29 março, 2009


Por causa de uma conversa que tive ontem com a minha amiga Ana recebi por mail este magnífico texto de Pablo Neruda, que me deixou a pensar. É verdade: morre lentamente quem não sente.

Quem Morre?
"Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música, quem não encontra graça em si mesmo. Morre lentamente quem destrói o seu amor-próprio, quem não se deixa ajudar. Morre lentamente quem se transforma em escravo do hábito, repetindo todos os dias os mesmos trajectos, quem não muda de marca, não se arrisca a vestir uma nova cor ou não conversa com quem não conhece. Morre lentamente quem faz da televisão o seu guru. Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o negro sobre o branco e os pontos sobre os "is" em detrimento de um redemoinho de emoções justamente as que resgatam o brilho dos olhos, sorrisos dos bocejos, corações aos tropeços e sentimentos. Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz com o seu trabalho, quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho, quem não se permite pelo menos uma vez na vida fugir dos conselhos sensatos. Morre lentamente, quem passa os dias queixando-se da sua má sorte ou da chuva incessante. Morre lentamente, quem abandona um projeto antes de iniciá-lo, não pergunta sobre um assunto que desconhece ou não responde quando lhe indagam sobre algo que sabe. Evitemos a morte em doses suaves, recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior que o simples facto de respirar. Somente a perseverança fará com que conquistemos um estágio esplêndido de felicidade."


Pablo Neruda

28 março, 2009


Hoje é dia de teatro



Auditório Carlos Paredes (Benfica)


"Uma peça que retrata diferentes pessoas, diferentes cenários, diferentes momentos e diferentes sensações.
Afinal é disso que é feita a vida... "

Trinta anos. Conheço-a há 26 e meio… mas antes disso ela falava comigo quando ainda estava dentro da barriga da mãe. A minha irmã fez ontem 30 anos e nós organizámos-lhe uma festa surpresa com as pessoas mais importantes da vida dela. A ideia foi da minha mãe e eu, o meu pai e o Francisco apoiámos a iniciativa. Ajudei no que podia: a parte dos convidados, da logística, do “teatro” e dos doces. Porque a verdade é que, tal como aquela personagem do Herman, “eu é mais bolos”…
Mas o mais engraçado é que toda a gente ajudou como pôde para preparar a surpresa à grávida! Foi mesmo um trabalho de equipa, o que ainda tem mais valor.
Ontem estavam cá em casa quatro grávidas (todas seguidinhas) : a Matilde vai ter muitos amigos para brincar.
De repente, a nossa casa começou a encher-se de família e amigos, de gargalhadas, de crianças a correr de um lado para o outro, de silêncio para receber a aniversariante. Mal entrou, a Andreia ficou radiante com a surpresa. Acho que toda a gente gostou daqueles momentos de alegria, cumplicidade, amizade, amor. Deve ser bom chegar assim aos trinta anos, rodeada pelas pessoas de quem mais se gosta, no último ano sem filhos. O melhor presente desta data vai ser a chegada da Matilde. Estamos todos ansiosos… eu acho que ela vai nascer no Santo António. É um feeling.
Também já estou a caminho dos 30 e acho que deve ser uma idade maravilhosa: sempre tive essa ideia. Imagino que se tenha a juvialidade dos 20 com o upgrade da experiência, da maturidade e da serenidade.
Mas regressando à minha irmã… tenho a sorte de a ter como melhor amiga, como confidente, como “segunda mãe”. Está sempre atenta e preocupada comigo, acho que ainda me vê como uma criança que precisa de ser protegida. Sempre foi assim…
Quando ela saiu de casa custou-me imenso… mas a verdade é que a nossa relação nunca mudou. É assim o amor incondicional - sobrevive a tudo.
Tenho um enorme orgulho na minha irmã: por tudo aquilo que ela é e que me ensinou.

27 março, 2009

A MÚSICA DE HOJE

Jason Mraz ft. Colbie Caillat - Lucky official video

26 março, 2009

A Justiça no seu melhor...



Vale e Azevedo: o senhor está nas sete quintas: gordinho, sorridente, orgulhoso com os desfalques que fez; aposto que nunca esteve tão feliz a passear no seu Bentley com o motorista;
Isaltino Morais: não declarou quatrocentos mil euros porque era o que toda a gente fazia nessa altura, foi uma sorte naquela época o assassinato não estar na moda;
Casa Pia: O Bibi com a pena cada vez mais reduzida e os outros arguidos continuam a aguardar a prescrição do processo e o esquecimento público;
Avelino Ferreira Torres: absolvido de todos os crimes de que era acusado pelo Ministério Público: corrupção, peculato de uso, abuso de poder e extorsão.

25 março, 2009

A futura mamã, que agora está em descanso, resolveu criar um blogue. Resultado: feminina & singular: só podia ser a Matilde. A tia continua com a baba a escorrer...


http://femininaesingular.blogspot.com
A TEMPESTADE, na cornucópia



Ontem fui ver a peça de Shakespeare. Vale mesmo a pena estar colada à cadeira durante três horas. A história é tão poderosa como contemporânea. É um retrato verídico dos princípios pelos quais a nossa sociedade e a civilização se regem: a ambição, o poder, o egoísmo, o medo, a ilusão, a falta de consciência, o desprezo e a ignorância. Nos sonhos é sempre possível perdoar e reconhecer os erros. Na realidade também, acreditem.
A Tempestade de Luís Miguel Cintra envolve-nos a cada instante; a intrepretação dos actores é de luxo. As personagens Próspero, Ariel e Caliban são geniais.
Não percam a peça!

23 março, 2009

O SONHO COMANDA A VIDA. O SONHO COMANDA A VIDA. O SONHO COMANDA A VIDA. O SONHO COMANDA A VIDA. O SONHO COMANDA A VIDA. O SONHO COMANDA A VIDA. O SONHO COMANDA A VIDA.

22 março, 2009

A música do dia...

The Arcade Fire - Wake Up

PARABÉNS, JOANA!


Já nem me lembro do dia em que a conheci. A Joana faz parte da minha vida, desde sempre. Sei que foi no 10º ano que nos aproximámos. Ia com ela para a escola, de carro. Eram quilómetros de gargalhadas, de "corte e costura" e de filosofia (sempre fomos boas a dar conselhos uma outra, a nós próprias é que é mais difícil - há-de chegar o dia, ainda não perdi a esperança).
A Joana é das pessoas mais íntegras , mais inteligentes, mais divertidas e mais verdadeiras que conheço. É daquelas amigas que está sempre aqui, sempre. Aos 28 anos já viveu 100, 5o com alguns problemas impróprios para a idade. Mas ela tem uma força que me impresssiona! É incrível a forma como ela consegue ultrapassar as coisas negativas. Amiga, sei que a vida te vai compensar por tudo aquilo que já passaste. És uma pessoa muito especial e sei que passinho a passinho vais encontrar todas as respostas para as dúvidas que te assombram. Até lá, é viver o momento ;)
Aprecia o sol no esplendor dos dias e contempla as estrelas quando a noite for mais escura.
Beijinhos muito grandes.


UMA VERGONHA!

A arbitragem continua a ser de péssima qualidade e a afastar cada vez mais público dos estádios. Ontem era suposto o Sporting ter ganho porque seria o mais justo, mas como o Benfica este ano tinha de ganhar qualquer coisa... o árbitro fez um favorzinho.
O nosso futebol é uma tristeza.
Mesmo dentro da barriga eles têm sempre razão!
A minha sobrinha Matilde queixou-se da mamã andar demasiado stressada, a fazer imensos quilómetros por dia, de carro. Resultado: agora a mamã tem de estar de repouso porque ela já deu a volta aos seis meses. A rapariga está impaciente... mas vai ter de esperar!
Infelizmente cada vez há mais complicações durante a gravidez devido ao ritmo de vida da sociedade. A gravidez não é doença mas é preciso ter alguns cuidados porque os bebés reclamam.
Agora a maninha está de repouso e não pode fazer esforços. Estou em versão sistersitting, com muito gosto! A Matilde tem de ficar sugadita até ao Verão!

20 março, 2009

SOBREVIVI...

DEPOIS DE DUAS SEMANAS INTENSIVAS E DUAS DIRECTAS!
Foi um grande desafio! :)



09 março, 2009

08 março, 2009

DIA DA MULHER

Desejo um dia muito feliz a todas as super mulheres que fazem parte da minha vida.
Frade dos Mares: para quem come por prazer!

Descobri-o há dois anos. Fica precisamente na Av. D. Carlos I, perto do antigo Refúgio das Freiras, em Santos. É dos meus restaurantes favoritos por várias razões: a comida é deliciosa, os pratos têm uma apresentação irrepreensível e os produtos são de qualidade; o espaço é muito acolhedor (sobretudo nos jantares, onde a meia luz e a música de fundo nos transporta para um ambiente relaxante); consegue-se conversar sem estar aos berros; os empregados são muito simpáticos e educados, bastante disponíveis; e as sobremesas… hummm, perco-me com aquela tarte de limão.
Para aqueles que apreciam uma boa refeição num ambiente confortável recomendo vivamente este restaurante.
Estive lá na sexta-feira e deliciei-me com um risotto de camarão, que deve ter sido introduzido no menu há pouco tempo. Está aprovado!

06 março, 2009

05 março, 2009

Nunca tive medo de trabalhar. Atirei-me a esse mundo com garras e dentes e com a convicção de que a experiência me podia levar a concretizar os meus sonhos. Comecei com 17 anos a fazer babysitting, depois a trabalhar em festas de animação e a fazer de hospedeira em congressos e eventos. Na faculdade enquanto geria essas actividades decidi começar a fazer estágios, a mandar currículos, a receber “nãos” e cartas a agradecer a minha candidatura espontânea mas que naquele momento não andavam à procura de pessoas. Lembro-me de ter ido a um casting na Mega FM, de ter ido à segunda fase e ter ficado por ali. Lembro-me de ir ao Correio da Manhã e estar numa sala cheia de gente e fazer uns testes. Também não fiquei. Recordo-me do primeiro estágio, numa empresa de conteúdos online, sobre logística. Não tinha nada a ver com o que queria mas acreditei que podia aprender qualquer coisa e assim foi. Lembro-me da primeira entrevista que me fizeram na SIC Online, que me tinha corrido bastante bem mas que foi a minha amiga Sarita que acabou por ficar com o lugar. Acabou por voltar para a SIC uns anos depois, onde ainda hoje está. Recordo-me ainda melhor do dia em que lá voltei porque afinal precisavam de outra pessoa. Foram quatro meses maravilhosos, que jamais esquecerei. Pelo trabalho, pelo ambiente, pelas pessoas, por ter tido a oportunidade de trabalhar com amigas: a Sara, a Vanessa e a Carla. Depois chegou o dia das entrevistas na Endemol. A primeira e depois a segunda. Foram umas horas numa sala cheia de raparigas. A Van também foi a essa entrevista. Não sabíamos se tinha corrido bem ou não mas se ficássemos ligavam-nos nesse mesmo dia ao final da tarde. Decidimos ir lanchar a uma pastelaria para descontrair um pouco. Quando estávamos prestes a ir cada uma para a sua casa o telemóvel da Vanessa tocou. Ela tinha ficado e disseram-lhe logo que eu também. Foi uma grande festa… durante um mês. Trabalhávamos em turnos trocados e eu adorava o ambiente descontraído da Quinta das Celebridades, para além de ter tido imensa sorte com a rapariga com quem fazia dupla, a Joana. Entretanto tinha mandado o currículo para a Casa da Criação estava eu apenas há duas semanas na Produtora. Mas nem hesitei. Era tudo o que eu mais queria, escrever ficção. Fui à entrevista, chovia torrencialmente. Demorei dez minutos a chegar à vivenda do Alto dos Gaios. Fui entrevistada por dois argumentistas e pela responsável da Casa e editora de texto. Mal entrei senti-me muito bem. Tudo era harmonia. Lembro-me de ter pensado: quem me dera ficar aqui… Quando estava a chegar ao carro apareceu a Lúcia a correr de guarda-chuva na mão e perguntou-me: Se tivesses de escolher entre a Endemol e a Casa da Criação o que é que escolhias? Eu respondi de imediato que queria trabalhar ali. Ela foi-se embora. No dia seguinte, ia a caminho da Quinta, quando recebi o telefonema da Lúcia a dizer que tinha ficado. Queria gritar, saltar, festejar mas não podia… tinha de resolver primeiro a minha situação com a Endemol. Nessa noite não consegui dormir. Sabia que ia desiludir quem tinha apostado em mim. Falei com a minha responsável e ela percebeu perfeitamente e depois com a Joana, que também foi bastante compreensiva e desejou-me a maior sorte do mundo. Fiquei na Casa um ano e meio. Tenho óptimas recordações daquela moradia onde se vivia em família, pelo menos foi o que sempre senti enquanto lá estive. Chorei imenso quando saí, tinha aquela sensação de estar a abandonar uma família que tão bem me acolheu. Fizeram-me uma proposta e decidi sair porque achava que não podia perder a oportunidade de evoluir e de conhecer outras formas de fazer ficção e porque a era que a SIC estava prestes a iniciar prometia. Queria fazer parte de um projecto novo, precisava de crescer. Estive naquela empresa durante três anos. Apesar da forma como as coisas terminaram o balanço foi positivo. Não me arrependo de nada. Tornei-me mais segura, menos dependente e cresci. Ali tive de lidar com situações difíceis, “levei na cabeça”, e fui obrigada a gerir emoções, a engolir uns sapos, mas a verdade é que também foi ali que consolidei amizades e criei outras enquanto descobri a essência do espírito de equipa. Porque dependíamos única e exclusivamente de nós. Pela primeira vez, infelizmente, tive de lidar com um elemento da equipa bastante problemático cujo comportamento me desgastou muito durante um ano. Mas a vida é mesmo assim, temos de aprender a lidar com todo o tipo de gente e quanto mais cedo aprendermos melhor. Criei mais defesas, é verdade. Hoje em dia recuso-me a engolir tantos sapos, até porque não faz nada bem à digestão. Tornei-me mais activa, mais crente nas minhas capacidades e com vontade de ir mais longe. Depois foi a ida para Bucelas. Era a primeira vez que como guionista trabalhava directamente para uma produtora e gostei bastante da experiência. Foram seis meses felizes, com alguns sobressaltos pelo meio e algumas injustiças, mas isso faz parte da profissão que escolhi. Senti-me bem lá, para mim é fundamental. Desde que acabei o projecto que tenho aproveitado para criar outros de raiz e para tirar um sonho da gaveta e levá-lo para a frente.

Reconheço que tenho tido muita sorte mas também sinto que parte dela foi criada por mim. Pelo menos quero acreditar nisso.

Agora é a vez de arregaçar ainda mais as mangas e concentrar-me no futuro, nunca esquecendo o caminho que me levou até aqui, nem as pessoas que fizeram e que continuam a fazer parte dele. Porque como alguém me disse: “o coração ficará sempre no mesmo lugar”.

03 março, 2009

02 março, 2009




Entrei em modo de rega automática





Vou encontrar o meu lugar ao