31 agosto, 2010

Fim.

Dói. Dói muito mas vai passar. A razão tem de se sobrepor ao coração para que a paz me invada novamente. Há momentos em que o egoísmo emerge das minhas profundezas mais obscuras e desumanas. Quero harmonia, equilíbrio (com desequilíbrio moderado, senão a vida é uma chatice) e serenidade. Quero o que sempre tive e que me foi resgatado sem sequer ter tempo para reagir ou pensar.
O livro fecha-se e guardo-o dentro de uma caixa. Daquelas impermeáveis à humidade e ao esquecimento. Porque as memórias têm aromas, imagens, texturas, paladares e sons que nos aconchegam a alma e nos fazem sorrir. Sim, porque são essas que quero conservar. As outras podem ir com as lágrimas, que não fazem falta. As boas quero mantê-las vivas até que o coração se lembre de as apagar.
A frustração é infinita e a desilusão também. Sempre pensei que o amor chegasse. Talvez não fosse amor… e a paixão é levada pelas estações. Arde no Verão e aninha-se no Inverno. São poucas as que se deixam ficar para sempre. Sossegadas.
As mãos soltam-se uma da outra, os olhos deixam-se de olhar, os caminhos tornam-se paralelos. As almas separam-se e o vazio apodera-se de todos os espaços que sobram. O percurso parece agora mais longo. A solidão aumenta as distâncias e atrasa o tempo. Pode ser mais duro, pode parecer assustador, mas eu hei-de chegar lá. Sozinha, para não me perder.

30 agosto, 2010

24 agosto, 2010

Papas da Lingua- Eu sei

Este blog anda muito sugadito. É que a dona tinha tanta coisa para partilhar mas foi acumulando. Resultado: vários meses de interregno e logo na silly season! NÃO!
Resumindo: meses de altos e baixos, de stress, de apaziguamento, de tudo um pouco, como a roda alimentar mas em quantidades excessivas.
Quando a tampa da panela de pressão estava prestes a explorir lembrei-me de mim e da serenidade que sempre me caracterizou. Queria reconquistá-la a todo o custo. Parti rumo ao sul, ao aconchego da família, da areia e do mar. Absorvi a energia do sol e da água. Respirei a brisa quente, caminhei por desertos, ouvi o silêncio e voltei revigorada.
Aos poucos sou eu outra vez e que saudades tinha de me sentir.
Nos últimos tempos a ansiedade pregou-me uns sustos. Ai, a maladra! Resolvi, a pedido da mamã, ir ao cardiologista. Lá fui e adorei a médica. Ainda estou a fazer exames mas em princípio o coração aos pulos não passou de ansiedade. É de estar tão cheio de vocês. :) Confesso que estou mais descansada mas apetecia-me ir de férias outra vez. Só assim, para ficar mais uns dias em modo "dolce fare niente".
Sôdades d'ocês!

21 agosto, 2010