30 dezembro, 2006

SADDAM

Acabei de ler a notícia de que Saddam foi executado às três da manhã, hora de Lisboa. Estou completamente chocada. Sempre mantive a esperança de que ele aprodrecesse na cadeia. Para mim seria o mais justo. Ninguém tem o direito de tirar a vida a outra pessoa. NINGUÉM! Mesmo que essa pessoa, neste caso o ex-presidente iraquiano tenha provocado a morte de centenas de pessoas. Porque ao estarmos a responder da mesma forma estamos a ser tão cruéis como ele foi. Será isso que queremos? Para quê? Devemos pagar sempre na mesma moeda? Discordo em absoluto. Sou completamente contra a pena de morte. Completamente. E um enforcamento? Mas afinal em que século é que estamos?
Estou desiludida. Os Estados Unidos e a Admistração Bush são o retrato mais arrogante e mais ditador daquilo a que se chama democracia. Bush tem sido tão ditador e tão terrorista como Saddam foi. Impôs a sua vontade de vingança a tudo e a todos. A maioria dos Estados (incluindo a União Europeia) estava contra a execução de Saddam mas Bush teve de levar a sua vontade avante.
Temo que este acontecimento proporcione uma escalada de violência ao nível global.

29 dezembro, 2006













The Holiday

Depois do Natal nada melhor do que ir ao cinema ver um filme que nos faz voltar a sentir a magia da época natalícia. Gostei imenso do filme. O argumento é muito engraçado e o produto final tem uma óptima qualidade. Quem gosta de comédias românticas não deve perder este filme, que nos faz pensar no amor e nas distâncias...

24 dezembro, 2006

FELIZ NATAL

23 dezembro, 2006


LOVE ACTUALLY IS ALL AROUND

Whenever I get gloomy with the state of the world, I think about the Arrivals Gate at The Heatrow Airport. General opinion´s starting to make out that we live in a world of hatred and greed - but I don't see that. Seems to me that love is everywhere. Often it's not particulary dignified, or newsworthy - but it's always there - fathers and sons, mothers and daughters, husbands and wives, boyfriends, girlfriends, old friends. Before the planes hit the Twin Towers, as far as I Know, none of the phone calls from the people on board were messages of hate and revenge - they were all messages of love. If you look for it, I've got a sneaking suspicion you'll find that love actually is all around...

http://youtube.com/watch?v=03CTpRexb2o&mode=related&search=love%20actually%20trailer

21 dezembro, 2006

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Há um ano estava a iniciar um projecto. Este ano o Natal marca o fim de uma longa caminhada de seis meses.
Tudo o que começa acaba. E o projecto chegou ao fim, com muita pena minha. Fico sempre nostálgica (e no Natal a situação agrava-se). Custa-me despedir-me das personagens. Custa-me saber que elas ficam ali no monitor ou no papel para sempre, que o percurso delas acabou. Pelo menos tenho a certeza de que nunca me irei esquecer delas. Este projecto foi um grande desafio, apaixonei-me por ele desde o início. Sinto que cresci ao longo destes seis meses e que aquelas personagens contribuiram muito para isso. Tive de crescer à força, de ganhar maturidade para vestir os problemas dos outros.
Saio deste projecto com uma certeza. Foi das coisas que mais gostei de escrever. Talvez por ter sido um texto duro, um texto cru, que exigiu muito de mim. De todos nós. Sinto que muitas vezes me superei a mim mesma.
Juro que vou ter saudades. Muitas saudades.

17 dezembro, 2006

Ontem fui fazer as últimas compras de Natal ao Chiado. Adoro aquela zona de Lisboa. Acho que nunca conseguirei viver na capital mas acho que se algum dia tivesse de viver lá, não tenho dúvidas quanto ao local onde me iria instalar. Haverá sítio mais bonito em Lisboa que o Chiado? Para mim não.
Ontem tive a sorte de ver uma animação de rua do Chapitô. Emocionei-me. Nesta época é muito fácil chegarem-nos as lágrimas aos olhos. Qualquer coisinha mais especial e a torneira liga automaticamente. Mas ontem foram as lágrimas de uma velhinha que contagiaram as minhas.
Durante a animação de rua, a velhinha de cabelos brancos, não desviou a atenção dos artistas. Nem por um segundo. Mal uma actriz se aproximou e viu os olhinhos brilhantes da velhinha não resistiu e abraçou-a. Olhei para a velhinha e vi naqueles olhos solidão. O natal só é bom para quem não está sozinho. Quem convive apenas com a sua sombra sofre ainda mais com esta época, que amplia os sentimentos: os bons e os maus.
Lembrei-me da sorte que tenho em ter uma família que torna o meu Natal a melhor altura do ano. É preciso ter muita sorte.

16 dezembro, 2006

ALL I WANT FOR CHRISTMAS IS... YOU

I don't want a lot for Christmas
There's just one thing I need
I don't care about the presents
Underneath the Christmas tree
I just want you for my own
More than you could ever know
Make my wish come true
All I want for Christmas is...
You

I don't want a lot for Christmas
There's just one thing I need
I don't care about the presents
Underneath the Christmas tree
I don't need to hang my stocking
There upon the fireplace
Santa Claus won't make me happy
With a toy on Christmas day
I just want you for my own
More than you could ever know
Make my wish come true
All I want for Christmas is you
You baby

I won't ask for much this Christmas
I don't even wish for snow
I'm just gonna keep on waiting
Underneath the mistletoe
I won't make a list and send it
To the North Pole for Saint Nick
I won't even stay awake to
Hear those magic reindeers click
'Cause I just want you here tonight
Holding on to me so tight
What more can I do
Baby all I want for Christmas is you
Ooh baby
All the lights are shining
So brightly everywhere
And the sound of children's
Laughter fills the air
And everyone is singing
I hear those sleigh bells ringing
Santa won't you bring me the one I really need
Won't you please bring my baby to me...

Oh I don't want a lot for Christmas
This is all I'm asking for
I just want to see my baby
Standing right outside my door
Oh I just want you for my own
More than you could ever know
Make my wish come true
Baby all I want for Christmas is...
You

All I want for Christmas is you... baby

10 dezembro, 2006

Empresário ou Relações Públicas?
Hoje estive a ver um programa sobre o panorama da socialite portuguesa. Foi meia horinha bem passada, pelo menos consegui fazer esta reflexão.
É incrível a quantidade de Relações Públicas e de Empresários que há em Portugal!Ficaria muito feliz se assim fosse. Provavelmente estaríamos a dar uma lição de produtividade ao resto da Europa... Mas não é isso que acontece. Muito pelo contrário.
Ao menos podiam utilizar outras profissões para esconder o termo "doméstica", "reformado" e "desempregado" ou simplesmente assumam de uma vez por todas que são "dolce fare niente" e que vivem dos rendimentos! Qual é o problema?! Por que é que num país de desempregados toda a gente quer ser empresário ou relações públicas?! O mais engraçado é que nunca se percebe bem qual é o ramo do negócio... É sempre uma questão que nunca deve ser abordada. Um verdadeiro tabu!
Enfim... Aprende-se muito com este tipo de programas. É um grande estudo sociológico.
Adoro o meu país e tenho imenso orgulho em ser portuguesa... Mas são estas coisas que tornam os portugueses muito pequeninos...

07 dezembro, 2006











Para Recordar

06 dezembro, 2006

London City

Quatro dias. Pouco tempo. Ou melhor, muito pouco tempo para ver a maior cidade da Europa. Mas valeu a pena. Adorei a cidade, rendi-me completamente à sua diversidade. Desde a vida agitada das multidões que enchem no metro, nas ruas, em cada canto da cidade, aos teatros e museus que nascem por todo o lado... Se fechar os olhos ainda ouço o som dos violinistas do Covent Garden, ainda sinto o cheiro das frutas frescas do mercado de Notting Hill, ainda sinto o vento gelado que nos tocava na pele cada vez que caminhávamos. Lembro-me das luzes que invadem, nesta época, a cidade. Lembro-me da multidão enfurecida que percorria Oxford Street, à procura do melhor presente de Natal. Do imponente Palácio de Bukimgham, da London Bridge que atravessa o Tamisa e da roda gigante que nos faz imaginar a deslumbrante vista da cidade, perto do céu. Fiquei deslumbrada com o Museu de História Natural (como é que a entrada é possível ser gratuita?!). É magnífico! Também gostei muito de ir ao Madamme Tussaud. Ás vezes confundia os bonecos de cera com pessoas. Ainda estou à espera da minha fotografia com o George Clooney, dona Van!E o Christian!!! Nunca vi um concierge tão bem disposto. Apesar de o hotel estar um bocadinho torto, de abanar um pouco, a simpatia dos empregados compensou tudo o resto!
Tenho saudades. Por mais que tentemos aproveitar o tempo ao máximo ficamos sempre com a sensação de que faltou qualquer coisa...
Sinto falta da companhia. Os dias foram intensivamente vividos e isso só fez com que a nossa amizade crescesse ainda mais. É bom ter amigos assim. : )
Onde é a próxima paragem?

23 novembro, 2006

20 novembro, 2006

É OFICIAL!

Na minha casa já entrou o Natal. Eu e a minha irmã estivemos, ontem, a tarde inteira a montar a árvore. A minha mãe dedicou-se ao resto da decoração da sala. Ficou linda! Amanhã mostro as fotografias!

18 novembro, 2006






Aqui ficam duas sugestões para
ler ou para oferecer no Natal.

Sobre o Alice
Criei imensas expectativas sobre este filme. A crítica foi muito positiva e até há a possibilidade de ser nomeado para o óscar de melhor filme estrangeiro. Vi-o na semana passada. O argumento é brilhante, a fotografia do melhor que já se fez em Portugal, a banda sonora do Sasseti é arrepiante, a interpretação de um dos meus actores favoritos, o Nuno Lopes, é de gigante. Este filme tinha tudo para ser uma obra-prima do cinema português mas, na minha opinião, não é. Porquê? Há muitos tempos mortos (percebo que provavelmente o realizador teve a intenção de transmitir ao público o vazio e o silêncio que invade a vida de um pai que perde um filho), há falta de diálogos e de interacção entre os personagens (e é uma pena, visto que estamos perante um elenco de luxo), de ritmo (imagino que um minuto na vida do Mário demore uma eternidade, mas mesmo assim...), e o final acaba por ser muito frustrante. Não sou a favor dos finais sempre felizes (o do Alice representa bem a realidade, é verdade- há muitas crianças que desaparecem e não deixam rasto) mas depois daquela espera toda, depois de estar ali colada ao ecrã, mais de uma hora e meia, à espera de que o Mário encontre a Alice... Não acontece nada. Eles cruzam-se... A criança vê o pai mas ele não a vê. Exactamente no dia em que ele decide parar de a procurar.
Tenho de confessar que me senti muito frustrada quando o filme acabou. Muito frustrada.

11 novembro, 2006

AMANHÃ
O SOL NASCE OUTRA VEZ



09 novembro, 2006






LONDON... Quase, quase!!!


Uma semana de mudanças


Depois de estar a trabalhar em casa há mais de seis meses a minha rotina mudou completamente. Agora o meu escritório já não é a minha casa. A distância para trabalhar é bem mais longa do que aquela que percorria todos os dias, do meu quarto para o escritório. O almoço também deixou de ser cozinhado por mim. O que vale é que já descobrimos umas tasquinhas fantásticas. Agora o meu dia começa muito mais cedo (Porque decidi enfiar-me num ginásio e às oito e meia da manhã já estou a nadar), percorro a marginal, sinto a tranquilidade do mar, até chegar a Lisboa. Mas quando me meto no carro para voltar para casa a lua já espreita. O silêncio da minha casa, muitas vezes interrompido por música, foi trocado pelas insuportáveis buzinas dos automóveis.
Gosto de trabalhar com pessoas, gosto de estar com pessoas, preciso de estar com pessoas. Ás vezes o trabalho de escrita é demasiado solitário.
A verdade é que nestas mudanças todas o que mais me custa é a distância que separa o escritório da minha casa...
Mas a vida é mesmo assim.
E o ser humano vive de hábitos... Hei-de conseguir criar a minha nova rotina.

03 novembro, 2006


Desilusão...
Mal li a sinopse deste filme fiquei logo com vontade de o ir ver. Várias histórias de amor retratadas em Paris... Vistas através do olhar de vários cineastas! Ideia comprada! Adorei!
Ontem foi a estreia e resolvi ir logo vê-lo, ao Vasco da Gama. Nem o temporal me dissuadiu de ir até Lisboa. Duas horas depois a desilusão apoderou-se de mim. Saí do cinema completamente desiludida.Eu, desiludida, a Joana ensonada.
Um filme chato, composto por várias curtas, muitas delas que não me provocaram qualquer sensação. Haverá pior coisa do que a indiferença? Um filme que facilmente vou esquecer porque não me marcou nada. Ficaram apenas as bonitas paisagens de Paris (sempre deu para matar saudades), a banda sonora e o desempenho de alguns actores de que tanto gosto (Nick Nolte, Natalie Portman, Juliette Binoche, Gerárd Departieu...).
Continuo sem perceber porque é que uma curta-metragem, na generalidade, tem de ser pseudo-intelectual, vazia de nexo...
Enfim...
Apesar de tudo, continuo a adorar PARIS!

31 outubro, 2006

Chovia torrencialmente.
O céu nublado pairava sobre a cabeça, pesado. Ele entrou no metro, descalço. Trazia um sobretudo de fazenda, preto, e um jornal na mão. Sacudiu a chuva que lhe molhou o cabelo e sentou-se num lugar lá à frente. Tirou os óculos do bolso descosido pelo tempo e começou a ler o jornal, cujas letras já estavam esbatidas. Na paragem seguinte entrou ela. Sentou-se deliberadamente ao lado dele, no meio da multidão. Sentiu um cheiro nauseabundo e nem por um segundo desviou o olhar daqueles olhos castanhos, cor de mel, gastos pelas lágrimas. Ela tinha vinte anos e um ar discreto, usava um cabelo escortanhado, da cor de corvo, com uma franja comprida, que quase lhe escondia as sobrancelhas. Usava uns sapatos bicudos, com o salto muito alto, que enganava o seu metro e sessenta. Ela pediu-lhe lume e ele nem lhe respondeu. Levantou-se do lugar e foi procurar outro, mais atrás. Ela levantou-se e seguiu-o. Tocou-lhe delicadamente no braço e pediu-lhe com mais gentileza. Ele olhou-a de uma forma rude e grunhiu que não fumava. E se estavam no metro ela não podia mesmo fumar. Ela riu-se na cara dele, com gozo e desprezo. Ele sentiu-se humilhado e atirou-lhe com o jornal. Amaldiçoou-a. Ela riu-se ainda mais alto e ele correu para fora do metro. Ela seguiu-o outra vez. Ele começou a caminhar muito depressa, quase a correr, mas o chão da estação estava escorregadio e os pés dele também. Ela puxou-lhe o casaco e agarrou-o com determinação. Ele foi vencido pelo cansaço de uma vida infeliz. Olharam-se nos olhos. Ela sorriu em vez de rir. Ele não percebeu e recusou-se a perceber. Ela chamou-o pelo nome: Leonardo. Os olhos dele brilharam de imediato. Nunca ninguém o tinha chamado pelo nome. Ficou confuso, mas sobretudo assustado. Ela pegou-lhe na mão. Disse-lhe que ia tratar dele. Prometeu-lhe que não o ia abandonar… Como ele um dia abandonou a mãe dela. Ele começou a chorar, como uma criança indefesa, deixou-se cair lentamente no chão, ficando em posição fetal... “Isabel”, gritou ele, bem alto. Ela sorriu, rendida ao sofrimento do pai, que acabara de conhecer: “Sou eu”.

30 outubro, 2006



Finalmente a fotografia! Quando se tem uma surpresa destas... Como é que é suposto ficar? : ))))))))))))))))))))))))))) Foi assim que fiquei. Falta a fotógrafa - Maninha!