24 abril, 2009


Pertenço a uma geração que nasceu em liberdade. Para mim o 25 de Abril de 1974 é um episódio que tem tanto de distante como de encantador. Lembro-me de absorver as aulas de História quando o tema era a Revolução dos Cravos. Os tempos de Ditadura eram tão diferentes da realidade que conhecia que ficava fascinada a ouvir o quotidiano dos portugueses daquela época. Pertenço a uma geração que nasceu com a "papinha toda feita", que nunca teve de lutar por nada, que tem uma grande dificuldade em valorizar o que a rodeia. Pertenço à geração da descrença na política, do "deixa andar", do "não me choca".

Cresci em democracia, em liberdade. Não tive uma educação católica, posso sair do país quando quero e quando me apetece, tenho o dever de ir às urnas mas também tenho o direito de não votar, posso trabalhar no que quiser e com quem quiser, emito opiniões sobre tudo, quando quero e como quero, posso expressar as minhas convicções... talvez seja por isto que a Ditadura me pareça uma época tão distante. Mas nunca me esqueço de que foram os nossos avós que fizeram a Revolução, que ofereceram ao país a Democracia. Foram esses soldados, guerreiros sem armas, que lutaram para que a sociedade portuguesa se transformasse, para que nos dessem um país melhor para crescermos e vivermos mais felizes do que eles foram. Para que tivessemos mais oportunidades do que eles tiveram. E nós o que é que fizemos? O que é que temos andado a fazer? Nada. Rigorosamente nada.
Depois de ter mandado o currículo para vinte empresas eis que passado duas horas recebo um telefonema de uma delas. Do outro lado a voz rouca e enérgica atropelava-se nas palavras. Depois de uma breve conversa marcou logo uma reunião para o dia seguinte, ontem portanto. Gostei imenso de o conhecer. Primeiro porque mostrou ser uma pessoa prática, que tem uma filosofia muito própria em relação à área que domina; depois porque fiquei impressionada com a forma como falou daquilo que o move (vê-se mesmo que tem conhecimento da área em que trabalha, que tem os horizontes bem abertos, fruto das experiências que tem tido fora do país); terceiro porque revelou interesse e respeito pelos projectos que lhe apresentei. Ficou de me contactar daqui a duas semanas. Vamos ver como é que corre. Até lá... pensamento positivo!!!

22 abril, 2009

ESTÁ DECIDIDO! Amanhã vou começar a mandar currículos. Ser freelance é jogar ao ataque. Televisão, cinema e publicidade são as áreas a explorar - tanto aqui como lá fora.
Tenho andado desaparecida - literalmente. Não gosto de ter o blogue desactualizado, muito menos nas fases em que preciso desta espécie de terapia que é escrever. Sinto-me numa viagem introspectiva, acho que nunca pensei tanto na minha vida - é o que faz ter tempo. Precisava de o ter, provavelmente. Precisava que todas as questões que agora penso e repenso fossem colocadas. Mas custa um bocadinho... nestas últimas semanas acho que estou a viver numa montanha russa de sentimentos. Ora estou lá em cima a apreciar a vista deslumbrante , ora desco a pique e aterro no chão, com os pés bem assentes, por sinal. Mas é uma fase e há-de passar. Eu sei.
Ontem acabei de escrever o guião da minha primeira longa-metragem. O meu primeiro "filho"! Estou muito feliz por ter conseguido, por ter acreditado que devia seguir aquela vontade. E precisamente por ter terminado no dia em que o meu avô fazia 88 anos. Este projecto tem sido construído numa base de coincidências - para quem acredita que elas existem. Eu não. Acho que é mais do que isso... tem de ter um significado maior.
Gosto do resultado final mas sinto que podia estar melhor. Por isso é que gosto de lhe chamar primeira versão. Quanto mais leio mais dúvidas tenho! Mas isso é o caminho para o progresso, certo?! Questionar para melhorar!

05 abril, 2009

Anuncio coca cola - estas aqui para ser feliz

Não bebo coca-cola. Não gosto de bebidas com gás. Mas sempre adorei os anúncios da marca. Para mim este é, sem dúvida, um dos melhores. Arrepia.