30 de Dezembro de 2005. Caravana rumo a Vale de Cambra, 40 km da Invicta. Primeira paragem: Estação de Oeiras. Estava frio. Um vento gelado percorria os nossos corpos e agitava os cabelos. Começavam a chegar os carros, que transportavam a emoção e a ansiedade de passar o ano da melhor maneira. Vanda, António e André num carro. Sérgio, Tiago, Elisa e Rita noutro. Eu, maninha e Ana Rita apanhámos boleia do Sr. Jerónimo, que é sempre tão generoso! Deu-se o sinal de partida e a caravana foi avançando. Lisboa foi ficando cada vez mais para trás. E o entusiasmo ultrapassava-nos cada vez mais depressa. Pé delicado no acelerador, que o tempo não estava para brincadeiras. Duas horas de viagem e lá parámos na Mealhada. Houve quem tivesse o estômago a chegar às costas e a sandocha de leitão é sempre bem-vinda. Mesmo que seja frango tipo leitão. A caravana regressou à estrada. Depois de curvas e contra-curvas lá encontrámos a tal casa! Com vista para a cidade. Precisamente numa encosta. Malas, cobertores, edredons, sacos de compras na mão… Lá fomos para dentro de casa. Os anfitriões fizeram uma visita guiada. Com almofadas nas mãos, escolheram-se os quartos. Com a autorização da avó Almeida, claro! Não fosse a bruxinha que estava dentro do pote de vidro lançar algum feitiço. O frio, que tocava nos ossos, foi afastado pelo calor da lareira (acendida pelo Sérgio, o profissional do tarolo). Muito melhor. A temperatura do corpo começava a aquecer. Com ajuda da Quinta de Cabriz, o indispensável suco de uva! O cansaço e o sono de uns contrastava com a energia de outros. Testou-se o som. E as colunas gritavam, prestes a acordar a cidade inteira. Os resistentes ficaram na sala. A dar à língua e ao magnífico vinho. O fogo da lareira apagou-se. O silêncio tomou conta da casa. Só às 12h00 é que a campainha tocou. Mas não houve meio da Preciosa aparecer! Tocou uma e outra vez. ALVORADAAAA!
14H30 Rumo ao snack bar/Restauran Avistada (Casamentos e Baptizados) Belo repasto... Vitela, bacalhau e carne arouquesa, regando com o Tal da lixa!Sobremesas, cafés, chá (com e sem leite) , grojeta, e simpatia pela mósida quantia de 11 euros por pessoas! Ladrões!Saídos do restauran, ao som da banda sonora tosse seca Andy lá entramos para os carros. Curvas, contra-curvas, nevoeiros, lá subimos a serra. Uns mais depressa do que outros. Mas lá chegámos ao cimo. Vista deslumbrante. Com direito a cascatas e tudo. E a piscinas naturais. E a água não era aquecida, que o Vargas comprovou! Feita a digestão lá fomos para casa. Acendeu-se o lume e aqueceu-se o corpo e a alma. Com conversas paralelas. Com batota à mistura e muitos telefones a tocarem. E desta vez não era o da Vanda. Houve quem tentasse soltar o pombo uma e outra vez. Mas quando o pombo não quer sair da gaiola não há nada a fazer. Mas o que importa é a persistência! Preparativos para o Reveillon!!! Tudo para a cozinha! Patés de atum (Com pouca maionese, claro), queijos variados, muitas garrafinhas (Marquês de Borba, Quinta de Cabriz e sumo de morango especialmente para o anfitrião), pão, broa (o bocadinho que a senhora lá tinha, uma desgraça!), mais vitela e salada, que faz sempre bem! Bolinho de chocolate da Rita e salada de fruta da lata! Tchim tchim e uma frase bonita! Todos disseram e até se brindou ao este blog, que é um bocadinho de todos nós! E a muitas jantaradas que aí virão! Família reunida. Oração. Partida! Tudo ao ataque! Risos, sorriso, olhares cruzados... Paixões reveladas, outras mais escondidinhas... Enfim... A vida é feita de paixões e amizades e 2006 estava quase a chegar. Contam-se as passas. Rigorosamente. Não vá faltar um desejo! Pensa-se neles. E volta-se a pensar. Para não nos esquecermos. Lembramo-nos pela última vez de 2006. Sorrio. Vamos em corrida para o R/C. Com a bela da Moet, que as manas levaram. Faz-se a contagem: 10, 9, 8, 7, 6, 5, 4, 3, 2 , 1!!! 2006 acaba de chegar! Beijos e abraços, que é como se quer que seja o ano! Música no ar. Engolidas as passas e repetidos os desejos brindamos ao novo ano, à felicidade daquele momento que esperemos que possa representar os tempos que se avizinham. O DJ António começa a passar o som! Love Generation abre a pista. Os corpos abanam-se por ali. E os copos também. Até tivemos direito a música brasileira (o milagre do sumo de morango!). Comboio para ali, comboio para aqui. Vamos em direcção aos quartos e às camas, o comboio segue, segue, segue, atropelando tudo e todos e a senhora do quadro lança-nos olhares de reprovação tal era a festança. Mudança de turno. Dj Tó dá lugar a DJ Andrew. Toda a gente a sentir o som. Até chegar ao funeral do emigrante, coitadinho! Na cozinha há quem se tranque. Hora do confessionário. Mas na pista as resistentes vão dançando. A noite espreita-nos. E oferece-nos o brilho das estrelas. Mais uma tentativa de caçada mas a pomba é levada da breca! fecha-se na gaiola. O anfitrião bem pegou na arma para ajudar o outro caçador mas a pomba está com tosse, coitadinha. As horas passam. O silêncio apodera-se das ruas. E começa a invadir a sala. Só a aparelhagem é que resiste. E o lume da lareira. Há noivos que decidem abrir as hostes do novo ano... Outros que se metem nas gaiolas. Quer dizer, nos quartos! E assim terminou a noite de reveillon. Pelo menos foi assim que terminou na minha cabeça. Final feliz. Ou melhor, INÍCIO FELIZ! Bom ano para todos! Obrigada pelos momentos fantásticos que passámos e por aqueles que ainda vamos passar!
P. S.- Quando encontrarem a pomba ou o pombo agarrem-na/o bem! Não a deixem fugir! ; ))
2 comentários:
AI.. já tenho saudades!Da vitela, da lareira, do frio e da companhia!
Entrámos mesmo bem em 2006!!!
..quantas às pombas.. nunca se esqueçam que têm de ser de competição! (o milho cortado em três!)
Cata, gosto muito de te ler! ..salvo seja! cunhadinha! :)
Oh minha querida... que todo o ano de 2006 te corra tão bem como acabou o de 2005!!
Mil beijos dos primos que te adoram... sempre, sempre!!!
PS: Felizmente, já te voltei a conseguir lêr.
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