13 dezembro, 2005

A SAGA CONTINUA...
Mais um jantar com os de sempre. E com os que não puderam ir ao último, dos noivados: o Sancho, o Pita, a Rita e o Zé Tó. Numa noite fria de Dezembro. Morada: casa da Vanda e do António, com vista para o mar. O cenário não podia ser melhor. O jantar também não. Lareira acesa, velas acesas, boa disposição acesa! Para variar. Quinta do Cabriz, mais uma vez em cima da mesa! Com a nova introdução do Marquês de Borba. Qual deles o melhor? Ninguém sabe. Por isso, convém experimentar os dois. Uma, duas, três, quatro vezes… As que forem preciso! Volta-se a falar do noivado, enquanto o chouriço estala junto à lareira. Com tanta lenha para se queimar há quem queira o apita o comboio e o barulho da prata dos serviços a bater nos copos de cristal! Mas a noiva Tita, apoiada pela noiva Andy, não quer. Mas casamento sem isso não é casamento, argumentam os outros. E a verdade é que já há muitas expectativas para a boda do ano: a qualidade do vinho, a safa do Pita (estou a torcer por ele) o bouquet (quem o irá apanhar?), o período nocturno do DJ (pagamento extra), a lua-de-mel dos noivos… E ainda se falou na pronúncia do sôr padre! Que é capaz de provocar alguma gargalhadas! Mas silêncio, que estamos na Igreja. Por falar nessa instituição agora de repente lembrei-me da Roménia. Não sei porquê… Mas parece que há quem tenha andado por lá a dar toques… Com o telemóvel, claro. Fala-se no reinado de D. Sancho III. Quando as saudades apertam não há distância que valha. Mas a verdade é que ninguém viu. E “coração que não vê não sente”… E as paredes infelizmente ainda não entendem romeno. Mas que houve toques… Lá isso houve! Por falar em toques… Há quem tenha tido algumas experiências traumatizantes, algures num poste dos Salesianos. Para quem não sabe um poste de electricidade é muito mais do que isso. Pode ser uma diversão. Mas cuidado com as brincadeiras. Pode-se apanhar uma valente descarga eléctrica ou até quiça uma descarga de… Bem, está provado cientificamente que muitos homens sofrem de infertilidade à custa do belo poste, que outrora servia para dar agitação aos intervalos das aulas. Depois de cinco garrafas e de muitos brindes, de queijinhos, de pasta de atum e de enchidos… Ainda veio um tabuleiro gigante com um fantástico bacalhau feito pela mãe da Vanda. Lá tiveram os estômagos de se apertar mais um bocadinho. Com muito prazer. O telemóvel toca, com a música sugestiva do genérico do sexo e a cidade. Quem é? Perguntam os mais curiosos enquanto vou atender. Mistério. Porque para mim tanto me faz que digas coisas boas ou coisas más! Toca outro telemóvel. É novamente o da Vanda. O inimigo do papá António volta a lembrá-la! Lá vai ela até à cozinha… As memórias vão falando mais alto e recordam-se as férias do Verão. Do sol quente do Algarve, dão bronzeado, da noite mais estrelada e mais animada de Portugal e da água de lavar a loiça que deu banho a muita gente. Não foi, Sr. Vargas? Há quem beba café para tratar dos fígados e há quem tem a sorte de se refrescar com água carregadinha de gordura e de detergente! É sempre bom desinfectarmo-nos das impurezas da noite! Foi na noite de Sesimbra que alguém ia tendo um encontro imediato de terceiro grau… Afinal, o noivo André disse que eles não sabiam brincar! Hora da sobremesa. Um strudel de framboesa com vários gelados. Era só mesmo o que faltava para continuarmos a dieta! Os noivos estão cada vez mais apaixonados! Olham-se com ternura e segredam aos ouvidos. Dos outros noivos o melhor é nem falar! Há olhares que revelam tudo. E eu sempre fui muito observadora! Outra gargalhada do António que ecoa na sala. E que nos contagia a todos. Mais uma chamada. Está na hora de me ir embora. Mas antes disso ainda sou sujeita a um interrogatório do meu cunhadinho e do Sancho. Muitas perguntas tinham eles para me fazer! A Luz já está à espera. Beijinhos e abraços a todos. Despeço-me deles e sigo para o carro. Deixo para trás uma noite muito animada. Com a garantia de que não acaba ali. Sei por fontes seguras que as garrafas de whisky e de Rum evaporaram. Deve ter sido com o calor que saía da lareira! De certeza. E parece que mal o anfitrião António se encostou às boxes começou a ouvir-se um certo ressonar… De onde é que viria?! Já na pista de dança encontrei o noivo Sérgio e o amigo Vargas. A noiva estava cansada e foi para a cama, qual bela adormecida! Eles portaram-se bem. Uma garrafinha de água salvou pelo menos um deles da… azia do jantar! Muita música e muita dança! Até à Love Generation, claro!Hoyve quem recebesse uma sms e ficasse contente... A noiva gosta de controlar! Depois, o corpo começou a dar sinais de cansaço e lá fomos para o carro. Primeira paragem – casa da Vanda. Beijinhos sonoros e sem ser sonoros em concurso! Na cara, obviamente! O Sérgio e o Vargas saem. Um deles mais fresquinho do que o outro. Não quero acusar porque já é da família! Despedimo-nos de uma noite que foi longa e grande… Em grande! Para não variar!

2 comentários:

XiXas disse...

Cunhadinha especial!!!!
Grande post! Parabéns! mais uma grande noite e mais uma quantidade de histórias para ficarem nas recordações! faltou o joão maria :P ...e também faltou a noite deixar de ter horas!!! beijos

Anónimo disse...

Querida Cata!

ADOREI!!!! Ainda não tinha tido oportunidade de conhecer esta tua obra de arte! Espectacular! Muitos parabéns! Os nossos jantares não podiam estar mais bem entregues...
Um beijinho grande para a minha escritora favorita!