Se há coisa que me deixa feliz é receber telefonemas de Paris. Mal vejo o número gigante no visor, atendo logo com um sorriso. Ontem foi só rir. A minha amiga TX liga-me do quarto do hospital, depois de ser operada à perna para colocar uma placa de titânio no fémur uma vez que o osso corria o risco de se fracturar por causa de uma metástase. A primeira coisa que me diz: "Nem sabes o que é que acabou de acontecer". E eu... " - Ai, meu Deus, o que é que aí vem?". E ela: "- Comecei a ouvir barulhos junto ao cortinado, peguei na muleta e fui até lá. Afastei o cortinado e deparei-me com um rato castanho a olhar para mim! Depois fugiu e não sei como é que agora vou conseguir dormir!". Desatei-me a rir. Ela, que tem o corpo a ser invadido por metástases, que está a morfina para acalmar as dores da operação, que vai passar por mais sessões de radioterapia e de quimioterapia, teve medo de que um Ratatui trepasse pela cama acima enquanto ela dormia. É tão bom encontrarmos alguma normalidade dentro de toda a anormalidade que ela está a viver.
03 julho, 2012
20 junho, 2012
Expurgar
Felizmente estou rodeada por pessoas que permiti que entrassem na minha vida. Sou cada vez mais selectiva nesse aspecto e tenho-me dado bastante bem. Descartar aqueles que nada me acrescentam, ignorar os que ainda me incomodam e prender os que amo na minha teia de amigos. Cultivar e regar a amizade e o amor. Ser feliz e fazer os outros felizes, que é um prazer enorme. Afastar-me de mesquinhices, de pessoas que aparentemente são muito espirituais e que fazem retiros e são zen, blablabla... e que depois são más como as cobras, destilam veneno. Mas sei bem distinguir quem de facto tem essa filosofia e vive-a em pleno de quem apenas se escuda nela para disfarçar a sua pequenez. Sei distinguir porque tenho a honra de conhecer pessoas que me ajudaram a crescer bastante espiritualmente porque nelas o amor e a verdade coabitam livremente.
A minha vida está cheia de amor. Sou muito feliz. E entristece-me ver pessoas que sobrevivem sugando a energia dos outros. Entristece-me ver a arrogância, a falta de humildade e de generosidade. Entristece-me ainda mais perceber que essas pessoas não querem aprender e que estão a desperdiçar a oportunidade de serem felizes. A vida passa-lhes mesmo à frente dos olhos e elas são incapazes de a agarrar. Metem-se na vida dos outros porque deixaram de ter uma. Ou simplesmente nunca tiveram e nunca irão ter. São tão vulneráveis e fracas que a única coisa que se pode apropriar delas é a solidão.
14 junho, 2012
Regresso à Escolinha
Amanhã vou à festa de final do ano da escola da minha sobrinha, que por acaso foi também a minha até à quarta classe. Como a escola faz 25 anos, a directora convidou-me a participar como ex-aluna. E na quarta-feira lá fui eu para o ensaio geral às 9h30. Arrepiei-me ao ver a minha sobrinha naquele palco. Fechei os olhos e fui invadida por uma melancolia avassaladora. Senti tantas saudades de ser pequenina. Mas também senti um enorme orgulho por vê-la ali, toda empenhada, com quase um metro de altura. Confesso que mal ouvi a música incial que me vieram as lágrimas aos olhos. Senti tantas saudades, lembrei-me de tantas coisas que passei ali. Fui tão feliz naquele recreio, com os meus amigos, com as professoras e auxiliares. Voltei a pisar o palco após 20 anos... o tempo voa mesmo. Enfim... amanhã vai ser um dia cheio de emoções. Só espero não me engasgar porque no ensaio até correu bem.
Sobrevivi às festas!
Sim, é verdade. Sobrevivi ao fim-de-semana sempre em festa e foi tão bom. O cansaço que senti durante toda a esta semana foi esquecido pelas emoções que vivi na sexta, no sábado e no domingo.
É tão bom estar entre família e amigos. Não há melhor!
E durante toda a semana tive uma bela hóspede cá em casa. A minha TX. Foi muito bom poder partilhar os serões com ela. Deu para pormos a conversa em dia e matar saudades. Cada vez admiro mais a minha amiga. Que furacão!
No Sábado a minha sobrinha estava nas sete quintas. Adorou a festa com os amiguinhos. Teve direito a pinturas faciais e balões mágicos e estiveram a tarde toda na brincadeira. Achei impressionante ver crianças de 3 anos tão bem-educadas e organizadas nas brincadeiras.
No domingo o meu J. chegou aos 31. Gosto tanto, tanto, tanto dele. Foi uma grande festa. Tivemos para aí 30 pessoas em nossa casa, só família. Criançada e adultos, tudo animado! No dia seguinte, reparei que até batatas fritas tinha no chão do meu quarto.
Foi um grande fim-de-semana!Inesquecível. Apesar do trabalho que tive, repetia tudo outra vez!
Eu gosto muito do meu Sporting mas também adoro a selecção. Desde o Euro 2004 que a minha paixão pela equipa das quinas despertou. Foram feitas inúmeras críticas ao Scolari mas que foi o senhor que acendeu a chama da selecção lá isso foi! E tiro-lhe o chapéu por ter conseguido reunir os portugueses em torno da equipa de futebol. Eu vibrava a cada jogo, a cada golo. Lembro-me que fomos somando vitória a vitória até chegarmos à final e perdermos com a Grécia. Mas esse campeonato foi uma grande festa nacional.
Hoje li várias críticas ao Cristiano Ronaldo. Eu gosto dele, acho-o um jogador fora de série, tem talento e trabalha para isso. Mas a verdade é que ontem não esteve nos seus dias. Falhou e um jogador daquela qualidade não pode falhar em situações decisivas. Não pode. Agora também não é necessário crucificar o rapaz que tanto orgulho nos tem dado. Mas efectivamente ele não tem estado bem e esta pressão de ainda não ter marcado golos só o tem prejudicado. Agora, continuo a defender que ele é um excelente jogador e que tem todo o mérito nos títulos que tem ganho. Se é vaidoso e arrogante? Sim, suponho que sim. Não aprecio essas características... mas então? Não deixa de ser um grande jogador. E mais, digam o que disserem, o rapaz tem uma qualidade que eu aprecio imenso: não se esquece da família: ajuda a mãe, as irmãs, os cunhados (ou ex-cunhados), sobrinhos, etc. Se pode e tem gosto, ainda bem.
Agora espero sinceramente que ele marque muitos golos contra a Holanda e que Portugal passe a fase de grupos.
05 junho, 2012
A minha sobrinha
Ontem a minha sobrinha fez 3 anos. Está tão crescida, no espaço de um ano deixou de ser bebé para passar a ser uma menina. Ela bem diz: "já sou crescida". É um dos meus grandes amores. Tenho uma relação muito especial com ela. Acompanhei a gravidez da minha irmã, passámos muito tempo juntas. Falei imenso com a M. ainda estava ela na barriga. Depois, estive no quarto da maternidade até a obstetra dizer: "vamos para o bloco que já se vêem as trancinhas". E só me lembro de passados vinte minutos aparecer o meu cunhado com ela no colo, acabadinha de nascer. Estava com a pele muito rosada, tinha um gorro azul bebé e cor-de-rosa e estava com os olhos muito abertos, que nos alcançavam através do vidro do berçário. Parecia que já nos conhecia. Aquelas duas azeitonas luminosas sedentas de vida a olhar para nós. Era pequenina, parecia um coelhinho. E linda, linda, linda. Lembro-me da emoção de a pegar pela primeira vez. Lembro-me do conforto de tê-la nos braços. Do amor que nasceu muito antes de ela nascer e que é cada vez maior. Não sou mãe, espero um dia sê-lo. Mas acho que o sentimento que está mais perto desse amor maternal é aquilo que sinto pela minha M. Vê-la crescer é um prazer imenso. Vê-la a tornar-se cada vez mais independente, mais desenvolvida, a descobrir o mundo a cada dia que passa. É um privilégio ser tia e madrinha da M.
Na semana passada voltei à minha escola secundária mas desta vez na condição de oradora de uma aula de escrita criativa. Já saí de lá há treze anos. Revi professores que me marcaram imenso. Sobretudo a minha professora de português do 8º e do 12º ano.
No ano passado já tinha ido e este ano repetiram o convite e eu, claro, aceitei. É sempre um prazer falar daquilo que se faz com prazer. Desta vez levei uma colega e amiga e os alunos adoraram, tal como no ano passado. Apesar de a maioria deles ser de ciências, os alunos mostraram-se sempre muito interessados e houve uma grande interacção entre nós e a plateia.
Antes odiava falar em público, tremia por todos os lados cada vez que tinha de ir apresentar um trabalho na faculdade. Hoje em dia já não me faz muita confusão e se for para falar de uma das coisas que mais gosto de fazer na vida, melhor ainda! Adoro falar do meu trabalho e de explicar como é que as coisas se processam. Mas sinceramente acho que nem toda a gente pode ser argumentista. Nem é uma profissão que se possa aprender. Ou temos essa capacidade criativa de conceber histórias e de entrar na cabeça das personagens ou está tudo estragado. Já tive vários colegas que experimentaram e que até se esforçaram. Sabiam aplicar a técnica mas não passavam disso. Simplesmente nunca vão ser argumentistas. Não têm ginástica mental para se colocarem de parte e entrarem na cabeça das personagens. Acho que é uma profissão em que se evolui e se aprende bastante - sem sombra de dúvidas. Mas ou a pessoa tem esse dom ou simplesmente não tem. E aí não há nada a fazer. Prende-se com a sensibilidade, com o espiríto observador, com a capacidade de olhar à volta, com a curiosidade, com a pesquisa e, claro, com a criatividade. Ah, e quando se escreve para televisão é fundamental ser rápido e eficaz uma vez que os prazos são sempre apertados.
Lembro-me de um professor que tive na faculdade, leccionava a cadeira de atelier de jornalismo e trabalhava no Público, que um dia me disse: "A Catarina tem veia de repórter. E isso é uma coisa com a qual se nasce. Ou se tem ou não se tem. Não dá para aprender a ser repórter". Acho que tem tudo a ver com a capacidade de ver as coisas, de as analisar ao pormenor. E talvez seja essa mesma sensibilidade com que escrevia as reportagens literárias (que tanto adorava) que me ajuda a fazer o meu trabalho, a desenvolver histórias e personagens.
Depois da aula na minha antiga escola, fiquei com a sensação de que podia fazer isto mais vezes. Ia gostar!
29 maio, 2012
QUERIDO JUNHO
Só para informar que estou muito feliz! A minha amiga TX vem de Paris passar o seu trigésimo aniversário connosco. E a festa de arromba vai ser cá em casa. Estpou tão mas TÃO feliz! Ah, e vai ficar uns dias em minha casa para matarmos as saudades. Que belo mês de Junho!
Dia 4: aniversário da minha sobrinha;
Dia 6: aniversário da TX e da minha sogra;
Dia 8: festa da TX
Dia 9: festa da minha sobrinha
Dia 10: aniversário/festa do meu J.
E depois seguem-se os Santos!
Os meus pais são apreciadores de bom vinho e eu, até há bem pouco tempo, não gostava mesmo nada do sabor. Era chato nos jantares de amigos e de família virar-me para a sangria ou para os suminhos ou água. Mas o tempo foi passando e comecei a habituar-me ao sabor e hoje gosto de saborear um bom vinho. O problema é que se é para beber, que seja então um belo vinho, que me dê mesmo prazer. Também não gasto 20 euros numa garrafa mas consegue arranjar-se um bom vinho a um preço simpático. O J. também não gostava do néctar dos deuses até que começou a fazer workshops em casa dos sogros. Hoje gostamos muito de ter um bom vinho à mesa, de preferência para ser partilhado. Seja branco ou verde fresquinho, seja tinto encorpado e frutado. A nossa preferência recai sobre os alentejanos. Ainda esta semana abrimos uma reserva de Esporão 2009. Que maravilha! Para mim é superior ao Cartuxa.
24 maio, 2012
Gosto de ter a casa limpa. Não sofro da síndrome da mania das limpezas mas, sim, admito, quando as coisas estão descambar faz-me uma certa confusão. Costumo chegar a casa tarde e gosto de ter tempo para nós. Uma vez por semana dedicamo-nos às limpezas - tem mesmo de ser. Dividimos as tarefas e corre lindamente. Despachamo-nos e aproveitamos o tempo que ainda nos resta para relaxar. Fazemos tudo, só não engomamos. Eu odeio passar a ferro e o J. também. Por isso, todas as semanas entregamos à T., que trabalha em casa da minha irmã e dos meus pais, um cesto de roupa. Ela é uma despachada, muito competente. Também foi ela que nos fez a primeira grande limpeza nesta casa e hoje voltou - tão bom! Chegar a casa e sentir o cheirinho dos detergentes no ar... Decidimos que é para continuar, precisamos que ela venha cá mais vezes.
Hoje, quando saímos do trabalho, aproveitámos e fomos ao Pingo Doce comprar peixe. Sim, eu sou das pessoas que aproveitam as promoções. Na semana passada dediquei-me à carne e hoje atirei-me ao peixe. E valeu realmente a pena. Fomos à loja do Riviera por volta das 19h30 e só tinha duas pessoas à minha frente. Resumindo: trouxemos 60 euros em peixe fresco e pagámos 30. Sem stress, filas ou confusão. Vale muito a pena.
22 maio, 2012
Ídolos
Sou pessoa que ao domingo à noite gosta de ver o Ídolos. Tenho acompanhado todas as edições e considero que esta é a mais fraca de todas. Mesmo ao nível do júri. O Pedro Abrunhosa é o único que sendo músico tem capacidade para avaliar o potencial de cada candidato de uma forma mais rigorosa, preocupando-se sempre em fazer críticas construtivas. Pode não ter voz mas sabe escrever, compor, sabe aplicar técnicas e sabe declamar os seus poemas (que são maravilhosos, na minha opinião). O Manel Moura dos Santos é aquilo que lhe pagam para ser: o mauzão do programa. Nada mais que isso. Quanto à Bárbara, ainda não percebi bem qual é o papel da senhora. Sobretudo depois do filosófico comentário dirigido a um candidato: "tudo o que eu te dou, tu me dás a mim". Acho que nem ela percebeu. O Tony é o Tony! Deve ser uma excelente pessoa, reconheço-lhe o mérito de se ter tornado num ícone da música ligeira/romântica portuguesa mas penso que não é o suficiente para avaliar os outros. Tem uma cultura musical muito pouco abrangente e o estilo pop não é com ele... mas dá audiências do caraças!
As galas ainda não começaram mas até agora tenho duas candidatas favoritas: a Solange e a Mónica.
Vamos ver...
Sábado estive numa festa para ver um trailer da série que escrevi, do projecto que mais adorei fazer até agora (e já lá vão 8 anos...) Ao ver aquelas imagens emocionei-me. Eu sou lamechas por natureza mas nunca me tinha acontecido ver uma coisa que ultrapassou todas as minhas expectativas (que já eram bem altas). Vieram-me as lágrimas aos olhos. E pelo que depois me disseram, não fui a única a quebrar. Desde o elenco, da realização, da iluminação, ao guarda-roupa, passando pela caracterização, pelos decors... só tenho elogios a fazer. Nunca me tinha acontecido tal. Em todos os projectos havia sempre uma ou outra coisa a apontar. É tão bom ver os textos ganharem corpo num elenco que os veste de uma forma perfeita. É tão bom ver todo o esforço de uma equipa ser recompensado pelo resultado final. Só tenho a agradecer a todos que estão a tornar este projecto muito especial. Não tenho dúvidas de que vamos fazer História!
17 maio, 2012
A crise a a solidariedade
Ultimamente e, ao contrário das expectativas, tenho notado que anda por aí uma grande onda de solidariedade. Num mundo onde a presença física é cada vez mais substituída pelos telefonemas, pelas redes sociais e por todo o universo virtual, tenho-me apercebido de que as pessoas estão mais solidárias umas com as outras. Talvez o lema "a união faz a força" comece a ser entendido. Que as pessoas precisam umas das outras, isso já toda a gente sabe, mas a passagem da teoria à prática nem sempre é fácil e pacífica. Talvez porque as pessoas estejam a precisar mais de ajuda do que nunca e comecem a deixar de ter vergonha de pedir. E muitas respondem à chamada. Tenho visto pedidos de tudo e de mais alguma coisa, a que muita gente responde de imediato sem receber nada em troca. Mesmo quando não conseguem ajudar directamente, passam a mensagem para que chegue a alguém que consiga. Por exemplo, nesta época de crise fiquei surpreendida com a participação dos portugueses nas campanhas de solidariedade, como por exemplo, a do Banco Alimentar. Pessoas que com duzentos euros de reforma, em que metade vai para a farmácia, contrubuíram nem que fosse com quarenta cêntimos gastos num pacote de massa. Nós precisamos uns dos outros. Por vezes afundamo-nos no egoísmo do conforto e não mexemos uma palha para ajudar o próximo mas acho que numa altura em que o conceito capitalista mostra a sua fragilidade chegou o momento de as pessoas darem valor ao que realmente importa, à Humanidade, e continuarem nesta onda solidária a ajudar o próximo. É verdade que com a crise veio uma onda de revolta, violência e raiva. As pessoas estão sem trabalho, estão a ficar sem tecto e não têm dinheiro para comer. Mas esta mesma crise também trouxe ao de cima o que de melhor o ser humano tem: a capacidade de amar e de ajudar os outros.
16 maio, 2012
A vida é bela.
Depois de um dia desgastante nada melhor do que chegar a casa e jantar na varanda, à luz de uma vela e ao som de música relaxante. Salada de rúcula com queijo feta e salmão fumado regados por um copo de Muralhas gelado. Para sobremesa (ai, a dieta) , o J. surpreendeu-me com uma taça de profiteroles...
Depois de um dia intenso, é bom chegar a casa e perceber que há vida para além do trabalho. E como é bom vivê-la desta maneira!
15 maio, 2012
Depois de quase um ano de silêncio, decidi voltar ao blog e em força. Apetece-me escrever, escrever, escrever!
Como é que posso resumir o que se passou neste ano de ausência? Bom, houve algumas mudanças, naturalmente. Sinto-me mais crescida, ganhei mais maturidade e mais tranquilidade desde que partilho a minha vida com o J. A adaptação nem sempre foi fácil, eu tinha uns vícios, ele tinha outros. E claro, tivemos de ceder. Hoje, já temos a nossa "rotina". Adoro a vida de casada e sinto-me uma privilegiada por amar e ser amada.
Entretanto também mudámos de casa. Adoro a nova casa, tem muita luz, uma bela energia. É bonita, espaçosa e está inserida num sítio muito calmo, onde o silêncio só é interrompido pelo sino da igreja. Ainda hoje estivemos sentados na varanda a beber um café e a sentir a brisa quente enquanto trocávamos palavras. Há momentos tão simples que têm uma enorme potencialidade para se tornarem especiais.
No trabalho? Está tudo bem. Continuo a fazer o que gosto: a escrever, a criar histórias, a dar vida e voz a personagens. Adoro a minha equipa e sinto-me em família. É óptimo trabalhar assim.
Mas não tenho apenas boas notícias. Acabei de falar com a minha amiga querida amiga TX e apercebi-me que, de facto, temos mesmo de aproveitar cada sopro de vida. Ela é um exemplo e sabe fazê-lo da melhor maneira. Mesmo doente, tem uma força extraordinária, capaz de carregar o mundo inteiro às costas sem se queixar. Se há pessoa que não merece o que está a passar é a TX. Já sofreu demasiado e o filho da puta do cancro não lhe dá tréguas. Mas nós estamos aqui, bem firmes, para continuarmos essa batalha. Porque o bicho meteu-se com a pessoa errada. Se ele é teimoso, a TX é ainda mais! Peço que orem pela minha amiga porque eu acredito que o amor não cura mas ajuda e muito nestes momentos tão difíceis. Apesar da distância física, eu estou com ela. De e no coração.
Beijinhos para todos os que foram espreitando se havia novidades no blog. Peço desculpa pela ausência mas só agora é que me apeteceu retomar esta experiência.
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