23 dezembro, 2005



FELIZ NATAL PARA TODOS!


Esta época diz-me muito. Mesmo muito. Lembro-me ainda mais da família e dos amigos e sinto-me uma pessoa cheia de sorte. Feliz. Ou melhor, muito feliz! Porque tenho uma família fantástica, que amo mais do que tudo na vida, e amigos. Verdadeiros. Que conhecem bem o valor da amizade. Pessoas especiais que tive a sorte de encontrar neste caminho e sem os quais a minha vida iria ficar muito menos luminosa.
A família não se pode escolher e eu tive a sorte de vir parar a esta... A melhor do mundo! Assim quis o destino... Para minha felicidade. E os amigos pude escolher e por isso... São os melhores! : ))
Chego a esta altura e fico nostálgica... Mas feliz! Sinto-me mesmo a pessoa mais feliz do mundo.
À minha família e às minhas amigas e aos meus amigos... Obrigada por existirem e por me terem deixado entrar na vossa vida!
Quero desejar um natal muito especial, junto das pessoas de quem gostam, com muita harmonia e paz! E se possível com uns presentinhos para animar ainda mais a noite!
Muitos beijinhos!

19 dezembro, 2005






Há músicas que me fazem arrepiar. Esta é uma delas. Dos COLDPLAY.




"Fix You"
When you try your best, but you don't succeed
When you get what you want, but not what you need
When you feel so tired, but you can't sleep
Stuck in reverse
When the tears come streaming down your face
When you lose something you can't replace
When you love someone, but it goes to waste
Could it be worse?
Lights will guide you home
And ignite your bones
And I will try to fix you
High up above or down below
When you too in love to let it go
If you never try you'll never know
Just what you're worthLights will guide you home
And ignite your bones
And I will try to fix you
Tears stream down your face
When you lose something you cannot replace
Tears stream down your face
And I...
Tears stream down on your face
I promise you I will learn from the mistakes
Tears stream down your face
And I...
Lights will guide you home
And ignite your bones
And I will try to fix you

18 dezembro, 2005


ARTE SEM TECTO


É uma galeria diferente. Os artistas são diferentes. E todos são convidados a entrar. Ou melhor, obrigados a entrar. Desde os velhos casais que carregam as compras apressadamente na esperança de não perder o autocarro, até aos mais jovens que param nas casinhas de artesanato para verem as novidades. Por vezes, esquecem-se de que estão a atravessar uma galeria. E esquecem-se sobretudo de que aquela rua é uma morada da arte.
Na Baixa lisboeta, a Rua Augusta é a nova casa dos pintores de rua. A grande calçada do início alberga cerca de 8 pintores. Expositores improvisados, feitos com antigas tábuas de madeira, mostram a técnica, os materiais e até a alma daqueles homens que seguram o pincel ou o lápis como se fossem objectos preciosos. Aguarelas que revelam os recantos da cidade, esboços de caras em carvão, réplicas de fotografias e postais a óleo são muitas das obras de arte que ali podemos encontrar. São artistas diferentes. Estão ali por motivos alheios aos outros pintores. Alguns pintam para agarrar a vida e pagar a droga. A maioria divide os quartos numa pensão ali perto, “medonha”, como classifica Pedro Jesus- um homem aparentemente jovem, de cabelos escuros e desgrenhados que fala com um olhar expressivo. Tão expressivo que chega a incomodar. Veste uma grossa camisa de flanela ao xadrez cujo bolso está descaído com o peso dos lápis. Entre desabafos e queixas, Pedro Jesus conta que ali a “concorrência é a droga”. A rivalidade entre pintores aumenta quando se trata de arranjar dinheiro para a droga. Pedro desde sempre que está ligado às artes. Durante 17 anos fez traço e depois a pintura surgiu naturalmente, assim como o artesanato. Enquanto fala, mete a mão num saco de plástico e tira uma mala feita em couro castanho. “Esta foi a primeira mala que fiz”, diz com um brilho no olhar. Mas é a pintura que lhe paga as contas: “Sobrevivo da pintura, com muita dificuldade.” O facto de ser judeu permite-lhe fazer jejum quando o dinheiro não chega, porque os portugueses são maus consumidores de obras de arte. Pelo menos da sua pintura, dita transcendente, na qual expõe “formas cabalísticas da árvore da vida e do mundo judaico”. Cores fortes misturadas com espaços vazios, linhas dispersas e objectos desconhecidos são a verdadeira testemunha do percurso de vida que Pedro Jesus tem levado. Rabiscos de loucura cruzam espaços imaculados. Nem os preços baixos da pintura de Pedro entusiasmam os portugueses. “Compram muito raramente. Só os velhotes.” É por isso que vai para Inglaterra. Já esteve noutros países da Europa, onde foi tratado com toda a dignidade e onde o seu talento foi reconhecido e espera regressar se a situação em que vive actualmente não se alterar. O facto de a Câmara de Lisboa ter mudado os pintores do Chiado para a R. Augusta teve consequências na venda das pinturas, segundo o pintor: “aqui em baixo não se vende nada. Foi a Câmara que quis arranjar dinheiro alugando este espaço.” Vieram para a Rua Augusta porque os comerciantes não gostavam deles nem dos amigos sem-abrigo que por lá apareciam. Com as mãos nos bolsos das calças e com o olhar a penetrar a calçada, Pedro Jesus faz o seu último desabafo: “nós somos tratados como tudo menos como artistas”. Do outro lado da rua está um homem muito alto, com o cabelo louro apanhado por um elástico e uns olhos muito azuis que revelam simpatia. Tem as mãos sujas de tinta em tons de azul e amarelo. Está a alinhar as suas telas para que todos as vejam, para que todos as comprem. Ali é o pintor que tem mais pinturas expostas. Tem uma autêntica banca muito bem arrumada. As paisagens são o seu tema de eleição. Lugares desconhecidos, de sonho, postais onde as cores se esbatem e formam universos magníficos. Konstantine Skrynnikov é um russo que chegou a Portugal há apenas um ano e meio. Apesar das dificuldades que tem com a língua portuguesa, sorri quando fala no país que o acolheu: “vim para aqui e quero ficar”. Foi na Rússia que estudou pintura, durante cinco anos, na universidade. Trabalhou a maioria do tempo como pintor, depois resolveu ir dar aulas durante três anos. Mas a crise que se faz sentir no seu país natal obrigou-o, aos 41 anos, a deixar a família e a vir para Portugal à procura de emprego. Gosta de estar ali, na rua, sentado numa cadeira a pintar, ao lado dos expositores, enquanto os potenciais clientes vão elogiando a sua obra. Por detrás destes pintores que tentam vender aquilo que de melhor fazem aos que, indiferentes e apressados, passam por aquela agitada rua, estão dramas humanos, histórias de pessoas que apenas vão sobrevivendo. Se há alguns artistas de rua que pintam a realidade em que vivem, as condições de sobrevivência que têm de ultrapassar todos os dias, outros pintam paisagens paradisíacas, como se procurassem uma morada.





NESTE NATAL DIZ O QUE SENTES!

Recebi por estes dias este texto num mail e apeteceu-me partilhá-lo.
Da Solidão
"A maior solidão é a do ser que não ama. A maior solidão é a dor ser que ausenta, que se defende, que se fecha, que se recusa a participar da vida humana. A maior solidão é a do homem encerrado em si mesmo, no absoluto de si mesmo, e que não dá a quem pede o que ele pode dar de amor, de amizade, de socorro. O maior solitário é o que tem medo de amar, o que tem medo de ferir e de ferir-se, o ser casto da mulher, do amigo, do povo, do mundo. Esse queima como uma lâmpada triste, cujo reflexo entristece também tudo em torno. Ele é a angústia do mundo que o reflecte. Ele é o que se recusa às verdadeiras fontes da emoção, as que são o património de todos, e, encerrado em seu duro privilégio, semeia pedras do alto da sua fria e desolada torre."
" in Para viver um grande amor, Vinicius de Moraes

13 dezembro, 2005

A SAGA CONTINUA...
Mais um jantar com os de sempre. E com os que não puderam ir ao último, dos noivados: o Sancho, o Pita, a Rita e o Zé Tó. Numa noite fria de Dezembro. Morada: casa da Vanda e do António, com vista para o mar. O cenário não podia ser melhor. O jantar também não. Lareira acesa, velas acesas, boa disposição acesa! Para variar. Quinta do Cabriz, mais uma vez em cima da mesa! Com a nova introdução do Marquês de Borba. Qual deles o melhor? Ninguém sabe. Por isso, convém experimentar os dois. Uma, duas, três, quatro vezes… As que forem preciso! Volta-se a falar do noivado, enquanto o chouriço estala junto à lareira. Com tanta lenha para se queimar há quem queira o apita o comboio e o barulho da prata dos serviços a bater nos copos de cristal! Mas a noiva Tita, apoiada pela noiva Andy, não quer. Mas casamento sem isso não é casamento, argumentam os outros. E a verdade é que já há muitas expectativas para a boda do ano: a qualidade do vinho, a safa do Pita (estou a torcer por ele) o bouquet (quem o irá apanhar?), o período nocturno do DJ (pagamento extra), a lua-de-mel dos noivos… E ainda se falou na pronúncia do sôr padre! Que é capaz de provocar alguma gargalhadas! Mas silêncio, que estamos na Igreja. Por falar nessa instituição agora de repente lembrei-me da Roménia. Não sei porquê… Mas parece que há quem tenha andado por lá a dar toques… Com o telemóvel, claro. Fala-se no reinado de D. Sancho III. Quando as saudades apertam não há distância que valha. Mas a verdade é que ninguém viu. E “coração que não vê não sente”… E as paredes infelizmente ainda não entendem romeno. Mas que houve toques… Lá isso houve! Por falar em toques… Há quem tenha tido algumas experiências traumatizantes, algures num poste dos Salesianos. Para quem não sabe um poste de electricidade é muito mais do que isso. Pode ser uma diversão. Mas cuidado com as brincadeiras. Pode-se apanhar uma valente descarga eléctrica ou até quiça uma descarga de… Bem, está provado cientificamente que muitos homens sofrem de infertilidade à custa do belo poste, que outrora servia para dar agitação aos intervalos das aulas. Depois de cinco garrafas e de muitos brindes, de queijinhos, de pasta de atum e de enchidos… Ainda veio um tabuleiro gigante com um fantástico bacalhau feito pela mãe da Vanda. Lá tiveram os estômagos de se apertar mais um bocadinho. Com muito prazer. O telemóvel toca, com a música sugestiva do genérico do sexo e a cidade. Quem é? Perguntam os mais curiosos enquanto vou atender. Mistério. Porque para mim tanto me faz que digas coisas boas ou coisas más! Toca outro telemóvel. É novamente o da Vanda. O inimigo do papá António volta a lembrá-la! Lá vai ela até à cozinha… As memórias vão falando mais alto e recordam-se as férias do Verão. Do sol quente do Algarve, dão bronzeado, da noite mais estrelada e mais animada de Portugal e da água de lavar a loiça que deu banho a muita gente. Não foi, Sr. Vargas? Há quem beba café para tratar dos fígados e há quem tem a sorte de se refrescar com água carregadinha de gordura e de detergente! É sempre bom desinfectarmo-nos das impurezas da noite! Foi na noite de Sesimbra que alguém ia tendo um encontro imediato de terceiro grau… Afinal, o noivo André disse que eles não sabiam brincar! Hora da sobremesa. Um strudel de framboesa com vários gelados. Era só mesmo o que faltava para continuarmos a dieta! Os noivos estão cada vez mais apaixonados! Olham-se com ternura e segredam aos ouvidos. Dos outros noivos o melhor é nem falar! Há olhares que revelam tudo. E eu sempre fui muito observadora! Outra gargalhada do António que ecoa na sala. E que nos contagia a todos. Mais uma chamada. Está na hora de me ir embora. Mas antes disso ainda sou sujeita a um interrogatório do meu cunhadinho e do Sancho. Muitas perguntas tinham eles para me fazer! A Luz já está à espera. Beijinhos e abraços a todos. Despeço-me deles e sigo para o carro. Deixo para trás uma noite muito animada. Com a garantia de que não acaba ali. Sei por fontes seguras que as garrafas de whisky e de Rum evaporaram. Deve ter sido com o calor que saía da lareira! De certeza. E parece que mal o anfitrião António se encostou às boxes começou a ouvir-se um certo ressonar… De onde é que viria?! Já na pista de dança encontrei o noivo Sérgio e o amigo Vargas. A noiva estava cansada e foi para a cama, qual bela adormecida! Eles portaram-se bem. Uma garrafinha de água salvou pelo menos um deles da… azia do jantar! Muita música e muita dança! Até à Love Generation, claro!Hoyve quem recebesse uma sms e ficasse contente... A noiva gosta de controlar! Depois, o corpo começou a dar sinais de cansaço e lá fomos para o carro. Primeira paragem – casa da Vanda. Beijinhos sonoros e sem ser sonoros em concurso! Na cara, obviamente! O Sérgio e o Vargas saem. Um deles mais fresquinho do que o outro. Não quero acusar porque já é da família! Despedimo-nos de uma noite que foi longa e grande… Em grande! Para não variar!

09 dezembro, 2005

DE VOLTA
As férias estão mesmo a acabar. Senti isso, quando voltei hoje à Casa. Foi estranho voltar à sala de trabalho e encontrar um espaço escuro e vazio. Os computadores estavam todos desligados bem como a aparelhagem e foi esquisiti não ouvir o som do bater dos dedos no teclado. Pela primeira vez percebi que o projecto tinha terminado. O meu primeiro projecto. Nem no dia em que escrevemos o último episódio senti isso. Talvez porque as férias se aproximavam e o entusiasmo camuflou outras emoções. Mas agora sinto. Completamente. E tenho pena. A vida daqueles personagens acabou ali. Ficou naquelas folhas. E custa um bocadinho dizer-lhes adeus. Afinal, cada um deles é um bocadinho de nós, que lhes damos vida. Cada um deles é um bocadinho daquilo que vemos, daquilo com que vivemos, daquilo que sentimos. E é por isso que custa tanto. Por outro lado, sinto-me feliz. Nunca hei-de esquecer aquele projecto. Não só porque foi o meu primeiro como também porque gostei imenso de poder contribuir um pouco para que ele fosse possível. E tenho a consciência de que dei o meu melhor. E sinto-me orgulhosa com o resultado. Eu e todas as pessoas que O escreveram, tenho a certeza. E é a elas que devo tudo o que aprendi. Que foi muito. Muito mesmo.
Vou sentir muitas saudades daquele Mundo, que também foi e continuará a ser nosso. Para sempre.

08 dezembro, 2005


Há histórias que merecem ser contadas. Esta é uma delas. E passou-se na cidade mais romântica do Mundo: PARIS!


Ela estava no comboio. Distraída, como sempre, a olhar para o placar com a informação das estações. Ele estava encostado à porta, a observar tudo e todos. No mundo dele. Ela sorriu para a amiga e disse-lhe que estavam atrasadas. Ele ouviu e também sorriu. Porque também estava atrasado para as aulas, porque aquele idioma lhe era familiar. Aproximou-se delas, sem receio. Começou a falar na mesma língua e ficou contente por ter encontrado alguém que o entenda. Elas sorriram e sentaram-se os três em dois bancos noutra carruagem. Ele fez as perguntas básicas e elas também queriam saber tudo sobre ele. Uma mais do que a outra. Elas iam para a Disneyland. Ele ia para a Universidade, que ficava no mesmo caminho. Ele era simpático, comunicativo. Tinha uns olhos verdes expressivos e um sorriso aberto. Ela também sorria. E a amiga estava atenta à conversa. Tiveram de sair do comboio para mudar de linha e ele esperou por elas. Atrasado por atrasado estava disposto a fazer companhia. E assim foi. Mudaram de linha e continuaram a conversa. Uma conversa de comboio, banal, igual a tantas outras que por ali se cruzam. Próxima paragem… Era a dele. Despediu-se cordialmente com a certeza de que se iriam encontrar na cidade durante aquela semana. E saiu sem deixar rasto. Ela arrependeu-se por não ter trocado contactos e percebeu que nunca mais o iria voltar a ver. Não sabia nada dele a não ser o nome, o vasto local onde ele morava em Paris e a sua cidade em Portugal. Mas lembrava-se dos olhos verdes e do sorriso rasgado. E lembrou-se dele durante a noite. Dois dias depois lembrou-se dele mais uma vez. E decidiu ir à sua procura. Lembrava-se de um nome de uma casa. Mas não tinha a certeza de que era a dele. A amiga achava que não era essa. Mas algo lhe dizia que era. Resolveu escrever uma folha com um recado para ele, o rapaz do comboio, do sorriso rasgado com pronúncia do Norte. Foi à residência que lhe soou melhor com outra amiga, a parisiense. E mal entraram na casa o recepcionista perguntou que papel era aquele. Ela ainda tentou disfarçar mas a amiga acabou por contar a história. A verdade. Ele ficou radiante e quis ajudar a desvendar o mistério, de imediato. Foi ver às listas todas e procurou o primeiro nome do rapaz do comboio. E lá estava. No quarto número quatro. Mas seria ele? É um nome comum. Bonito mas comum. O recepcionista acreditou que o tinha encontrado. E elas também. Uma mais do que a outra. O homem simpático lá insistiu para deixarem o recado na caixa do correio. Para além de afixarem o outro num placar do hall de entrada. E ela fez isso. Porque lhe apeteceu. Porque queria encontrar novamente o rapaz do comboio. Mas seria ele? Seria aquele nome o dele? Ela deixou-lhe o bilhete na caixa do correio, com o seu e-mail. As duas amigas foram-se embora. Uma mais esperançosa do que a outra.
Passaram dois dias e nada de mail. A caixa continuava vazia sem notícias do rapaz do RER. A casa não era aquela, de certeza. Aquele não era ele. Fizeram as malas e foram para o aeroporto, de regresso a casa. Ela lembrou-se dele. Mais uma vez. Sabia que não o voltaria a ver. Mas no dia seguinte, quando foi ver a caixa de correio electrónico ficou surpreendida com uma mensagem. Era o rapaz do comboio!!!
Em PARIS tudo pode acontecer!Mesmo que seja ficção...

04 dezembro, 2005


























PARIS... A CIDADE!
Foi ontem! A semana passou a correr, infelizmente. Ainda agora cheguei e já tenho imensas saudades daquela cidade. Saudades da Cité Universitaire, do nosso quarto, da nossa cozinha, da nossa confusão, dos longos passeios, da noite iluminada, do frio. Do frio. Do cheiro a croissant, a baguetes quentes e a crepes com nutella em Saint Michel! Tenho saudades de andar na rua, de sentir aquele vento gelado, e perder-me naquelas calçadas. Lá, queremos ver tudo. Porque tudo vale mesmo a pena. Os monumentos imponentes, como a Notre Damme ou o Sacré Coeur, que nos esmagam completamente. As ruas agitadas de Montparnasse e o silêncio de Montmartre, que nos conquistam em cada esquina. Dos museus, das ruas. Das ruas. Mas tenho sobretudo saudades do Sena. Daquele rio que se estende na cidade e sobre o qual foram construídas 24 fantásticas pontes. Cuja beleza é simplesmente indescritível. Sinto falta da música tocada no metro, das nossas gargalhadas no quarto e do nosso chazinho nocturno.
Lembro-me do dia em que visitámos a Dineyland. Nunca me vou esquecer da magia que senti. Que toda a gente sente. Parece que entramos na Terra do Nunca. O mais difícil é sair de lá.
Tenho saudades da Joaninha e da sua rabugice matinal. Da Tita e dos seus dramas românticos. E da Catarina e da sua energia. Durante uma semana fomos mais do que amigas. Fomos uma família. SAUDADES. Para o ano há mais. Ficou muito para ver... Aliás, para sentir. Paris não se vê... SENTE-SE!