22 novembro, 2010
18 novembro, 2010
11 novembro, 2010
Adeus, João!
Hoje foi a vez de Lisboa dizer adeus a João Manuel Serra. Um homem que dedicou parte da sua vida a acenar com a mão direita nos passeios do Restelo e do Saldanha para as pessoas que por ele passava. Sorria-lhes através dos vidros dos automóveis e atirava beijos. Tive a sorte de conhecer este senhor numa reportagem para a faculdade. João era um homem culto, oriundo de famílias abastadas que dedicara a vida à sua mãe. Quando a senhora morreu, João procurou nas ruas de Lisboa o conforto para afugentar a solidão. Dormia pouco. Só pela madrugada é que se deslocava até Sete Rios, onde vivia. Quando não estava na rua ou em casa, ia ao cinema e às livrarias encher-se de cultura. Gostava de falar, era um homem de gestos mas também de palavras. Tinha como sombra o passado. Falava da família que ainda tinha no Restelo mas os seus olhos brilhavam quando recordava as viagens que fez com mãe. Tinha uma fotografia dela no bolso das calças. Era uma senhora imponente, fina. Talvez João a procurasse por entre os carros, ao som das buzinas. Talvez nunca tivesse tido tempo de se despedir dela. Ou talvez nunca tivesse desistido de a voltar a encontrar nas ruas de Lisboa. E queria recebê-la da melhor maneira: com um sorriso.
10 novembro, 2010
09 novembro, 2010
08 novembro, 2010
Para ti, T.X.
"Para ser grande, sê inteiro: nada
Teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa. Põe quanto és
No mínimo que fazes.
Assim em cada lago a lua toda
Brilha, porque alta vive."
(Fernando Pessoa)
Teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa. Põe quanto és
No mínimo que fazes.
Assim em cada lago a lua toda
Brilha, porque alta vive."
(Fernando Pessoa)
07 novembro, 2010
06 novembro, 2010
A calma apareceu de uma forma natural e estranhamente se entranhou em mim. No amor descobri que sou mais impulsiva, menos racional, e gosto de ser dessa maneira. Agora vivo-o de uma forma mais ponderada, mais inteligente, mais madura. Esforço-me para não pensar muito nisso, vivo à mercê do que sinto a cada momento. Vivo a verdade mas com o pé no travão. É difícil gerir, muito difícil. Sobretudo porque eu sou apaixonada pelo amor e gosto de o desafiar a cada instante. Mas há momentos em que a vida nos mostra que existem outras formas de amar. Através do olhar e do silêncio. Incondicionalmente. Ali ele embala como um bebé ao colo da mãe, numa paz quase enfeitiçada e contagiante. Indestrutível e avassaladora. Não sei que futuro está desenhado para mim mas acredito que seja bom. Tenho tentado construir um presente que me orgulha de estar cá.
03 novembro, 2010
02 novembro, 2010
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