02 novembro, 2005

O JANTAR... O TAL!
Folhadinhos no forno. Mesa posta. Começam a chegar: Vanda, Rita e António, Tita e André. Tocam outra vez à campainha: Sérgio e Tiago. "Os de sempre" estão reunidos. Os de sempre e aqueles que costumam vir mas nem sempre se vêem... Roubam-se uns folhados, ainda bem quentinhos. A Joaninha? A Joaninha? Vão perguntando. Uns mais interessados do que outros... E lá chega a Joaninha, com o vento e com o cheesecake na mão. Salta a quinta do cabriz para cima da mesa que o frio vai pedindo. O frio lá de fora. Porque cá detro a temperatura vai subindo. Abram as janelas! Há olhares supeitos que se soltam da mesa. Homens para um lado. Mulheres para outro. Servem-se os pratos. E os copos! Mais uma e outra vez. Assunto tabu: os monstrinhos do Lockness (18) e o anel de Tita. Cuidado que pode vir no bolo, exclama o André!Outra fatia e nada de anel! Nem de pedido! Mais uma conversa e um intervalo de três segundos de silêncio - é o António que conta. Mais uma gragalhada.
Todos na mesa. Tempo de saborear um café. Tempo de saborear outra gargalhada. O Sérgio levanta-se e ajoelha-se em frente à minha maninha. Tira um anel do bolso, dentro de uma caixinha e tudo, e pede a Andreia em casamento! Apagam-se as luzes! Toca-se com a colherzinha no copo (que é sempre bonito) e a noiva fica de todas as cores. Sorri enquanto o noivo espera pela resposta. Brincadeirinha... Diriam os brasileiros... Mas deu que pensar. A noiva cansou-se de esperar pelas palmas e deu o beijo da praxe. Antes fosse... Mas os lábios carnudos só se tocaram numa mão, bem pequenita! Pena! Eu até gostava do meu cunhado. A pré-boda é interrompida pelo alarme. O inimigo do papá António lembrou-se de avisar a mãe Vanda. Ah, pois é! E outro telemóvel dá sinal. É o Sancho, que não pôde ir ao jantar... Mas recebeu a notícia do noivado pelo telefone. Confusão total! Pelos vistos não ficou animado com a bôda!
A Quinta de Cabriz começa a evaporar-se. Mais gargalhadas, mais parvoeira que assim é que é bom. As conversas começam a descer, quase a pique, como o vinho da garrafa. Pergunta-se o preço do viagra; fala-se no canal que ninguém tem nem vê; E o André ainda se lembra de que o pau de cabinda é para beber... Ainda bem que a hora vai mudar. Se pudessemos parar o tempo...
Toca novamente o telemóvel. Ninguém atende. Era o Pita. É o Pita! Conversas paralelas impede-nos de ouvir a conversa dele e a nossa conversa. Ninguém se entende. Toca a campainha e faz-se Luz, numa entrada triunfal. É das loiras que eles gostam mais. Renova-se o ar e o ambiente. Preparamo-nos para sair, que a noite ainda é uma criança e há mais uma hora! Uns querem ir para o vale ganhar a hora. Fala-se no Nessão. Há quem vá dormir com ele. Não acuso ninguém! Deixamos os noivos, os habitués e os mais ou menos do costume, rumo à pista. Deixamos a mesa e os sofás e o CD na aparelhagem. Encontramo-nos lá. Mais uma hora para aproveitar!
Afinal, este era aquele jantar! O tal!

4 comentários:

Anónimo disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
XiXas disse...

Cata minha querida!!!!!!!

Simplesmente BRILHANTE!!!!!

Contínuo a chorar a rir..fizeste-me reviver O jantar outra vez! Obrigado!

ah..e davas também uma cunhada especial! :)

Anónimo disse...

MANINHA...grande texto! Grande jantar...com pedido de casamento e tudo!!!! E logo a mim...

Beijo enorme

Anónimo disse...

um jantar a que eu adoraria ter ido...:( pedido de casamento? estou a ver que há novidades!!!!
bjinhas