Felizmente estou rodeada por pessoas que permiti que entrassem na minha vida. Sou cada vez mais selectiva nesse aspecto e tenho-me dado bastante bem. Descartar aqueles que nada me acrescentam, ignorar os que ainda me incomodam e prender os que amo na minha teia de amigos. Cultivar e regar a amizade e o amor. Ser feliz e fazer os outros felizes, que é um prazer enorme. Afastar-me de mesquinhices, de pessoas que aparentemente são muito espirituais e que fazem retiros e são zen, blablabla... e que depois são más como as cobras, destilam veneno. Mas sei bem distinguir quem de facto tem essa filosofia e vive-a em pleno de quem apenas se escuda nela para disfarçar a sua pequenez. Sei distinguir porque tenho a honra de conhecer pessoas que me ajudaram a crescer bastante espiritualmente porque nelas o amor e a verdade coabitam livremente.
A minha vida está cheia de amor. Sou muito feliz. E entristece-me ver pessoas que sobrevivem sugando a energia dos outros. Entristece-me ver a arrogância, a falta de humildade e de generosidade. Entristece-me ainda mais perceber que essas pessoas não querem aprender e que estão a desperdiçar a oportunidade de serem felizes. A vida passa-lhes mesmo à frente dos olhos e elas são incapazes de a agarrar. Metem-se na vida dos outros porque deixaram de ter uma. Ou simplesmente nunca tiveram e nunca irão ter. São tão vulneráveis e fracas que a única coisa que se pode apropriar delas é a solidão.