03 novembro, 2007
24 outubro, 2007
08 outubro, 2007
O amor chega e sobra. Enche-nos e esvazia-nos. Ultrapassa-nos e faz recuarmos. O amor é mais que tudo. É uma força estranha que nos faz seguir em frente e que nos prende os passos. Preenche-nos e pode desfazer-nos em pedaços, apertar-nos em abraços.
O amor é plural. Sou eu e tu, somos nós. Eles e os outros.
Quem não ama não vive. Não pode viver… Nem mesmo sobreviver. O amor não pode ser indiferente, não tem meio-termo, não tem espaço para o “assim-assim” nem para o talvez. Quando se ama é de verdade. É tudo ou nada. É uma certeza, uma descontrolada certeza. O amor é incondicional. Não se questiona. Não se justifica. Não se testa. O amor existe porque está lá, porque nos persegue, amarra, sufoca, liberta.
Só se ama irracionalmente – o amor não pode ser pensado. Não obedece aos nossos pensamentos, às nossas vontades racionais. O amor é o cúmulo da emoção. É a chama que nos acende o coração, que ateia os nossos sentidos. Ele prova-nos. Ele toca-nos. Ele vê-nos. Ele cheira-nos, inspira-nos, expira-nos. Ele ouve-nos. Ele cala-nos e pode fazer-nos gritar. O amor consome. Consome-nos. Enlouquece-nos, magoa-nos, derruba-nos. Mas também nos aquece, nos fortalece, nos empurra para a felicidade. O amor é uma sombra, tem de ser.
O amor não se esgota. Pode desvanecer, pode transformar-se mas nunca acaba. É imortal e infinito. Corre nas nossas veias, está colado à pele, aos cabelos, ilumina e apaga o olhar. Aumenta e diminui a temperatura do corpo. Varia mas não acaba. Para mim a serenidade é o estado mais puro do amor. É paz. É sossego e aconchego. É sabedoria.
Viver é amar e deixar ser amado. É sinceridade, grandiosidade e generosidade. É entrega. O amor não se discute. Sente-se e consente-se. Não se planta nem se enterra. Tem de ser cuidado, acarinhado, alimentado… As palavras não lhe chegam.
O amor nasce antes mesmo de nascer.
05 outubro, 2007
04 outubro, 2007
29 setembro, 2007
27 setembro, 2007

Foi daquela janela que avistou Manuel, que subia a rua do Alecrim com algum esforço, abrigado pela sombra. O coração dela disparou. Não, não era uma taquicardia daquelas a que ela já estava acostumada e para as quais o médico lhe tinha receitado medicamentos. Era amor, eram saudades, era a vontade de abraçar Manuel, que fizera com que o coração disparasse. Alice desceu as escadas o mais depressa que pôde, agarrada ao corrimão. Antes de sair olhou-se ao espelho e reparou que não tinha pintado o cabelo e percebeu que na sua pele tinham brotado mais rugas, que lhe vincavam o olhar. Abriu a porta e seguiu o perfume dele. Ainda era o mesmo, um perfume fresco, uma mistura de damasco e menta. Alice chamou Manuel. Ele olhou de imediato para trás. Os olhares cruzaram-se quarenta décadas depois de se terem enfrentado pela última vez. Não era o Manuel, o seu grande amor, era Jerónimo, um ex-coronel que vivia há uns meses na Rua da Prata. Nunca se tinham cruzado. Ele, que sempre desconfiou das partidas do destino ou de milagres, acabou por agradecer a quem colocou Alice no seu caminho. Aquele seria o primeiro dia de uma velhice passada a dois, no meio de quarto paredes, com uma janela sobre o Chiado. A velhice devolveu-lhes a vida, o amor, e preencheu a solidão a que ambos pareciam estar destinados.
25 setembro, 2007
Quando chegou a domingo, fiquei com uma sensação de vazio inexplicável. De repente, toda a gente se tinha ido embora e a casa estava vazia. Senti-me invadida por uma melancolia, daquelas pós-Natal, que sinto sempre no dia 26 de Dezembro. Mas já passou!
O casalinho tem dado notícias, a viagem está a correr muito bem. Estão a adorar a lua-de-mel. : ))
23 setembro, 2007



03 setembro, 2007
30 agosto, 2007
27 agosto, 2007
Não sei quem era a mulher mas imagino-a loura, com o cabelo apanhado por um gancho e com a pele branca, mas dourada pelo quente sol de Verão. Imagino-a a vestir os filhos à pressa, a guardar na mala um pacote de bolachas e uma garrafa de água e a puxá-los para dentro do carro. Tossia com a nuvem de fumo negro que continua a assolar o país e suava em bica enquanto sentava os filhos no banco de trás do carro cinza metalizado. Os vizinhos gritavam para não ir, os bombeiros estariam prestes a salvar-lhes a casa e as vidas. Mas ela não os ouviu, ignorou-os e disse que o fogo lhe podia levar a casa, os móveis, os electrodomésticos e todo o dinheiro mas que não lhe havia de roubar os filhos. Acenou um adeus à pressa e sentou-se ao volante. Os olhos choravam, vermelhos, brilhantes. Perto da retina ainda se avistava uma sombra de esperança. O céu era uma mistura de cinza escuro com laranja forte. As chamas e o fogo fundiam-se num só, com uma força de Adamastor, devorava pinhais, estradas, carris e tudo o que apanhava pela frente, a uma velocidade impressionante.
Ela ligou o motor do opel corsa e os filhos começaram a chorar. Eles olharam para trás e viram os vizinhos a dizer-lhes adeus, a chorar. As mais velhas olharam para o céu e rezaram ao ver o carro a afastar-se. Ela viu a casa, pela última vez, através do espelho retrovisor do corsa. A imagem já estava desfocada, o espelho perdera o brilho desde que o incêndio começara. As paredes estavam manchadas e o jardim coberto por uma camada fina de cinzas. Ela conduziu devagar pelas estradas apagadas e ligou a rádio. Ouvia-se a informação de que várias famílias estavam a abandonar as suas casas e as suas propriedades. O trânsito acumulava-se lentamente, numa luta cruel pela sobrevivência. As crianças choravam, gritavam e ela resolveu mudar a estação da rádio. O barulho dos aviões, das chamas, das sirenes dos bombeiros, das buzinas dos automóveis, contrastava com a serenidade e a doçura da voz de Corinne Bailey Ray a cantar “Like a Star”. O choro dos filhos começou a diminuir de tom. Ela olhou-os através do espelho retrovisor e sorriu. Disse-lhes que ia correr tudo bem. No sentido contrário da estrada vinha um carro a toda a velocidade e o homem que o conduzia esbracejava, gritava para que ela voltasse para trás. A estrada estava a ficar cercada pela fogo. Ela olhou em redor e viu as chamas a aproximarem-se, a devorarem o pinhal e as casas à volta a um ritmo alucinante. O homem acelerou o carro e desapareceu no meio do fumo. Ela olhou para os filhos e eles sorriram. Estavam calmos. Ela olhou mais uma vez em redor e viu o fumo a cercar o carro. A temperatura começou a aumentar muito depressa. O suor misturou-se com as lágrimas que lhe caiam do rosto. Desligou o motor do carro e aumentou o volume da rádio. Tirou o cinto e saltou para o banco de trás, para estar mais perto dos filhos. Sabia que ia morrer. Sabia que eles iam morrer. Tirou da mala o pacote de bolachas e os três comeram-nas. O mais novo pediu-lhe água e ela deu-lha. O mais velho perguntou o que é que estavam a fazer ali. Ela disse que iam fazer um piquenique dentro do carro, para variar. Eles riram-se e acharam boa ideia. Depois queixaram-se do fumo e do calor. Pediram à mãe para ir para a praia. Enquanto tossia começou a sentir-se tonta. Eles queixaram-se com sono. Ela fechou-os num abraço e pediu-lhes que adormecessem. No sonho iam os três para a praia. Ouviam-se as ondas do mar e o cheiro a maresia subia-lhes pelas narinas acima e perfumava-lhes o corpo. À voz de Corinne Bailey Ray sobrepuseram-se os risos das crianças, descalças, na praia, a brincar numa poça, junto à beira-mar. A mãe abraçou-as, apertou-as contra o peito. Depois fechou os olhos com toda a força. Beijou-as na testa e sorriu. A praia era linda.
11 agosto, 2007
Ainda consegue surpreender!
Tudo o que eu vi,
estou a partilhar contigo
o que não vivi, hei-de inventar contigo
sei que não sei às vezes entender o teu olhar
mas quero-te bem, encosta-te a mim.
07 agosto, 2007
21 julho, 2007
The Fray - How to Save a Life (new music video version)
HOW TO SAVE A LIFE (The Fray)
A melhor música que ouvi nos últimos tempos... ARREPIANTES, a música e o vídeo.
Faz-me lembrar as emoções por que passei no laboratório de Karma - Impressionante!
Pertence à banda sonora da série Grey's Anatomy.
17 julho, 2007
(Ivan Lins e Victor Martins)
Começar de novo e contar comigo
07 julho, 2007
26 junho, 2007

Ela vem cá! Ainda para mais o concerto vai ser no Coliseu de Lisboa, dia 25 de Julho.
Para quem não a conhece pelo nome, Aimee Mann é a responsável pela banda sonora do filme Magnolia. Alguém alinha no concerto?
Aqui fica uma das minhas músicas preferidas dela:
http://www.youtube.com/watch?v=bNbTC6xLVg0
25 junho, 2007
Reencontro de S.João M.
Cada vez mais me convenço de que entre a realidade e a ficção há um espaço bastante ténue. No passado fim-de-semana aconteceu-me um episódio digno de ser contado e que vem a comprovar a minha ideia inicial.
S. João, rumo à Invicta. Três horas no Intercidades, eu, a Pat e a Ana fizemos a festa. Ficamos num hotel simpático, bem no centro da cidade. Num sítio bem esquisitinho, segundo os locais. Eu cá não vi nada! Passeámos pela Ribeira, com os ouvidos bem apurados nos palavrões e depois fomos dar um passeio de barco no Douro, qual turistas! O jantar foi em Matosinhos, num arraial improvisado. Caldo verde, chouriço assado, sardinhas, "fêveras", sangria e leite creme queimado - um banquete bastante festivo! Fomos tratadas que nem princesas! Conhecemos pessoas muito divertidas, extrovertidas, simpáticas. Depois seguimos para o arraial, junto à Foz. Num sítio cujo nome é bem difícil pronunciar. Não arrisco. Entre marteladas, caipirinhas, dança e gargalhadas, descobri-o. Não sei como, nem de onde apareceu mas ele estava ali, mesmo ao meu lado. O rapaz do RER de Paris. Tive uma sensação estranha. Ainda hoje tenho dificuldade em perceber onde começa a realidade e onde acaba a ficção. Ele estava mesmo ali, junto a um dos rapazes com quem jantámos. São amigos. O mais interessante é que nesse dia até lhe tinha mandado um mail a dizer-lhe que ia lá passar o S. João, como fiz com outras pessoas do Porto. Mas ele não tinha ido ao mail nesse dia... De qualquer forma, encontrámo-nos. Sem termos combinado. Foi puramente por acaso. Quase dois anos depois de nos termos conhecido em Paris reencontrámo-nos, no meio da multidão. Conversámos aquilo que as circunstâncias permitiram. Foi muito engraçado. Uma grande surpresa. Em Paris, depois de o conhecer, fui eu que andei à procura dele e encontrei-o. No sábado acho que nos encontrámos. Os dois. Por destino ou acaso.
18 junho, 2007
13 junho, 2007
Outro dia tive a sorte de experimentar reiki e depois de receber a energia senti-me mesmo muito bem. Não sei explicar o que senti mas foi qualquer coisa muito forte...
Depois a Filipa emprestou-me um livro que introduz o reiki... O livro instalou-se na minha cómoda
e tenho-o devorado. Tem-me ajudado bastante no auto-conhecimento e cada vez que páro para ler o livro sei que aquele tempo é só para mim, para pensar em mim. Ultimamente tenho-me esquecido do quão importante é dedicarmos algum tempo para pensar na nossa vida. Em nós!
29 maio, 2007
26 maio, 2007

Valeu a pena esperar estes anos todos. Valeu a pena ter comprado o bilhete em Dezembro. Foi dos melhores concertos a que fui! A capacidade de improviso que esta banda tem torna cada um dos concertos uma caixinha de surpresas. ADOREI e tenho a certeza de que eles também gostaram do público português. Tocaram três horas praticamente sem pausas... Mesmo assim soube a pouco!
Espero que eles regressem... DEPRESSA!
23 maio, 2007
29 abril, 2007
Há músicas que nos ajudam nos momentos cruciais. Esta é uma delas. Go ahead!
Put Your Records On
Three little birds, sat on my window
And they told me I don't need to worry.
Summer came like cinnamon ,so sweet,
Little girls double-dutch on the concrete.
Maybe sometimes,
We’ve got it wrong, but it's alright.
The more things seem to change,
the more they stay the same.
Oh, don't you hesitate.
Girl, put your records on,
tell me your favorite song.
You go ahead, let your hair down.
Sapphire and faded jeans,
I hope you get your dreams.
Just go ahead, let your hair down.
You're gonna find yourself somewhere, somehow.
Blue as the sky,
sunburnt and lonely.
Sipping tea in the bar by the road side.
(just relax, just relax)
Don't you let those other boys fool you.
Gotta love that afro hairdo.
Maybe sometimes,
we feel afraid, but it's alright.
The more you stay the same,
the more they seem to change.
Don't you think it's strange?
Girl, put your records on,
tell me your favorite song.
You go ahead, let your hair down.
Sapphire and faded jeans,
I hope you get your dreams.
Just go ahead, let your hair down.
You're gonna find yourself somewhere, somehow.
Just more than I could take,
pity for pity's sake.
Some nights kept me awake,
I thought that I was stronger.
When you gonna realize,
that you don't even have to try any longer?
Do what you want to.
Girl, put your records on,
tell me your favorite song.
You go ahead, let your hair down.(go let your hair down)
Sapphire and faded jeans,
I hope you get your dreams.(hope get your dreams)
Just go ahead, let your hair down. (Baby, let your hair down)
Girl, put your records on,
tell me your favorite song.
You go ahead, let your hair down.
Sapphire and faded jeans, (Sapphire and faded jeans)
I hope you get your dreams.
Just go ahead, let your hair down.
Oh, You're gonna find yourself somewhere, somehow
Corinne Bailey Rae
23 abril, 2007
Crónica do hospital
Para a Rita e para o Henrique Bicha Castelo,
amor e gratidão do António
Não quero aqui ninguém. Quero ficar sozinho a medir isto, a minha doença, a minha mortalidade, o meu espanto. Por mais que repetisse
- Um dia destes
não acreditava que o dia destes chegasse. E agora, Março de 2007, veio com a brutalidade de uma explosão no peito. Não imaginava que fosse assim, tão doloroso e, ao mesmo tempo, tão pouco digno como a velhice e a decadência. Tão reles. O olhar de pena dos outros, palavras de esperança em que não têm fé, dúzias de histórias de criaturas que passaram por isso que tu tens agora e estão óptimas. Recuperando aos poucos da anestesia vou dando-me conta de que um bicho horrível em mim, ratando, ratando. Dois sentimentos opostos
- Vou lutar, não vou lutar
e o primeiro fala antes do outro
- Chamem o Henrique
um grande cirurgião, um colega de curso, um amigo, uma das muito poucas pessoas a quem entregaria sem hesitações o meu corpo. Este texto talvez vá um pouco desconexo, desculpem, ainda estou fraco, a cabeça tem lacunas, falta-me vocabulário, há mais de nove dias que não pegava numa caneta e é difícil reaprender a andar. O meu medo que o Henrique não pudesse. Mas disse a quem lhe fala
- Eu vou já lá abaixo
e enquanto me faziam uma TAC vi-o atrás do vidro, sério, a apertar a boca. Depois veio ter comigo
- Opero-te amanhã de manhã
e queria que soubesses, Henrique, a esperança que as tuas palavras me trouxeram. Não só esperança: o que não sei dizer. Ou antes sei mas tenho vergonha. Contento-me em pensar que tu sabes também. Sei que sabes. Basta a maneira de protestares, de mão contrariada
- Não me agradeças, não me agradeças basta o teu afecto pragmático diante das minhas perguntas
- Uma coisa de cada vez
o modo como me disseste
- Eu trato-te
como diante da minha aflição, aflição sim senhor, deixemo-nos de tretas- E se houver metástases no fígado?
- Eu tiro-as
e eu tentando pôr-me no teu lugar pensando como deve ser penoso operar um amigo. Um amigo desde os dezoito anos. Em como deve ser penoso, em como deve ter sido penoso para o Henrique trabalhar com uma carga afectiva em cima dele, naquelas circunstâncias. Mexeu-me todo: tirou a vesícula, tirou o apêndice, até as glândulas seminais andou a ver. Isto há dez dias, onze dias. Escrevo do hospital onde estou, é a primeira vez que uma pessegada destas me sucede.
Magro, magro. Com uma algália ainda: é uma sorte que uma algália ainda, tive mil trezentos e seis tubos a saírem de mim. Espero que na revista entendam a caligrafia tremida da crónica. Suceda o que suceder, uma coisa tenho por certa: isto alterou, de cabo a rabo, a minha vida. Ignoro em que sentido, ignoro como. Sei que alterou. Santa Maria. O que farei daqui para a frente, se existir daqui para a frente? Livros, claro, foi para isso que me mandaram para o meio de vós. Quando isto sucedeu lutava com um, tinha outro pronto, já antigo, pronto há um ano e tal, para Outubro. Para dar tempo aos tradutores de o traduzirem e saírem mais ou menos na mesma altura que
e sem que eles sonhassem(sonhava eu)
o cancro ratando, ratando, injusto, teimoso, cego. Mói e mata. Mata. Mata. Mata. Mata. Levou-me tantas das pessoas que mais queria. E eu, já agora, quero-me? Sim. Não. Sim. Não - sim. Por enquanto meço o meu espanto, à medida que nas árvores da cerca uns pardais fazem ninho. A primavera mal começou e eles : truca, ninho. Obrigado, Senhor, por haver futuro para alguém.
António Lobo Antunes, in Visão nº 736, 12 de Abril de 2007
14 abril, 2007
10 abril, 2007
O fim-de-semana passou a correr, com os aniversários (Da Zica, da Rita, do Manel e do Vargas) e os festejo da Páscoa. Não ligo muito a esta época. Respeito quem liga mas a mim a festa do ano é a da família, o Natal.
Mas enfim, dei-me conta que vamos quase a meio da Primavera. De facto, o tempo passa a correr. Mudei de trabalho quase há um ano... Parece que foi ontem que saí da CC. O balanço é positivo. Sinto que tenho aproveitado as oportunidades que se têm atravessado no meu caminho.Passei por experiências novas, confrontei-me com situações que ainda me deram mais vontade de continuar a trabalhar e ir realizando pouco a pouco os meus sonhos. Acho que cresci e precisava disso. Até a minha madeixa branca que me cobre a parte da frente do cabelo acompanhou proporcionalmente este crescimento. Espero que agora abrande um bocadinho - também não preciso de crescer tanto, tão depressa!
Novidades:
- Vou ser madrinha de casamento da minha irmã;
- Ando a ter aulas de dança (estou a adorar)
- Fui matar saudades do ténis (jogo familiar que durou três horas e que me provocou dores nas articulações durante mais de uma semana!)
- As coincidências andam aí!
28 março, 2007
23 março, 2007
Para mim a amizade no seu sentido mais puro tem várias caras. Uma delas é a tua. O tempo fez com que a tua vida se cruzasse com a minha. Tenho a certeza que não há biforcação alguma que nos separe. Já vivemos muitas coisas. Já nos rimos, já chorámos, já ultrapassámos muitas coisas juntas. Já partilhámos muita energia (benditas pedras!!!). Sinto que te conheço e sei que me conheces. Estás sempre aqui. Mesmo quando estás longe. Obrigada pela tua amizade.
Espero que a vida te recompense por tudo aquilo que passaste e que estás a passar. Mereces isso e muito mais. Nasceste para brilhar, Merche!
Beijinhos grandes.
22 março, 2007
18 março, 2007
LADO ESQUERDO
O meu lado esquerdo
é mais forte do que o outro
é o lado da intuição
É o lado onde mora o coração
O meu lado esquerdo
Oriente do meu instinto
É o lado que me guia no escuro
É o lado com que eu choro e com que eu sinto
Meu é o meu foi o meu lado esquerdo
Que me levou até ti
Quando eu já pensava
Que não existias para mim no mundo
O meu lado esquerdo não sabe o que é a razão
É ele que me faz sonhar
É ele que tantas vezes diz não
Que me levou até ti
Quando eu já pensava
Que não existias para mim no mundo
(Carlos Tê)
08 março, 2007
18 fevereiro, 2007
A semana que passou foi muito difícil. Parecia que os dias não tinham fim. Dormi pouco. Descansei pouco. Pensei muito. Passei um mau bocado. Mas é isso que nos torna mais fortes, não é? É preciso saber ultrapassar os problemas para que as coisas fiquem melhores, right? Espero que sim. Sinto que é isso que vai acontecer. Já está a acontecer. Esta semana estou um bocadinho mais forte do que a semana passada. As minhas costas estão mais largas, a minha cabeça mais erguida. Depois da tempestade vem a bonança- e hoje o mar está tão tranquilo e o sol tão radiante!
12 fevereiro, 2007
11 fevereiro, 2007
A despenalização voluntária da gravidez é uma questão de consciência. Extremanente subjectiva. Respeito as várias perpesctivas, excepto a da hipocrisia e a do radicalismo. Fiquei contente com o resultado do referendo (apesar da elevada taxa de abstenção - infelizmente ainda há muitas pessoas a demitirem-se da responsabilidade cívica que tem no Estado). Acho que as mulheres devem ter o poder de decidir se querem ou não querem ter um filho e não podem ser condenadas nem incriminadas por terem tomado a opção de não o ter. Ninguém tem o direito de as julgar. Obviamente que o aborto não pode ser encarado com leviandade. Não pode ser um meio contraceptivo. E é importante, para isso, apostar em campanhas fortes, que mobilizem as pessoas, a favor da prevenção. E é necessário e urgente que o Estado também dê apoio a quem quer, a quem deseja, ter um filho.
Espero que esta mudança na legislação seja encarada com grande seriedade e responsabilidade por todos nós. É um assunto muito sério e deve ser tratado como tal.
10 fevereiro, 2007
09 fevereiro, 2007

Para aliviar as tensões decidi oferecer um presente a mim própria (aliás foi o ginásio que me ofereceu) : uma massagem relaxante (com aromaterapia) no SPA do ginásio onde ando. MARAVILHA! Pois durante uma horinha estive a ser fretenicamente massajada. Vira de um lado, vira de outro. Levanta o braço, vira a perna. A cabeça, o pescoço, a barriga, os pés, as pernas, as mãos. Cremes, óleos, vapores! E para finalizar um chazinho de lúcia-lima. Senti-me uma verdadeira dondoca.
Estou como nova! Era mesmo disto que precisava. Tenho dito!
07 fevereiro, 2007

Suspiro. Amanhã é outro dia. Melhor, espero. Bem melhor!Preciso e acredito.
03 fevereiro, 2007

"O amor é alimentado pela imaginação. Por ele tornamo-nos mais sábios do que suportamos, melhores do que nos sentimos, mais nobres do que somos. Através dele podemos ver a vida como um todo, por ele e só através dele podemos compreender os outros nas suas relações reais e ideais. Só o que é puro e puramente concebido pode alimentar o Amor".
01 fevereiro, 2007
Estive nas Taipas dois dias e, apesar das tristes circunstâncias que me levaram lá, a verdade é que foi muito bom rever aquela família que está tão longe. Senti-me em casa, senti-me muito acarinhada, senti-me bem. Vivi serenamente aquele momento triste que serviu para nos aproximarmos mais uns dos outros.
Cada vez que lá vou é sempre um orgulho enorme ouvir que sou muito parecida com a minha avó Rosa. Tenho tantas saudades dela que quando ouço a família dizer que a vêem através de mim, do meus olhos escuros, dos meus lábios finos, da minha alegria, fico completamente radiante.
Era muito pequenina quando a minha avó morreu. Tinha seis anos. Mas lembro-me como se fosse hoje. Eu queria ir ter com a minha avó mas não me deixaram. Faz-me tanta falta... Faz-nos tanta falta.
Lembro-me da doçura com que ela tratava os outros. Do seu coração enorme, do seu sorriso carinhoso. Lembro-me de a ver no quintal a tratar das roseiras. Lembro-me de chegar da escola e ter o lanche pronto, em cima da mesa. Lembro-me de dormir abraçada a ela.
Gostava tanto que ela me tivesse visto crescer. Gostava tanto... Mas ficam as recordações. Que só são boas.
NUNCA me vou esquecer nem da minha avó Rosa nem do que ela me ensinou.