Porque a papelada diz muito sobre nós
Hoje estive a organizar os papéis para o IRS. Normalmente acumulo facturas e recibos numa gaveta durante o ano inteiro e chega mais ou menos a este mês e começo a arrumar tudo em pastas. Estive horas, em cima do tapete de trapos, a mexer na papelada que se multiplicava a cada segundo. É engraçada a forma como aqueles papéis fazem parte da nossa vida, revelam um determinado momento.
Quem consultasse a minha gaveta podia facilmente descrever a minha personalidade e descobrir os meus hábitos (bons e maus) pelo menos neste último ano. Facturas de livros, de CD, de DVD, de séries; recibos de compras de supermercado, de restaurantes, de roupa, de telemóvel, do carro, dos seguros... cartas do banco e mais facturas da farmácia, de médicos, dos cursos, das viagens... do gasóleo (ganhou no que respeita à quantidade de facturas, sem dúvida!). Bilhetes de cinema, de jogos do Sporting e de concertos. Lembrei-me dos arrepios que senti no magnífico concerto do Rodrigo Leão no claustro dos Jerónimos e da energia vibrante no Pavilhão Atlântico ao som de Dave Mathews (vem cá outra vez!). Sorri ao ver um pedaço de papel rasgado com o contacto do Marcelo e um recado, escrito num post-it, da minha irmã a dizer que me adora e a desejar-me uma boa noite. Recordei alguns almoços e jantares - sempre em boa companhia. Tudo no papel, contabilizado. Apercebi-me de que as facturas e os recibos dizem muito sobre nós. Talvez até demais.
Quem consultasse a minha gaveta podia facilmente descrever a minha personalidade e descobrir os meus hábitos (bons e maus) pelo menos neste último ano. Facturas de livros, de CD, de DVD, de séries; recibos de compras de supermercado, de restaurantes, de roupa, de telemóvel, do carro, dos seguros... cartas do banco e mais facturas da farmácia, de médicos, dos cursos, das viagens... do gasóleo (ganhou no que respeita à quantidade de facturas, sem dúvida!). Bilhetes de cinema, de jogos do Sporting e de concertos. Lembrei-me dos arrepios que senti no magnífico concerto do Rodrigo Leão no claustro dos Jerónimos e da energia vibrante no Pavilhão Atlântico ao som de Dave Mathews (vem cá outra vez!). Sorri ao ver um pedaço de papel rasgado com o contacto do Marcelo e um recado, escrito num post-it, da minha irmã a dizer que me adora e a desejar-me uma boa noite. Recordei alguns almoços e jantares - sempre em boa companhia. Tudo no papel, contabilizado. Apercebi-me de que as facturas e os recibos dizem muito sobre nós. Talvez até demais.
1 comentário:
Quem estiver atento facilmente nos desvenda por estes pormenores.
Nunca é demais revelarmos sobre nós ou deixar que nos descubram. O importante é sabermos que somos tão importantes, tão cheias de vida e de histórias vividas para contar... que um simples papel pode dizer muito sobre nós!
beijos
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