tudo o que parte
se volta a colar.

E agarras a minha mão
com a tua mão e prendes-me
e dizes-me para te salvar.
De quê?
De viver o perigo.
De quê?
De rasgar o peito.
Com o quê?
De morrer,
mas de que paixão?
De quê?
Se o que mata mais é não ver
o que a noite esconde
e não ter
nem sentir
o vento ardente
a soprar o coração."

(Mafalda Veiga)

21 outubro, 2010

Beirut - Sunday Smile

Estou ansiosa por chegar a casa e fazer a mala. Amanhã vou para sul na minha companhia porque nós precisamos uma da outra. Eu, ela e o silêncio. Nós. Quero disfrutar da natureza, do ambiente relaxante, da leitura, dos petiscos, da música, da dança, do SPA do hotel. É uma viagem aos sentidos porque o pensamento e as filosofias vão ficar bem fechados dentro da mala (bem longe de mim - estou cansada!). Quero conhecer e deixar-me conhecer.
Amanhã. Amanhã nunca mais chega!

19 outubro, 2010

18 outubro, 2010

Sobre almas gémeas

"O encontro das almas gémeas acontece muito antes do que no plano físico.
Primeiro é o IDEAL ESPIRITUAL ou seja missão. Nesse estágio, juntas, as almas gémeas têm um desenvolvimento que jamais conseguiriam estando separadas. Há uma imensa felicidade e se brigam ou se separam, parecem decair ou chegam mesmo a perder a razão da vida.
O segundo estágio é o IDEAL INTELECTUAL. Nesse estágio as almas gémeas têm os mesmos ideais, gostam dos mesmos assuntos. Ambas querem obter uma elevação cultural e intelectual.
O terceiro estágio é CONSCIÊNCIA E INTERESSE. Nesse estágio, não há lamentações, pois sabem que são como um todo, um único e perfeito. O estado de ânimo reflecte como um espelho no outro. A doença de um entristece o outro. Aqui é onde o sentimento enobrece, e esse estágio geralmente acaba quando um dos parceiros falecem.
O quarto estágio SIMPATIA. Elas atraem-se geralmente quando são bem humoradas e têm uma vida sempre ativa. Aqui não há sentimento de raiva, de ódio, de rancor. Nesse estágio, as almas gémeas, por estarem unidas por uma consciência superior, não existe a necessidade de palavras de baixo calão.
O quinto estágio é o DESEJO. Aqui, as almas gémeas, homem e mulher, entregam-se à paixão, à procura. Existe a consciência de diálogo a fio, respeito e planos para o futuro.
O sexto estágio é o FÍSICO. É o período do contato, do abraço, dos beijos, dos carinhos, do acto sexual, é onde tudo se torna mais intenso, é onde há a libertação kármica (êxtase sexual). É a evolução dos dois. Esses são os estágios das Almas Gémeas.
A procura das Almas Gémeas são intuitivas, são desejos puros.
Quando há esse encontro não existe quotidiano, regras, ou sentimentos mais puros. Há uma harmonia de espírito, intelecto, desejos, conquistas.
Os encontros das Almas Gémeas, não como regra mas sim pelos elementais, têm seus
encontros:
Signos de TERRA como Virgem, Capricórnio e Touro, encontrarão seu par em ambiente de trabalho.
Os de elemento FOGO como Áries, Leão e Sagitário, vão ao encontro de sua alma gémea, em variados lugares. E, quando se acham, geralmente brigam com a pessoa, não simpatizam à primeira vista e discordam dos assuntos que discutem.
Nos elementos de ÁGUA como Escorpião, Peixes e Câncer, tem maiores facilidades em encontros familiares.
Os elementos de AR, como Gémeos, Libra e Aquário, podem se conhecer através da comunicação, telefonemas, correspondências, amigos.
Jamais se esqueçam de que a atracção das almas gêmeas se dão pelo facto de terem o mesmo magnetismo, as mesmas qualidades espirituais e possivelmente emocionais."

Scala and Kolacny Bros - U2 With or Without You

17 outubro, 2010

Uma bela tarde...











Cirque du Soleil

Ontem tive um convite de última hora para ir assistir ao espectáculo Saltibanc do Cirque du Soleil. Era impossível recusar. Nunca fui grande apreciadora do dito circo tradicional mas o conceito deste grupo nada tem a ver com isso. É bailado, é magia, é sonho, é música, é a arte no seu estado mais puro. O espectáculo leva-nos a outra realidade e mostra-nos que o corpo e a alma não têm limites. Fiquei impressionada com o desempenho destas duas raparigas no trapézio. É preciso ter equilíbrio, coragem, e sobretudo muito confiança. Elas estavam a quinze, vinte metros do chão, livres, completamente livres. Não tinham rede nem estavam presas por fios. Nada. O exercício estava nas mãos delas e nos nossos olhos. Arrepiante. Arriscar a vida também é entregarmo-nos ao que amamos com a consciência e a confiança de que vamos dar o nosso melhor.
Muito obrigada, querida Z.

Cirque du Soleil Duo Trapeze Saltimbanco Senchihina twins

Creed: "With Arms Wide Open" Acoustic (Stripped)

15 outubro, 2010

AUTO-RETRATO

Hoje estou num dia introspectivo. No meio dos meus pensamentos perguntei-me quem sou, o que quero fazer, quais são os meus sonhos e aquilo que me faz feliz.
Dei por mim a pensar que sou uma mulher com ânsia de viver, de conhecer e aprender. Sou verdadeira e leal mas às vezes tenho dificuldade em dizer não. Sou romântica, fria para quem não conheço, lógica, racional, e cada vez quero ser mais emocional. Sou sonhadora mas quando olho para o chão, sei que os meus pés estão bem presos à terra. Sou criativa, tímida, profunda, sensível, tenho fragilidades mas tenho uma estrutura forte. Sou orgulhosa e teimosa e extremamente paciente. Quando me dou a alguém dou-me por inteiro. Sou serena e odeio conflitos. Sou optimista e ponderada por natureza. Um dos meus maiores desafios é aprender a perdoar. É um caminho longo que tenho de fazer.
O que é que me faz feliz?
Uma bela gargalhada. Um olhar intenso. Flores, campestres, de preferência. Chocolate preto. Um abraço apertado. Uma viagem. Um chá de menta demorado no Inverno e uma morangoska bem fresca no Verão. Um postal (hoje recebi um!). Um jantar prolongado na melhor companhia. Olhar para o mar e encher-me de paz, deixar-me envolver pela música das ondas. Uma surpresa. Escrever. Dançar. Nadar. Ver um bom filme. Ler um bom livro. Reencontros. Deitar-me no relvado com uma manta e contemplar o silêncio. Ajudar alguém que precisa de mim. Todos os momentos à mesa com amigos e família. A minha família. Os meus amigos. Sentir-me especial.
O que é que me entristece?
As desilusões. O medo. A falsidade. O cinismo. O egoísmo e o egocentrismo. A aldrabice. O abuso de poder. O desrespeito e a falta de civismo e educação. A falta de humanidade.
O que quero fazer da minha vida?
Uma passagem inesquecível, mágica, cheia de momentos de afectos, aprendizagem e solidariedade. Sou única e este é o momento e a oportunidade para descobrir o que de melhor há em mim, o que de pior tenho e transformar-me numa pessoa que aos oitenta anos sente que cumpriu a sua missão.
Quero escrever livros, comprar uma casa, escrever filmes e poemas para músicas. Quero prolongar a magia da minha família, encontrar alguém que ame e que me ame e ter filhos. Quero amar e ser amada na mesma medida. Quero admirar e ser admirada. Quero rodear-me de afectos e partilhá-los. Quero conhecer o mundo e preencher-me. Quero investir nas acções sociais, que tanto me preenchem. Quero morrer a aprender. Quero viver a plenitude até ao fim.

13 outubro, 2010

VALE A PENA AMAR

Deixei-o. Deixei-o ir. Desisti. Deixei de o ver projectado no meu futuro. Abdiquei da expectativa, da esperança, da luta por uma vida em comum. Porque saber lutar também é ter noção do momento em que se deve sair de campo. Se dói? Ui! Sinto o meu corpo gelado, um nó no estômago, um vazio que me consome o peito, uma tremura que não dá tréguas.
Desisti de lutar por quem também desistiu de mim. Fica a consciência de que tudo foi feito, de que dei o meu melhor, de que fui uma guerreira que durante o tempo todo batalhou por ele e para que ele construísse o seu caminho (que também era o nosso), encontrasse um sentido para a vida no meio do caos. Só por isso já valeu a pena. Ah! E descobri o amor. Soube dar o que de melhor eu tenho e descobri o quanto tenho para dar. Arrisquei e amei-o incondicionalmente. Se me arrependo? Nem um bocadinho. Faria tudo outra vez. Quando se está apaixonado a entrega é total e tudo é possível, até o impossível. O céu é mais perto, o sol mais quente e radiante, e as estrelas iluminam os caminhos até nos cegarem.
Antes de sair, olhei-o pela última vez com um sorriso. Foi assim que o conheci e que o deixei entrar na minha vida – com o meu sorriso. Era assim que me queria despedir. Entreguei num abraço apertado o meu amor. Ficou lá com ele, colado nos poros da pele. Talvez por isso tenha voltado para casa mais leve.
Os timings são tramados e podem condicionar o percurso por onde a vida nos leva. Mas eu prefiro continuar a acreditar que quando se está apaixonado, quando se ama, então tudo faz mais sentido e é o amor que condiciona o tempo e nunca o contrário. O amor é mais que tudo na vida. O nosso só não foi suficiente.
Esta caminhada chegou ao fim sem ter chegado à meta. Depois de tanto esforço a meta devia ter chegado até nós – merecíamos.
Por mais dor que possa provocar, vale a pena amar.

08 outubro, 2010

“If you love something let it go. If it comes back to you it's yours. If it doesn't, it never was.”





E AGORA???
É magia, sim! Uma inexplicável magia.

"Reza a minha história que o reencontro de Almas não pressupõe lógica e muito menos hora marcada. Por vezes basta um dedo tocado, uma palavra perdida, uma fotografia ao longe, um silêncio ou a cumplicidade de um sorriso para despoletar a magia em que acreditávamos quando éramos crianças. O Amor é logo ali..." (Gustavo Santos)

05 outubro, 2010

Amanhã faz um ano que mudei de empresa e que deixei outra para trás. Foi a decisão mais rápida de sempre. Tive de dar resposta ao convite no mesmo dia em que o recebi. Na altura não me senti bem por não ficar onde estava até ao final do projecto. Hoje, com a distância de um ano, percebo que foi o melhor que fiz. Segui mais uma vez a minha intuição e o coração e acabei por ir parar ao sítio certo para crescer profissional e emocionalmente.
Entrei logo da melhor maneira! Com um acidente de percurso: um camião partiu o espelho retrovisor do meu carro, ainda nem tinha chegado à cancela da empresa. O condutor pirou-se e eu, ainda hoje, tenho o espelho preso por tape...
Já lá estava a minha amiga A, que me apresentou aos outros colegas e que hoje, alguns deles, considero amigos. Gosto do meu trabalho mas já me senti melhor por aqueles lados. Encaro esta fase como passageira, sei que melhores energias virão. Sei e sinto. Neste ano que passou cresci como guionista, aprendi muito, mas sobretudo cresci como pessoa. Vivi experiências que me ensinaram a ver a vida de outra forma, conheci pessoas que vão ficar para sempre na minha vida, presas no “passador da nata da nata”! Mudei. física e psicologicamente. Entrei de cabelo pelos ombros, preto, com uns belos quilos a mais e sorridente, sedenta de novas histórias. Hoje tenho menos catorze quilos, uso o cabelo curto e com um tom dourado. Continuo a sorrir, ainda não tanto como antes mas faz parte de uma caminhada. Sinto-me mais madura, mais leal, mais frontal. Não tenho medo de dizer o que sinto, sou mais Catarina do que era. Menos ingénua, menos sonhadora, menos racional. Mas continuo a ser a Catarina…

04 outubro, 2010


Férias marcadas, hotel reservado! Estou ansiosa, mas já não falta muito!
Quero descansar, respirar a maresia, sentir a areia nos pés, deixar-me embalar pelas ondas e pela música. Comer bem, dormir bem... encher-me e preencher-me! Vou mimar-me... E MUITO!


29 setembro, 2010

HOJE vai ser um dia MUITO importante.
Mais um passo num longo caminho que ainda tenho pela frente. Estou feliz.

25 setembro, 2010

WAVES
(Holly Miranda)

I've watched you walk so many times
Of all the years that made us blind
Why you, why you let it all
Be like some prison in your mind
It doesn't need to be
It doesn't need to be

So where do the waves go, my love
Where do the waves go, my love
Sonic or liquid, I don't know
Sonic or liquid, I don't know

You must speak your life into existence
This intent is so much more
That just a means to
End all of this suffering
This needless pain that stains your face
It doesn't need to be
It doesn't need to be

So where do the waves go, my love
Where do the waves go, my love
Sonic or liquid, I don't know
Sonic or liquid, I don't know

Oooo we wait so long babe
To become just one heart

Here's the truth: love isn't enough.

23 setembro, 2010

Hoje começou uma nova fase da minha vida. Não faço ideia do que aí vem. Por enquanto dói que se farta! Mas sei que vai passar, "como uma onda no mar". Ninguém morreu e a morte é de facto a única perda real, irreversível.
É um vazio no peito, um silêncio estranho... mas vou habituar-me, como sempre me habituei. Vou abrir horizontes, abrir o coração ao mundo e cuidar de mim.
Um amigo meu enviou-me hoje umas palavras que quero reproduzir aqui para que se perpetuem no tempo e nunca me esqueça delas:
"És uma mulher muito inteligente, extremamente sensível, com um sorriso hipnótico, uma beleza deslumbrante e que sabe ser sensual todos os dias. Por estas coisas e por outras mais, tu mereces ser feliz, sozinha ou com alguém. No mínimo mereces alguém que quando se cruzar contigo, que pare e que te olhe nos olhos. Pode não dizer nada, até porque o silêncio é a única língua que se entende, mas tenho a certeza que vais perceber que para ele… existes."
De que interessa ser amada se não posso ser feliz?
Vamos lá andar com a vidinha para a frente que o futuro vai sorrir!




19 setembro, 2010

Tive um dia em cheio, já há algum tempo que não me sentia assim. Dei uma volta, apanhei ar, li, cozinhei, falei ao telefone para matar saudades de quem está quase sempre longe mas bem perto, brinquei com a criançada toda na relva, fiz planos e jantei com a minha família. Hoje dei conta de que está a aumentar "assustadoramente"! Agora estou aqui deitada na cama a escrever e ao meu lado está a minha afilhada, que quis ficar comigo. Olho para o lado e reparo que o sono de uma criança talvez seja a maior sensação de paz. Ela está tranquila, de braços abertos como se quisesse agarrar o mundo. Reparo como está crescida. Aos quatro anos está alta, muito gira, independente, com uma personalidade muito vincada, ou não fosse ela escorpião!

E agora é melhor ir dormir porque amanhã a alvorada é cedo! Parece que já estou a ouvi-la: "Inha, tenho fome, quero chocapic! Inha, posso ver o Panda? Inha, quando é que vamos ao parque?"


18 setembro, 2010


Acabei de chegar de um jantar inesquecível. Três amigas, um belo restaurante, um risotto de cogumelos frescos, três horas de conversa e muitos risos. Depois de pormos as novidades em dia, de relativizarmos os dramas da vida e até de nos rirmos deles, de avivarmos memórias recentes e de trocarmos experiências, a sobremesa e o chá foram acompanhados por uma banda sonora que me ficou retida nos ouvidos. Uma conversa de dois casais de swingers, que se sentaram mesmo atrás de nós. Pois que era o primeiro encontro deles. Mas, pela conversa, já eram batidos na experiência das trocas. O meu primeiro pensamento foi: que matrafões... troca por troca, ao menos que seja com alguém que valha a pena. Aquelas alminhas tiravam o desejo a qualquer pessoa, excepto a elas próprias.
A conversa ia aquecendo com as experiências anteriores que os tinham ofendido. Uma delas dizia: "Passado dois minutos ele já me estava a beijar". A outra questionava o companheiro: "Lembras-te daquele que começou a pôr logo as pernas em cima de mim?" E ele, muito indignado, confirmava. Todos concordaram que só estavam "naquilo" enquanto se sentissem bem. E pelos os olhares que iam trocando, estavam doidinhos para sair dali. Resumindo, fiquei um bocado decepcionada com este mundo. Imaginava um universo de glamour, secretismo e desejo. Não é que alguma vez me tenha interessado por esta experiência (eu cá sou um bocadinho selectiva e acho que duas pessoas são suficientes para uma relação funcionar) mas confesso que fiquei realmente desiludida!

15 setembro, 2010

É impressionante. Parece que os homens têm um sensor que os informa de que estamos sozinhas. Não perdem tempo...
Abriu a época de caça!

13 setembro, 2010




Quando um ciclo se fecha há outro que se abre. É tempo de começar de novo.
Hoje é o dia!

04 setembro, 2010

Nada melhor que uma bela desilusão para perder peso. Hoje fui à balança e já foram mais quatro quilos. Em menos de um ano, perdi 14. É a alegria do dia!

31 agosto, 2010

Fim.

Dói. Dói muito mas vai passar. A razão tem de se sobrepor ao coração para que a paz me invada novamente. Há momentos em que o egoísmo emerge das minhas profundezas mais obscuras e desumanas. Quero harmonia, equilíbrio (com desequilíbrio moderado, senão a vida é uma chatice) e serenidade. Quero o que sempre tive e que me foi resgatado sem sequer ter tempo para reagir ou pensar.
O livro fecha-se e guardo-o dentro de uma caixa. Daquelas impermeáveis à humidade e ao esquecimento. Porque as memórias têm aromas, imagens, texturas, paladares e sons que nos aconchegam a alma e nos fazem sorrir. Sim, porque são essas que quero conservar. As outras podem ir com as lágrimas, que não fazem falta. As boas quero mantê-las vivas até que o coração se lembre de as apagar.
A frustração é infinita e a desilusão também. Sempre pensei que o amor chegasse. Talvez não fosse amor… e a paixão é levada pelas estações. Arde no Verão e aninha-se no Inverno. São poucas as que se deixam ficar para sempre. Sossegadas.
As mãos soltam-se uma da outra, os olhos deixam-se de olhar, os caminhos tornam-se paralelos. As almas separam-se e o vazio apodera-se de todos os espaços que sobram. O percurso parece agora mais longo. A solidão aumenta as distâncias e atrasa o tempo. Pode ser mais duro, pode parecer assustador, mas eu hei-de chegar lá. Sozinha, para não me perder.

30 agosto, 2010

24 agosto, 2010

Papas da Lingua- Eu sei

Este blog anda muito sugadito. É que a dona tinha tanta coisa para partilhar mas foi acumulando. Resultado: vários meses de interregno e logo na silly season! NÃO!
Resumindo: meses de altos e baixos, de stress, de apaziguamento, de tudo um pouco, como a roda alimentar mas em quantidades excessivas.
Quando a tampa da panela de pressão estava prestes a explorir lembrei-me de mim e da serenidade que sempre me caracterizou. Queria reconquistá-la a todo o custo. Parti rumo ao sul, ao aconchego da família, da areia e do mar. Absorvi a energia do sol e da água. Respirei a brisa quente, caminhei por desertos, ouvi o silêncio e voltei revigorada.
Aos poucos sou eu outra vez e que saudades tinha de me sentir.
Nos últimos tempos a ansiedade pregou-me uns sustos. Ai, a maladra! Resolvi, a pedido da mamã, ir ao cardiologista. Lá fui e adorei a médica. Ainda estou a fazer exames mas em princípio o coração aos pulos não passou de ansiedade. É de estar tão cheio de vocês. :) Confesso que estou mais descansada mas apetecia-me ir de férias outra vez. Só assim, para ficar mais uns dias em modo "dolce fare niente".
Sôdades d'ocês!

21 agosto, 2010

04 junho, 2010

PARABÉNS!

Há um ano que sou uma pessoa mais feliz. Há um ano que me tornei numa pessoa melhor. Há mais de um ano que acompanho o crescimento de uma das pessoas mais importantes da minha vida: a Matilde. O tempo passa depressa e ver a minha sobrinha crescer a cada dia que passa é um privilégio. A primeira vez que olhei para ela, quando lhe peguei ao colo, quando a vi sorrir, quando lhe dei o primeiro biberão, lhe mudei a fralda… quando desesperei por ouvi-la chorar, quando percebi a tranquilidade dos seus sonos e a sinceridade do sorriso. Depois a primeira papa, a sopa, as massagens com creme Mustela, o banho em que me escorregava dos braços como uma enguia, os movimentos ritmados que lhe invadem o corpo cada vez que ouve música, a primeira turra, o primeiro abraço, as primeiras palavras… e agora os primeiros passos. Tenho assistido a tudo, de perto. A Matilde é uma inspiração, um motivo constante para encarar a vida com optimismo…
É uma bebé calma mas já tem uma personalidade muito vincada. É inteligente, despachada, e o narizinho arrebitado já sabe o que quer, quando quer. Simpática e comunicativa, a princesa desfaz-se em sorrisos. O brilho das azeitonas que ela tem nos olhos é a certeza de um futuro risonho.
Sou uma tia profundamente babada. Venham mais sobrinhos, que no meu coração cabe sempre mais um.


A vida é como um salto no trapézio. Umas vezes estamos preparados para cair. Outras não. O importante é sabermos levantar-nos depois de cada queda. Mas vale sempre a pena arriscar e voar no trapézio.
Sinto-me amada e sinto que amo. Sei que sou importante para algumas pessoas. È o equilíbrio perfeito entre o ser cativada e o conseguir cativar. Relações que perduram no tempo e que sobrevivem a qualquer obstáculo, porque são demasiado verdadeiras. Tenho alguns amigos. A família também faz parte desse leque de pessoas com quem posso contar. SEMPRE e para TUDO. Basta um olhar, um telefonema, uma conversa, que eles largam tudo para vir ter comigo, esteja onde estiver.
Estou a passar por uma fase mais dura e tenho sentido um apoio incondicional dos que me são mais próximos. Uma preocupação constante com o meu estado de espírito. Uma força brutal que me eleva e me faz acreditar que a mudança está prestes a chegar. Todos os dias insistem em lembrar-me da pessoa que sou, do que me torna especial, da minha capacidade para amar os outros. Lembram-me que mereço o melhor e só o melhor. Lembram-me que o meu sorriso é contagiante e que também precisam dele.
Obrigada, meus queridos. Obrigada por estarem aí em baixo, a segurar a rede.

03 junho, 2010

Hoje tenho de pensar em coisas boas, que me fazem sorrir, daqueles sorrisos abertos, que cavam as rugas dos olhos e que aconchegam a alma:

- Um sorriso da Matilde;
- Um beijo da minha mãe;
- A voz do meu pai quando me trata por “miúda”;
- Um abraço apertado da minha irmã;
- Um telefonema longo de quem esperamos;
- Um postal inesperado;
- Um ramo de margaridas;

- Uma visita surpresa;
- Uma chávena de chá de menta;
- O cheiro a protector solar;
- A brisa do mar que levanta o cabelo;
- O silêncio da praia no Inverno;
- Aquela música, naquele momento;
- O barulho das ondas que rompe o silêncio da noite;
- Criar na cozinha;
- Ver fotografias antigas (as dos casamentos são as melhores);
- Recordar aqueles momentos inesquecíveis.

31 maio, 2010

23 maio, 2010

"Roubei" este texto ao Guaxinim. E que belo texto sobre o PODER DO AMOR.


Sempre acreditei que a força maior é o amor. Que é por amor que se fazem as mais grandiosas acções, mas também os maiores disparates. Só que no fim de tudo, quando se procuram os porquês, a resposta está lá, é natural para todos, óbvia para todos, foi por amor. E por amor vale tudo, e aceita-se tudo.

Já falei por diversas vezes das fases evolutivas de um amor por outra pessoa, sim, porque o amor não é um estádio constante, não é um "agora ama-se e pronto, já está, tenho amor eterno". O amor alapa-se a nós mas também pode ser desgrudado, porque há acções que estragam tudo, que corroem os alicerces do amor e atiram com a ponte abaixo. Quando acaba a confiança, a admiração, o respeito, então, dificilmente se conseguirá amar e ser amado por uma pessoa.

Se nos últimos tempos tenho sido assaltado por inseguranças e tristezas nada disso é, seguramente, por ter dúvidas do que sinto, do que o meu coração me diz - e di-lo todos os dias. E ele diz-me que eu amo, que eu amo como sempre amei.
E é porque amo que sei que irei em frente, porque o amor faz-me acreditar, porque o amor dá-me força e porque acredito que não amamos assim tantas vezes ao longo da vida.
No fim de tudo, quando olhar para trás, e se for feliz, erguerei uma estátua ao amor, porque me deu o alento de que precisava, porque me levou até ao caminho certo. Se tudo tiver corrido mal, se atingir a miserabilidade e decidir trilhar outros caminhos, então, olharei para trás e direi: fiz asneira, mas fi-la por amor. E todos entenderão.
LADO ESQUERDO

O meu lado esquerdo
é mais forte do que o outro
é o lado da intuição
É o lado onde mora o coração

O meu lado esquerdo
Oriente do meu instinto
É o lado que me guia no escuro
É o lado com que eu choro e com que eu sinto

Meu é o meu foi o meu lado esquerdo
Que me levou até ti
Quando eu já pensava
Que não existias para mim no mundo

O meu lado esquerdo não sabe o que é a razão
É ele que me faz sonhar
É ele que tantas vezes diz não

Meu é o meu foi o meu lado esquerdo
Que me levou até ti
Quando eu já pensava
Que não existias para mim no mundo


(Poema de Carlos Tê, música dos Clã)

19 maio, 2010

A minha TIA
Faz sessenta anos amanhã. É a minha única tia mas mesmo que não fosse seria a minha preferida. Tenho a certeza. Perco a conta das vezes que falo da minha tia Nini mas nunca escrevi sobre a mulher maravilhosa que é. Chegou o momento.
A minha tia tem um coração gigantesco, onde cabe o mundo inteiro.Um openspace, porque o amor que distribui é igual para todos. Não é de abraços, nem de beijos, mas é uma mulher de afectos, que cativa e que se deixa cativar. Está sempre lá, de braços abertos para acudir os que precisam, genuinamente. Sem esperar nada em troca. Está lá mesmo sem estar.
Tem a casa sempre cheia. Ora de filhos, nora, genro, ora de netos. Cuidar da família é uma das suas grandes missões. Aquele quinto andar onde ainda se avista o Tejo é um entra e sai que a faz sentir preenchida. Tachos ao lume, mesa para pôr, cartas para jogar, bola para comentar. Sportinguista ferranha e profissional na análise dos jogos de futebol. Gosta de uma boa conversa mas tem alergia ao telefone.
Uma mulher bonita, que gosta de se arranjar e que tem pregado várias rasteiras ao tempo que não passa por aquela pele de menina.
Todas as palavras são poucas comparando com aquilo que a minha tia é. Resta-me dizer que a Nininha é uma GRANDE MULHER.

12 maio, 2010



Hoje na Caderneta de Cromos da Rádio Comercial falou-se de um dos mais badalados filmes dos anos 80, Dirty Dancing, e nas consequências que a película teve naquela geração de jovens. Lembro-me bem do filme, vi-o várias vezes, a par do Flashdance. Dancei ao som das bandas sonoras.
No programa, o Pedro Ribeiro chamou a atenção para o facto da protagonista, Jennifer Grey ter mudado de cara. Fui verificar e é verdade! Facto comprovado. A Baby já não é a mesma, graças ao botox. As cirurgias plásticas tranformam indiscutivelmente as pessoas. E de que maneira! Se para melhor ou para pior, fica ao critério de cada um.

08 maio, 2010




When you try your best but you don't succeed

When you get what you want but not what you need

When you feel so tired but you can't sleep

Stuck in reverse



And the tears come streaming down your face

When you lose something you can't replace

When you love someone but it goes to waste

Could it be worse?


LIGHTS WILL GUIDE YOU HOME

AND IGNITE YOUR BONES

AND I WILL TRY TO FIX YOU

01 maio, 2010



TRÊS MESES. De encantamento. De partilha. De paixão e de amor. De complexidade. De entrega. De expectativas. De espera. De resistência. De harmonia. De sossego e desassossego. De esperança. De abraços, de beijos, de corpos entrelaçados. De olhares. De saudades. De risos, sorrisos e de lágrimas.
De amor.
Três meses a cativar e a ser cativada. Três meses de sonhos, de projectos, de futuro. Não sei o que está reservado para mim. Não faço ideia do que a minha vida vai ser daqui para a frente. Deixei de a controlar. Só tenho a certeza do que quero, do que desejo. Cada vez que penso nisso, fecho os olhos com muita força porque quero que se realize.
O Anónimo é ELE, minhas amigas e meus amigos. É ELE...
Se existem almas gémeas... eu encontrei a minha!

25 abril, 2010

Só a minha amiga Sara para me fazer sorrir hoje. "Diz que" o hotel em que vamos ficar em Nova Iorque tem este espacinho tão agradável...

http://www.mad46.com/default.aspx?pg=home

Já me estou a imaginar à tardinha com um martino rosso na mão, estendida naquele sofá!

20 abril, 2010

Já vos contei que vou a Nova Iorque em Junho? Ah, pois é! Uma semana instalada na cidade que nunca dorme com duas grandes amigas: A Van e a Sarita. Já nos estou a imaginar a passear no Central Park, a ir a museus, a ver um espectáculo na Broadway, a andar com uns sacos de compras nas mãos, a espreitar a China Town e a Little Italy, a vislumbrar a Estátua da Liberdade, a sossegar numa pastelaria, qual protagonistas do Sexo e a Cidade.
Esperemos que até lá os vulcões sosseguem. É que é uma das viagens dos meus sonhos e quero aproveitá-la ao máximo. Está tudo marcado, viagem e hotel. Agora é juntar uns trocos, que aquela cidade implora por isso!
Tenho tantas saudades do meu avô Augusto. Hoje fazia 89 anos e já partiu há dois. Ás vezes penso na felicidade que o meu avô iria sentir se tivesse assistido ao casamento do Nuno, se conhecesse a Matilde, se soubesse que a Li está grávida de uma Sofia. E ia gostar de conhecer o meu Anónimo, tenho a certeza.
Nem o meu avô nem a minha avó tiveram a oportunidade de viver esses momentos mas imagino o sorriso e a emoção estampados no rosto. Se imagino...

14 março, 2010


A chuva teimava em não parar. As nuvens carregadas e negras aproximavam-se a toda a velocidade. A estrada transformava-se num ribeiro com correntes fortes. Por momentos cheguei a pensar que o fim-de-semana tão aguardado ia saltar nas páginas do calendário. Mas a vontade de ir para longe era tanta que a intempérie resolveu dar tréguas. Pelo menos por umas horas. Correu tudo bem até sairmos da A2. Beja/Ferreira, indicava o croqui. O meu sentido de orientação nunca foi muito apurado mas parece que o do Anónimo também não é melhor que o meu! Ou seja, uma piloto e um co-piloto com mau sentido de orientação só podia dar um resultado: quase cinco horas para chegar ao destino! Não havia placas, luzes nas estradas nacionais também são apenas miragens, e pessoas sóbrias no Alentejo (depois da hora de jantar) para nos tirarem dúvidas sobre o itinerário também é raro encontrar! Mas num golpe de sorte, encontrámos um alentejano pouco sóbrio que nos indicou o caminho certo. Lá tivemos de voltar para trás. Mais uma aventura por estradas que fazem lembrar um cenário de guerra, com a gravilha a sobrepor-se ao alcatrão e a esconder verdadeiras tocas. As histórias, os risos e a boa disposição marcaram aquele longo percurso.

Bom, eram quase dez e tal da noite quando chegámos à Quinta do Chocalhinho, em Odemira. O céu do Alentejo é sempre mais estrelado e as nuvens parecem mais vaporosas. A quinta fica num monte, onde o silêncio impera. Só é interrompido pela agitação nocturna das rãs que vivem no riacho e pelos passarinhos que anunciam o amanhecer. Sente-se uma paz inexplicável, parece que estamos noutra dimensão. O amor também ajuda, é verdade. É uma quinta tipicamente alentejana, composta por dez quartos e a decoração é rústica mas muito confortável. Faz-nos sentir em casa.

Foram dois dias em pleno, em comunhão, em sintonia. Uma partilha diária, intensa e ao mesmo tempo serena. Sossegou-me. Sossegou-nos.

Conversámos muito, passeámos, respirámos ar puro, descansámos, namorámos, ficámos na ronha...vivemos! A cumplicidade acompanhou-nos sempre - e que grande companheira! Nós e a cumplicidade. Nós. Foi mesmo muito especial.

O que sinto pelo meu Anónimo vai ganhando mais força, vai crescendo, a cada dia que passa. Quanto mais o conheço mais gosto dele.É impressionante.

O pior foi o regresso, a ressaca dos dias intensos, a vontade de ficar por lá mais tempo, as saudades...

O fim-de-semana perfeito, um refúgio para voltar - com GPS, claro!

26 fevereiro, 2010

O meu Anónimo oferece-me coisas giras! Tem tão bom gosto!

21 fevereiro, 2010

Encontrei o amor. Quando menos esperava, vindo de quem não esperava, atingindo quem não esperava. Uma sintonia perfeita, uma cumplicidade que julguei inexistente, uma partilha constante. As borboletas no estômago, o desejo de estar por perto, de o ter junto a mim, as saudades, a vontade de o ouvir, de aprender com ele, de o cativar.
O amor acontece mesmo. Hoje tenho a certeza porque o sinto. Pela primeira vez, encontrei-o. É difícil definir o sentimento que me liga a ele. Que NOS liga. Mas vou tentar porque vale a pena pelo menos o esforço. Porque quero que os mais cépticos encontrem nesta história uma realidade que se pode aproximar a qualquer momento. Sobretudo quando menos esperamos. É uma sensação que me preenche, que me completa. Uma pertença que avassala qualquer tipo de lógica, de racionalidade.
Foi destino ou acaso? Foi... estranho! Conhecemo-nos há mais de dois anos e cruzávamos-nos diariamente. O "olá! Tudo bem?" foi a nossa primeira linguagem. Depois circunstâncias da vida fizeram com que nos deixássemos de cruzar durante nove meses até que o aquilo que nos separou voltou a juntar-nos. Sempre simpatizei com ele, confesso. Mas nunca tínhamos contactado muito. Ele espreitou-me e eu espreitei-o. Descobri um blog com uma escrita crua e intensa e tive de lhe dizer quando o voltei a encontrar. Não sei o que me fez espreitar o blog, não sei o que me levou a revelar que tinha ido ler os textos dele, não fazia a mínima ideia do que ia acontecer. Depois fui surpreendida com um mail e a partir desse momento a anarquia cibernauta instalou-se! Invertemos a lógica e descobrimo-nos nas palavras escritas. Testamentos que desvendavam meros conhecidos e que nos aproximavam a cada linha. De repente, entrámos na vida um do outro com uma naturalidade assustadora. Mas os mails começaram a saber a pouco e um chá ao fim da tarde dissipou qualquer tipo de dúvida. Ele era o mesmo dos textos. Eu era a mesma. Nenhum de nós ficou defraudado e sentimos vontade de repetir o encontro. E foi o que aconteceu. Estava a ser cativada e isso assustava-me. Aos poucos o controlo e a indisponibilidade deixavam de fazer sentido. Sabia o que me esperava, tinha perfeita consciência e decidi acreditar nele e no que me liga a ele. O que nos liga. É intenso, é genuíno, é verdadeiro. A calma do amor dissolvida no fervor da paixão é um equilíbrio perfeito. É tão bom sentir aquilo que não se consegue explicar. Mas sobre ele as palavras não me faltam. É um homem cheio de personalidade. Determinado, inteligente, frontal, sincero, com um olhar meigo e um sorriso doce. Giro! Olha com verdade, vê com verdade e sente de verdade. Romântico, sensível, criativo, que gosta de me surpreender. É uma pessoa generosa, com uma dimensão humana extraordinária. Está sempre disponível e apesar de ter crescido depressa nunca deixou fugir o reflexo de miúdo. É muito especial e eu sinto-me tão feliz por ter entrado no lado esquerdo dele e ele no meu.
2010 começou da melhor maneira. Perdi o controlo das emoções e sabe tão bem. Encontrei-o. Reencontrei-o. Finalmente conheci o amor.

10 janeiro, 2010

FRIO. CHUVA. VENTO. É oficial: estamos no Inverno.
Um domingo que pede lareira, um bule a fumegar e uma manta.

03 janeiro, 2010

Chegámos a 2010. Depois de um ano lento, arrastado, cheio de desafios (superados) lá me encontro no início da agenda com páginas vazias. Depois dos momentos melancólicos do pós-festas sabe bem sentir que algo de novo se aproxima. 2009 trouxe-me a Matilde por isso será sempre um ano inesquecível, em que despertei o amor profundo de ser tia.
As festas correram bem, o Natal é um momento vivido intensamente na nossa família.
A passagem de ano foi calminha. Afinal, pela primeira vez, o meu pai estava internado no Egas Moniz. Custou-me muito saber que ia despedir-se de 2009 numa cama de hospital mas senti-me aliviada por saber que estava bem. Jantámos calmamente em casa da mana, brindámos ao pai, engolimos as passas e o champanhe e lá fomos para casa, a pressa de o receber no dia seguinte fez-nos adormecer num instante.
E assim foi. No primeiro dia do ano estávamos a almoçar com o pai, que esteve sempre bem disposto, radiante por estar com a família.
2010 vai ser um dia especial. Sinto-o.