29 outubro, 2010

O cancro é um filho da puta da pior espécie. Vem de mansinho, caminhando em bicos dos pés, em passos silenciosos, e de repente, quando nos apercebemos, já nos está a declarar guerra. É mesmo um grande filho da puta que vem testar a nossa capacidade de resistir. Mas tu és uma resistente, sabes disso. És das pessoas que mais lutou para chegar onde estás. Com inteligência, verdade e mérito. Não tens feito outra coisa que não lutar! E tens a obrigação de vencer esse grande filho da puta. Porque vais vencê-lo! Não há espaço para deslizes, para medos, para hesitações. Tu és das pessoas mais especiais e mais íntegras que conheço e nós precisamos de ti, o mundo precisa de ti para ser melhor. Se é guerra que o bicho quer, então vamos lá! Tu és uma vencedora. Basta olhares para trás... e eu, olhando para a frente, sei que vais vencer outra vez. E vamos festejar juntas, com um brinde, como sempre.

28 outubro, 2010

O rumo é mesmo este.


E FEZ-SE LUZ!


Ás vezes andamos às voltas e voltas a tentar enganarmo-nos a nós mesmos. Arranjamos desculpas, justificações, embrulhamo-nos num cordel agonizante que parece não ter fim. O que é que acontece? Não saímos do mesmo lugar, não avançamos, apenas permanecemos. Eu recuso-me a permanecer mas estava difícil avançar sem olhar para trás. E não é que de repente, num sopro de imprevisto, a realidade cruza-se com os meus olhos. Uma realidade crua, límpida, cruel também... mas é a realidade. E é com ela que tenho de lidar e com a desilusão. Mas estou bem. Era só esta luz que eu precisava ver e sentir. Agora estou pronta para avançar. Sozinha. Comigo. Chegou o meu momento. Sinto-me sossegada.

27 outubro, 2010

Balançar















Tenho "apanhado" várias vezes esta música na rádio. Não é por acaso.

"Pedes-me um tempo,
para balanço de vida.
Mas eu sou de letras,
não me sei dividir.
Para mim um balanço
é mesmo balançar,
balançar até dar balanço
e sair...

Pedes-me um sonho,
para fazer de chão.
Mas eu desses não tenho,
só dos de voar.

Agarras a minha mão
com a tua mão
e prendes-me a dizer
que me estás a salvar.
De quê?
De viver o perigo.
De quê?
De rasgar o peito.
Com o quê?
De morrer,
mas de que paixão?
De quê?
Se o que mata mais é não ver
o que a noite esconde
e não ter
nem sentir
o vento ardente
a soprar o coração...

Pedes o mundo
dentro das mãos fechadas
e o que cabe é pouco
mas é tudo o que tens.
Esqueces que às vezes,
quando falha o chão,
o salto é sem rede
e tens de abrir as mãos.

Pedes-me um sonho
para juntar os pedaços
mas nem tudo o que parte
se volta a colar.

E agarras a minha mão
com a tua mão e prendes-me
e dizes-me para te salvar.
De quê?
De viver o perigo.
De quê?
De rasgar o peito.
Com o quê?
De morrer,
mas de que paixão?
De quê?
Se o que mata mais é não ver
o que a noite esconde
e não ter
nem sentir
o vento ardente
a soprar o coração."

(Mafalda Veiga)

21 outubro, 2010

Beirut - Sunday Smile

Estou ansiosa por chegar a casa e fazer a mala. Amanhã vou para sul na minha companhia porque nós precisamos uma da outra. Eu, ela e o silêncio. Nós. Quero disfrutar da natureza, do ambiente relaxante, da leitura, dos petiscos, da música, da dança, do SPA do hotel. É uma viagem aos sentidos porque o pensamento e as filosofias vão ficar bem fechados dentro da mala (bem longe de mim - estou cansada!). Quero conhecer e deixar-me conhecer.
Amanhã. Amanhã nunca mais chega!

19 outubro, 2010

18 outubro, 2010

Sobre almas gémeas

"O encontro das almas gémeas acontece muito antes do que no plano físico.
Primeiro é o IDEAL ESPIRITUAL ou seja missão. Nesse estágio, juntas, as almas gémeas têm um desenvolvimento que jamais conseguiriam estando separadas. Há uma imensa felicidade e se brigam ou se separam, parecem decair ou chegam mesmo a perder a razão da vida.
O segundo estágio é o IDEAL INTELECTUAL. Nesse estágio as almas gémeas têm os mesmos ideais, gostam dos mesmos assuntos. Ambas querem obter uma elevação cultural e intelectual.
O terceiro estágio é CONSCIÊNCIA E INTERESSE. Nesse estágio, não há lamentações, pois sabem que são como um todo, um único e perfeito. O estado de ânimo reflecte como um espelho no outro. A doença de um entristece o outro. Aqui é onde o sentimento enobrece, e esse estágio geralmente acaba quando um dos parceiros falecem.
O quarto estágio SIMPATIA. Elas atraem-se geralmente quando são bem humoradas e têm uma vida sempre ativa. Aqui não há sentimento de raiva, de ódio, de rancor. Nesse estágio, as almas gémeas, por estarem unidas por uma consciência superior, não existe a necessidade de palavras de baixo calão.
O quinto estágio é o DESEJO. Aqui, as almas gémeas, homem e mulher, entregam-se à paixão, à procura. Existe a consciência de diálogo a fio, respeito e planos para o futuro.
O sexto estágio é o FÍSICO. É o período do contato, do abraço, dos beijos, dos carinhos, do acto sexual, é onde tudo se torna mais intenso, é onde há a libertação kármica (êxtase sexual). É a evolução dos dois. Esses são os estágios das Almas Gémeas.
A procura das Almas Gémeas são intuitivas, são desejos puros.
Quando há esse encontro não existe quotidiano, regras, ou sentimentos mais puros. Há uma harmonia de espírito, intelecto, desejos, conquistas.
Os encontros das Almas Gémeas, não como regra mas sim pelos elementais, têm seus
encontros:
Signos de TERRA como Virgem, Capricórnio e Touro, encontrarão seu par em ambiente de trabalho.
Os de elemento FOGO como Áries, Leão e Sagitário, vão ao encontro de sua alma gémea, em variados lugares. E, quando se acham, geralmente brigam com a pessoa, não simpatizam à primeira vista e discordam dos assuntos que discutem.
Nos elementos de ÁGUA como Escorpião, Peixes e Câncer, tem maiores facilidades em encontros familiares.
Os elementos de AR, como Gémeos, Libra e Aquário, podem se conhecer através da comunicação, telefonemas, correspondências, amigos.
Jamais se esqueçam de que a atracção das almas gêmeas se dão pelo facto de terem o mesmo magnetismo, as mesmas qualidades espirituais e possivelmente emocionais."

Scala and Kolacny Bros - U2 With or Without You

17 outubro, 2010

Uma bela tarde...











Cirque du Soleil

Ontem tive um convite de última hora para ir assistir ao espectáculo Saltibanc do Cirque du Soleil. Era impossível recusar. Nunca fui grande apreciadora do dito circo tradicional mas o conceito deste grupo nada tem a ver com isso. É bailado, é magia, é sonho, é música, é a arte no seu estado mais puro. O espectáculo leva-nos a outra realidade e mostra-nos que o corpo e a alma não têm limites. Fiquei impressionada com o desempenho destas duas raparigas no trapézio. É preciso ter equilíbrio, coragem, e sobretudo muito confiança. Elas estavam a quinze, vinte metros do chão, livres, completamente livres. Não tinham rede nem estavam presas por fios. Nada. O exercício estava nas mãos delas e nos nossos olhos. Arrepiante. Arriscar a vida também é entregarmo-nos ao que amamos com a consciência e a confiança de que vamos dar o nosso melhor.
Muito obrigada, querida Z.

Cirque du Soleil Duo Trapeze Saltimbanco Senchihina twins

Creed: "With Arms Wide Open" Acoustic (Stripped)

15 outubro, 2010

AUTO-RETRATO

Hoje estou num dia introspectivo. No meio dos meus pensamentos perguntei-me quem sou, o que quero fazer, quais são os meus sonhos e aquilo que me faz feliz.
Dei por mim a pensar que sou uma mulher com ânsia de viver, de conhecer e aprender. Sou verdadeira e leal mas às vezes tenho dificuldade em dizer não. Sou romântica, fria para quem não conheço, lógica, racional, e cada vez quero ser mais emocional. Sou sonhadora mas quando olho para o chão, sei que os meus pés estão bem presos à terra. Sou criativa, tímida, profunda, sensível, tenho fragilidades mas tenho uma estrutura forte. Sou orgulhosa e teimosa e extremamente paciente. Quando me dou a alguém dou-me por inteiro. Sou serena e odeio conflitos. Sou optimista e ponderada por natureza. Um dos meus maiores desafios é aprender a perdoar. É um caminho longo que tenho de fazer.
O que é que me faz feliz?
Uma bela gargalhada. Um olhar intenso. Flores, campestres, de preferência. Chocolate preto. Um abraço apertado. Uma viagem. Um chá de menta demorado no Inverno e uma morangoska bem fresca no Verão. Um postal (hoje recebi um!). Um jantar prolongado na melhor companhia. Olhar para o mar e encher-me de paz, deixar-me envolver pela música das ondas. Uma surpresa. Escrever. Dançar. Nadar. Ver um bom filme. Ler um bom livro. Reencontros. Deitar-me no relvado com uma manta e contemplar o silêncio. Ajudar alguém que precisa de mim. Todos os momentos à mesa com amigos e família. A minha família. Os meus amigos. Sentir-me especial.
O que é que me entristece?
As desilusões. O medo. A falsidade. O cinismo. O egoísmo e o egocentrismo. A aldrabice. O abuso de poder. O desrespeito e a falta de civismo e educação. A falta de humanidade.
O que quero fazer da minha vida?
Uma passagem inesquecível, mágica, cheia de momentos de afectos, aprendizagem e solidariedade. Sou única e este é o momento e a oportunidade para descobrir o que de melhor há em mim, o que de pior tenho e transformar-me numa pessoa que aos oitenta anos sente que cumpriu a sua missão.
Quero escrever livros, comprar uma casa, escrever filmes e poemas para músicas. Quero prolongar a magia da minha família, encontrar alguém que ame e que me ame e ter filhos. Quero amar e ser amada na mesma medida. Quero admirar e ser admirada. Quero rodear-me de afectos e partilhá-los. Quero conhecer o mundo e preencher-me. Quero investir nas acções sociais, que tanto me preenchem. Quero morrer a aprender. Quero viver a plenitude até ao fim.

13 outubro, 2010

VALE A PENA AMAR

Deixei-o. Deixei-o ir. Desisti. Deixei de o ver projectado no meu futuro. Abdiquei da expectativa, da esperança, da luta por uma vida em comum. Porque saber lutar também é ter noção do momento em que se deve sair de campo. Se dói? Ui! Sinto o meu corpo gelado, um nó no estômago, um vazio que me consome o peito, uma tremura que não dá tréguas.
Desisti de lutar por quem também desistiu de mim. Fica a consciência de que tudo foi feito, de que dei o meu melhor, de que fui uma guerreira que durante o tempo todo batalhou por ele e para que ele construísse o seu caminho (que também era o nosso), encontrasse um sentido para a vida no meio do caos. Só por isso já valeu a pena. Ah! E descobri o amor. Soube dar o que de melhor eu tenho e descobri o quanto tenho para dar. Arrisquei e amei-o incondicionalmente. Se me arrependo? Nem um bocadinho. Faria tudo outra vez. Quando se está apaixonado a entrega é total e tudo é possível, até o impossível. O céu é mais perto, o sol mais quente e radiante, e as estrelas iluminam os caminhos até nos cegarem.
Antes de sair, olhei-o pela última vez com um sorriso. Foi assim que o conheci e que o deixei entrar na minha vida – com o meu sorriso. Era assim que me queria despedir. Entreguei num abraço apertado o meu amor. Ficou lá com ele, colado nos poros da pele. Talvez por isso tenha voltado para casa mais leve.
Os timings são tramados e podem condicionar o percurso por onde a vida nos leva. Mas eu prefiro continuar a acreditar que quando se está apaixonado, quando se ama, então tudo faz mais sentido e é o amor que condiciona o tempo e nunca o contrário. O amor é mais que tudo na vida. O nosso só não foi suficiente.
Esta caminhada chegou ao fim sem ter chegado à meta. Depois de tanto esforço a meta devia ter chegado até nós – merecíamos.
Por mais dor que possa provocar, vale a pena amar.

08 outubro, 2010

“If you love something let it go. If it comes back to you it's yours. If it doesn't, it never was.”





E AGORA???
É magia, sim! Uma inexplicável magia.

"Reza a minha história que o reencontro de Almas não pressupõe lógica e muito menos hora marcada. Por vezes basta um dedo tocado, uma palavra perdida, uma fotografia ao longe, um silêncio ou a cumplicidade de um sorriso para despoletar a magia em que acreditávamos quando éramos crianças. O Amor é logo ali..." (Gustavo Santos)

05 outubro, 2010

Amanhã faz um ano que mudei de empresa e que deixei outra para trás. Foi a decisão mais rápida de sempre. Tive de dar resposta ao convite no mesmo dia em que o recebi. Na altura não me senti bem por não ficar onde estava até ao final do projecto. Hoje, com a distância de um ano, percebo que foi o melhor que fiz. Segui mais uma vez a minha intuição e o coração e acabei por ir parar ao sítio certo para crescer profissional e emocionalmente.
Entrei logo da melhor maneira! Com um acidente de percurso: um camião partiu o espelho retrovisor do meu carro, ainda nem tinha chegado à cancela da empresa. O condutor pirou-se e eu, ainda hoje, tenho o espelho preso por tape...
Já lá estava a minha amiga A, que me apresentou aos outros colegas e que hoje, alguns deles, considero amigos. Gosto do meu trabalho mas já me senti melhor por aqueles lados. Encaro esta fase como passageira, sei que melhores energias virão. Sei e sinto. Neste ano que passou cresci como guionista, aprendi muito, mas sobretudo cresci como pessoa. Vivi experiências que me ensinaram a ver a vida de outra forma, conheci pessoas que vão ficar para sempre na minha vida, presas no “passador da nata da nata”! Mudei. física e psicologicamente. Entrei de cabelo pelos ombros, preto, com uns belos quilos a mais e sorridente, sedenta de novas histórias. Hoje tenho menos catorze quilos, uso o cabelo curto e com um tom dourado. Continuo a sorrir, ainda não tanto como antes mas faz parte de uma caminhada. Sinto-me mais madura, mais leal, mais frontal. Não tenho medo de dizer o que sinto, sou mais Catarina do que era. Menos ingénua, menos sonhadora, menos racional. Mas continuo a ser a Catarina…

04 outubro, 2010


Férias marcadas, hotel reservado! Estou ansiosa, mas já não falta muito!
Quero descansar, respirar a maresia, sentir a areia nos pés, deixar-me embalar pelas ondas e pela música. Comer bem, dormir bem... encher-me e preencher-me! Vou mimar-me... E MUITO!