05 agosto, 2008

Tenho tantas saudades. Parece que ainda nem acredito... Há uma semana foi o dia em que mais gostei de o ver, desde que partiu para o hospital. Falámos sobre muitas coisas, fez uma grande festa quando me viu, tinha os olhos cheios de vida. Repetiu o meu nome várias vezes, deu-me bejinhos e abraços e disse à enfermeira que tinha a melhor família do mundo, que era por ela que estava vivo, terminou numa voz bem colocada. Foi com muita paciência que a minha tia conseguiu dar-lhe umas colheradas de sopa enquanto o entretínhamos. Refilou com uma auxiliar e queria ir-se embora do hospital, estava farto daquele quarto. O meu avô nunca foi de ficar fechado, muito menos amarrado a uma cama. Era um homem de liberdade, sacrificou-se muito para a alcançar. Viveu com alegria o 25 de Abril.
Foi um homem de luta, de garra, de determinação. Lutou por um partido, por um clube, pela honestidade e por uma família. Conseguiu unir filhos, irmãos, cunhados, primos, netos, bisnetos com um amor incondicional. Partiu com essa missão cumprida. Esperou que a minha avó fizesse os 87 anos para não lhe azedar as memórias de um dia que devia ser de festa. Mas a 1 de Agosto partiu. Dói muito perder quem gostamos, pensar que nunca mais vamos ver aquela pessoa (pelo menos aqui). Mas as memórias doces suavizam a perda. Quando quem parte já vive dentro de nós, de alguma forma mantém-se vivo porque aquilo que nos alimenta, que nos liga àquela pessoa é o amor. Esse sentimento é indestrutível. Podemos desapaixonar-nos mas quando se ama alguém nunca deixa de se amar. É para a vida... que apesar de tudo, continua. Sobrevive-se da perda e vivem-se as memórias. E depois continuamos porque a vida é como a estrada, " é feita para seguir". Não é, avô?

24 julho, 2008

As últimas semanas foram um desafio. Ensinaram-me tantas coisas...

ESTOU A VIVER. VIVER. VIVER.

16 julho, 2008

15 julho, 2008

Parabéns a uma das “OKUPAS” do meu coração!

Se eu pudesse oferecia-te hoje mesmo aquilo que mais queres neste momento. É única coisa que te tornaria feliz, muito feliz. Mas não posso. Infelizmente não depende de mim… Nem de ti. Se tivesse o poder de transformar os teus desejos em realidade, ele já estava contigo há tanto tempo. Resta-me confiar no poder do amor e esperar que ele mereça estar ao teu lado. Porque és muito melhor que ele, Vanessa. Nunca te esqueças disso. Nunca.

Para mim nada acontece por acaso. O mais difícil é saber interpretar os sinais que a vida nos oferece… mas vamos aprendendo. A isso chamamos experiência, às vezes dói um bocadinho mas depois passa. Porque aquilo que não nos destrói torna-nos mais fortes, não é? É isso que temos aprendido, desde que as nossas vidas se juntaram para nunca mais se separar - tenho a certeza.

Foi na faculdade, quando ainda todos os sonhos eram possíveis, que nos conhecemos. Entre trabalhos de grupo, jantares e muitas galas na Kapital (umas mais insólitas do que outras) que a nossa amizade ganhou corpo. Não me lembro exactamente do dia em que te conheci mas não me esqueço do momento em que te tranquei no meu coração. Se hoje sei o significado da palavra amizade incondicional és uma das pessoas a quem tenho de agradecer. Nestes anos tens estado sempre comigo, quer seja para festejarmos e para nos divertirmos, quer seja para chorarmos e rirmos dos obstáculos que vão aparecendo no nosso caminho. Temos passado por esses momentos juntas e é isso que faz com que a nossa vida nessas alturas não seja tão carregada. Crescemos, amadurecemos e tornámo-nos mulheres, Van. Às vezes é assustador ver a pressa com que o tempo passa. Atropela-nos! Hoje fazes 26 anos e eu sigo as mesmas pisadas. Ainda outro dia andávamos a comer croissants de chocolate no bar da SIC, a dançar forró na viagem de Finalistas, a caminhar pelas ruas gélidas de Londres… a beber água de coco, em Araçaípe … Para mim, viajar é viver. É uma das experiências mais enriquecedoras que podemos ter. E encontrei em ti, para além de uma grande amiga, uma óptima companheira de viagem! Por falar nisso, temos de pensar na próxima! É desta que vamos a Nova Iorque?! Também ando com vontade de conhecer as ilhas gregas…

Acho que nos conhecemos muito bem e que vamos continuar a partilhar este caminho que muitas vezes nos faz rir outras chorar… Faz parte. O mais importante é viver! Espero que os 26 anos consigam oferecer-te aquilo que eu não consigo… e que o tempo te traga todas as respostas de que tanto precisas. Entretanto, não penses muito (olha quem fala!). Hoje é dia de te atirares de cabeça e se ficares sem pé… apoia-te na beira da piscina! E se de repente te apetecer gelado com batatas fritas… FORÇA! Hoje é o teu dia! Preenche-te!

ADORO-TE.

Beijinhos grandes, Cata

12 julho, 2008

Para mim a melhor versão de "Beatriz". ARREPIA!

Ontem foi o meu último dia na TDN. Saí à pressa, a correr. Queria fugir da despedida (que é uma palavra que me provoca desconforto) é verdade - mas nem tive tempo para isso. O telefone tocou e tive de sair disparada para o hospital, porque queria ver o meu avô - mesmo que fosse pela última vez. Não queria ter chorado mas chorei.
Sempre encarei esta despedida do projecto como uma simples mudança de rotina. O resto continua, passem os anos que passarem. Porque a amizade que criei com o Pete vai ser para o resto da vida. Quando formos velhinhos vamos estar a babar-nos para cima de um teclado qualquer, a escrever grandes projectos de ficção para o mundo! O Pete é um excelente profissional, que me ensinou muito, sobre guião e televisão mas sobretudo sobre a vida. Tenho uma grande admiração por ele. É das melhores pessoas que conheço. É GENEROSO! MUITO! Aprendeu a encarar os problemas com humor - nunca o ouvi a lamentar-se da vida - por mais problemas que lhe tenham aparecido. Apesar de ser pessimista (porque lhe dá sorte, claro), é no riso e no sorriso que vai buscar as sua defesas. Carrega a casa e a família às costas e orgulha-se disso - é o que o faz mais feliz. Tenho pena de não ter irmãos mais velhos mas se tivesse tido e se pudesse escolher queria que fosse o Pedro. Sei que posso contar com ele sempre, para tudo - nem que seja para partilhar um bocado de "carni"! Eu, que acredito que nada acontece por acaso, acho que um dos objectivos da minha passagem pela empresa foi conhecer o Pedro. Desejo-lhe a maior sorte do mundo- ele merece tanto... - e espero voltar a trabalhar com ele brevemente.
E a Ana... também vou ter tantas saudades dela. Somos parecidas, no trabalho e fora dele. Talvez por sermos do mesmo signo e termos exactamente o mesmo ascendente (tanta terra, Ana!). Encontrei na Ana uma amiga e sinto que algumas vezes lhe consegui transmitir a serenidade de que ela tanto precisava.É uma miúda cheia de talento, vai ser a perfeitinha II. Sim, porque não abdico do meu título! ; )
VOU TER MUITAS SAUDADES DE PARTILHAR A MINHA ROTINA COM ELES... TANTAS, TANTAS...

Ontem apertei-lhe a mão com força para que ele não se fosse embora. Ele apertou a minha... com força também - talvez a única que lhe reste.

08 julho, 2008







Continuo à sua espera para dançar, AVÔ.

01 julho, 2008

JUNHO: UM MÊS DE MUDANÇAS…


No meio é que está a virtude, sempre ouvi dizer. Talvez seja por isso que o sexto mês do ano me tenha trazido tantas coisas boas. De repente, fui confrontada com surpresas atrás de surpresas. Das boas, que é dessas que eu gosto!
Uma amiga. Um aniversário. Um jantar. O primeiro jogo da Selecção no Euro e… um desconhecido que se sentou ao meu lado. Uma conversa que puxou outras conversas. Misturem os ingredientes todos e preparem-se porque os resultados podem ser surpreendentes. Eu, que nunca gostei de seguir as receitas pelos livros - gosto sempre de inventar um ou outro pormenor – dei por mim a render-me à magia da Bimby e da comida instantânea. Foi assim que ele entrou na minha vida. De repente, sem aviso, quando menos esperava. Eu, que racionalizo sempre tudo, que penso e repenso o que me rodeia, que observo e estudo as pessoas e os seus comportamentos, que analiso, analiso, analiso… fui genuinamente conquistada pela espontaneidade dele. Pela sinceridade e generosidade. Por tudo aquilo que sinto quando estamos juntos e mesmo quando não estamos. Pela capacidade que ele tem de me fazer sentir especial. Por aquilo que sou quando estou com ele. A distância dos dias traz-me lembranças, saudades. A semana torna-se uma imagem de uma massa a levedar, a ganhar corpo, consistência… a preparar-se para mergulhar no óleo a ferver, de modo a tornar a receita perfeita. As saudades acabam por ser saborosas.
O muro de independência que eu própria construí à minha volta começa a ruir… mas por incrível que pareça não estou assustada – pela primeira vez. Nunca fui de me atirar de cabeça mas de vez em quando sinto vontade de arriscar e acabo por fazê-lo. Estou feliz e quem me conhece sabe disso. Será que é assim tão evidente?! Não ando com cartazes e palavras escritas na testa. Juro!
A vida é feita de timmings… e o fim do mês trouxe-me uma oportunidade de começar a trabalhar numa outra empresa. No fundo é uma espécie de reencontro com o passado com um aroma forte de futuro. E muda o décor! Novos desafios… acho que já estava a precisar ao fim de três anos. É bom voltar a trabalhar com pessoas de quem gosto muito e ao mesmo tempo ter a esperança de que aquelas que vou deixar (momentaneamente, acredito) vão continuar a fazer parte da minha vida. É bom “ganhar” colegas mas é ainda melhor “ganhar” amigos.
Achei piada quando li o horóscopo semanal:

30 a 6 de Julho de 2008

Pajem de Paus

"Coragem contém genialidade, poder e magia" (Goethe)
Mas demonstrar coragem não tem que ser em grandes feitos. Coragem é viver as pequenas, e aparentemente insignificantes, coisas da vida como se fossem as mais importantes. É dar valor aos gestos, aos sorrisos, às cores, ao brilho dos olhos dos outros resultante das nossas atitudes amorosas… É tão bom fazer os outros felizes, não é? É tão bom surpreendê-los! Não importa se eles pensam que somos meio loucos, o que importa é sentirmos a liberdade de fazer algumas loucuras e nós, virginianos, precisamos de fazer loucuras.

É tempo de arriscar, diz o Pajem de Paus, que traz uma energia fogosa ao nosso signo. É preciso ter coragem de dar saltos no escuro. Nunca se pode ter a certeza absoluta de nada, então, há que nos atirarmos para a frente. É tempo de mostrar à vida, ao Universo, a sua disponibilidade e boa disposição, seja no trabalho, seja fora dele. Só assim novos desafios podem surgir, e esta carta promete momentos especiais, especialmente nos amores, mas lembra-se que nada acontece senão estiver disponível.

27 junho, 2008

MIRANDA?!!

Tinha esperança em ser mais parecida com a alegre Carrie ou até com a carinhosa Charlotte... mas a Miranda?! Aqui fica o resultado do teste:





23 junho, 2008

Já não escrevo há mais de um mês mas queria que soubessem que estou


FELIZ. MUITO FELIZ.

04 maio, 2008

Feliz Dia da MÃE!
"Mãe é quem cria", é muito frequente ouvir esta frase. Para mim, apesar de (ainda) não ter sido brindada com um filho, Mãe é quem ama incondicionalmente um filho (seja ele biológico ou não). Mãe é a mulher que trata do seu filho ou dos seus filhos da melhor forma que sabe, que se dedica a eles, que os educa, que quer passar o máximo de tempo com eles apesar do cansaço e do desgaste que o trabalho provoca. Mãe é aquela que ouve o filho, que se preocupa com ele, que está disposta a ouvi-lo chorar (por mais que a berraria incomode), que lhe dá atenção, que o abrala e mima mas que ralha com ele quando é preciso. Mãe é a mulher que é capaz de fazer tudo por um filho, que o ama acima de tudo, que o vê como a sua grande prioridade.
Ainda não sou mãe mas é um dos meus projectos de vida. Haverá melhor sensação do que ter alguém que cresce dentro de nós durante nove meses (ou menos), que faz parte do nosso corpo e que quando dele sai continua a ser uma extensão daquilo que somos? Calculo que só a adopção de uma criança, por vontade própria, proporcione o mesmo sentimento maternal. Suponho que o amor que uma mãe que teve um filho biológico desejado seja exactamente o mesmo de uma mãe que adopta conscientemente uma criança. O amor tem de ser igual, só pode.
A responsabilidade de ser mãe implica esforços e cedências. Deve ser a maior mudança na vida de uma mulher. Mas não tenho a menor dúvida de que deve ser a melhor sensação do mundo.
Parabéns a todas as Mães e especialmente à minha, que despertou em mim o desejo da maternidade.

03 maio, 2008

Amy Winehouse - Valerie

Adoro esta versão.

LIFE GOES ON...

O SEXTOSENTIDOS precisava de uma mudança de visual. O preto deu lugar ao branco. GOSTO!

A EMPRESA ONDE ESPERAR É O LEMA!

Sou paciente. Muito mesmo. Mas este ano os trânsitos de Plutão trouxeram-me vários desafios, um deles é certamente a prova à minha paciência. Já surpreendi algumas pessoas que me conhecem com uma postura mais exaltada que culminou numa saída imediata da sala onde trabalho porque posso perder a paciência mas evito perder a razão. Além disso, confesso que a gritaria não me seduz. Mas agora vamos ao que interessa. A essa bela empresa que há tempos se chamava apenas TV Cabo e agora é a ZON Multimédia. Infelizmente há cerca de quinze dias que os canais da Fox começaram a dar problemas. A imagem fica tremida e depois freeza literalmente. O meu pai decidiu ligar para o serviço de apoio ao cliente no sentido de que um técnico viesse solucionar o problema. Lá marcaram um dia e uma hora (aliás, período de tempo alargado, porque nunca há uma hora certa para a visita do técnico; é surpresa! Temos de contar com um intervalo de duas horas e meia – que dá imenso jeito para quem trabalha!). Bom, o técnico não apareceu embora o meu pai tenha recebido uma sms a confirmar a sua presença no horário estabelecido. Depois de várias horas à espera, de telefonemas que nunca mais acabam e de problemas que não se conseguem resolver decidi poupar os nervos ao meu pai e ser eu a tratar da situação. Liguei para o número (que finalmente é gratuito!!!) e lá me atendeu um operador. Expliquei a situação que se arrasta há mais de quinze dias e ele disse logo que ia resolver o assunto. As chamadas normalmente são longas (é preciso esperar que nos atendam, ouvir aquela música que nos aguça os nervos, dar o número de cliente, depois explicar a situação, depois esperar que o senhor veja o processo, depois esperar que o senhor fale com a equipa técnica, depois esperar que ele peça desculpa por tudo e voltar a esperar que o técnico nos telefone e contar tudo outra vez!). É um autêntico massacre! Aconselho a tomarem uma xanax antes de ligarem para o serviço de apoio técnico. O cenário já é horrível, não é? Mas não desanimem porque ainda pode piorar. Foi o que aconteceu comigo. Estamos numa semana de sorte!!! Ora multipliquem o que me aconteceu naquele dia, terça-feira, por cinco. SIM! Nem mais nem menos! Foram cinco as vezes que tive de ligar porque os técnicos teimam em mandar sms a confirmar que vêm cá a casa e depois não aparecem. É um processo bastante desgastante: esperar/reclamar/explicar/reclamar/esperar! Devo estar a um passo de um AVC mas tudo bem, eu aguento! E a minha paciência também. Pelo menos até segunda-feira.

Feitas as contas, ao telefone devo ter gasto à volta de duzentos minutos, tive de levar com aquela música irritante durante uma hora ou mais, devo ter ouvido a palavra “desculpe” mais de dez vezes, e o meu pai perdeu cerca de dois dias à espera que aqueles génios da tecnologia TV Cabo viessem. Resultado: ontem, depois de ter dito no último telefonema ao senhor que se não aparecessem no próprio dia cancelaria todos os contratos que tenho com a empresa (TV, telefone e Internet) ao que ele respondeu que de facto a situação era gravíssima e que iam resolver o mais depressa possível e que acompanhariam a operação, uma espécie de Missão Impossível, que iria ser resolvida ontem, com toda a certeza. Pois é, mas o prazo acabou e a minha paciência chegou ao fim. Ontem disse ao tal senhor (que coitado, não tem culpa nenhuma de trabalhar numa empresa completamente desgovernada, que se limita a pedir desculpas em vez de resolver os problemas) que a tal Zon deve ser a empresa responsável pelo maior número de ataques cardíacos em Portugal e pelo aumento de consumo de calmantes nos últimos anos. Argumentei que finalmente já havia concorrência e que eles não vão longe se continuarem com aquele tipo de atendimento ao cliente, ao que o senhor me respondeu: “Mas isto não costuma ser assim”. Tive de soltar uma gargalhada. Deve ser estagiário, só pode! Porque se fosse assim, caramba, sou brindada pelo azar cada vez que telefono para aquele raio de serviço! É sempre o mesmo filme. Sempre!

Portanto, meus amigos, este post serve apenas para partilhar a minha experiência convosco e alertar-vos para os efeitos secundários de um simples telefonema para a TV Cabo. É um caso de Saúde Pública! Desconfio que eles estão ligados a uma farmacêutica qualquer…

Eu não vou tomar comprimidos. Vou escrever uma cartinha para lá (como já fiz uma vez) a reclamar e a cancelar o serviço. ESTOU FARTA! A minha paciência também tem limites!




Há quase um mês que não escrevo aqui. Preguiça, esse grande pecado mortal, que me atinge algumas vezes por ano.

Depois de ter gozado uns belos dias no sul do país, num apartamento com uma vista sobre o mar (tinha sede dele, de sentir o seu cheiro, de ouvir o barulho das ondas que depressa me embalavam o sono, de mergulhar na água fria e de me encher de areia), na companhia da Vanessa atirei-me à gastronomia algarvia (não, amiga, desta vez não vou denunciar aquilo que ingeriste à sobremesa!) e de ter percorrido quilómetros pelas simpáticas e pitorescas ruelas de Armação de Pêra eis que voltei à realidade. Lisboa – Cascais. Foi um descanso maravilhoso. Descansei, relaxei, aproveitei aquilo que o sul do país tem de melhor, sobretudo num mês mais calmo. Falei e desabafei com a Vanessa, a minha querida amiga e companheira de viagens. Mas como tudo o que é bom acaba depressa a viagem para Lisboa trouxe-me de volta ao trabalho e ás más notícias. Entre uma sopa de agriões e uma taça de gelatina de ananás um simples telefonema parou-me a digestão. Ele disse-me que se ia embora. Eu já sabia mas não queria pensar nisso, mesmo sem esperança tentei iludir-me. A voz dele anunciava aquilo que os meus ouvidos recusavam ouvir. Ia mesmo embora.

Os vidros da empresa começam a ficar desembaciados. O calor da amizade que trepava num vapor pegajoso foi invadido por uma corrente de ar fria, que os tornaram transparentes, pouco vividos, tristes. Para mim as mudanças nunca são fáceis mas sinto que isso é um dos desafios que tenho de ultrapassar. Por mim.

Trabalho em equipa. Dependemos uns dos outros e o trabalho final é o fruto dessa ligação. A saída da S. e da M. custaram-me bastante. A da R. também, embora tivesse sempre aquela ideia de que ela iria voltar. Mantive sempre essa esperança. Agora chegou a vez do J. – era inevitável. Gosto muito dele. Como chefe, como colega, como pessoa e principalmente como amigo. Os amigos não se substituem, acrescentam-se e acrescentam-nos. Eles acrescentaram-me. Sou uma pessoa melhor do que era há quatro anos atrás. Estou mais preenchida – disso tenho a certeza. Vou ter saudades da rotina e da cumplicidade que existia entre nós. A nossa equipa, a nossa alegria, o nosso empenho em fazer mais e melhor. Só porque acreditamos nas coisas que fazemos. Acredito que a mudança deles vai reaver-lhes o sonho que lhes foi roubado por instantes. Acredito que a nossa equipa vai continuar a manter os princípios que eles nos ensinaram. O silêncio é muitas vezes a minha palavra, o meu refúgio, a minha defesa. Nestes últimos dias o meu sorriso mal consegue disfarçar o vazio que sinto. As lágrimas que já fugiram nesta última semana têm-me aliviado. Sossegado. Este é o início de um novo ciclo. Tenho de enfrentá-lo, por mais difícil que seja. Os projectos mudam, as empresas mudam, as pessoas mudam… A amizade é como a natureza. Nunca se perde, transforma-se apenas.

09 abril, 2008

RAP no seu melhor!
Mais uma crónica do Ricardo Araújo Pereira... funcionalmente divertida! Juntem as peças e riam da desgraça em que todos caímos!
Não digo que os móveis do IKEA não sejam baratos. O que digo é que não são móveis. Na altura em que os compramos, são um puzzle. A questão, portanto, é saber se o IKEA vende móveis baratos ou puzzles caros.
Os problemas dos clientes do IKEA começam no nome da loja. Diz-se «Iqueia» ou «I quê à»? E é «o» IKEA ou «a» IKEA»? São ambiguidades que me deixam indisposto. Não saber a pronúncia correcta do nome da loja em que me encontro inquieta-me. E desconhecer o género a que pertence gera em mim uma insegurança que me inferioriza perante os funcionários. Receio que eles percebam, pelo meu comportamento, que julgo estar no «I quê à», quando, para eles, é evidente que estou na «Iqueia». As dificuldades, porém, não são apenas semânticas mas também conceptuais. Toda a gente está convencida de que o IKEA vende móveis baratos, o que não é exactamente verdadeiro. O IKEA vende pilhas de tábuas e molhos de parafusos que, se tudo correr bem e Deus ajudar, depois de algum esforço hão-de transformar-se em móveis baratos. É uma espécie de Lego para adultos. Não digo que os móveis do IKEA não sejam baratos. O que digo é que não são móveis. Na altura em que os compramos, são um puzzle. A questão, portanto, é saber se o IKEA vende móveis baratos ou puzzles caros. Há dias, comprei no IKEA um móvel chamado Besta. Achei que combinava bem com a minha personalidade. Todo o material de que eu precisava e que tinha de levar até à caixa de pagamento pesava seiscentos quilos. Percebi melhor o nome do móvel. É preciso vir ao IKEA com uma besta de carga para carregar a tralha toda até à registadora. Este é um dos meus conselhos aos clientes do IKEA: não vá para lá sem duas ou três mulas. Eu alombei com a meia tonelada. O que poupei nos móveis, gastei no ortopedista. Neste momento, tenho doze estantes e três hérnias. É claro que há aspectos positivos: as tábuas já vêm cortadas, o que é melhor do que nada. O IKEA não obriga os clientes a irem para a floresta cortar as árvores, embora por vezes se sinta que não faltará muito para que isso aconteça. Num futuro próximo, é possível que, ao comprar um móvel, o cliente receba um machado, um serrote e um mapa de determinado bosque na Suécia onde o IKEA tem dois ou três carvalhos debaixo de olho que considera terem potencial para se transformarem numa mesa-de-cabeceira engraçada. Por outro lado, há problemas de solução difícil. Os móveis que comprei chegaram a casa em duas vezes. A equipa que trouxe a primeira parte já não estava lá para montar a segunda, e a equipa que trouxe a segunda recusou-se a mexer no trabalho que tinha sido iniciado pela primeira. Resultado: o cliente pagou dois transportes e duas montagens e ficou com um móvel incompleto. Se fosse um cliente qualquer, eu não me importaria. Mas como sou eu, aborrece--me um bocadinho. Numa loja que vende tudo às peças (que, por acaso, até encaixam bem umas nas outras) acaba por ser irónico que o serviço de transporte não encaixe bem no serviço de montagem. Idiossincrasias do comércio moderno. Que fazer, então? Cada cliente terá o seu modo de reagir. O meu é este: para a próxima, pago com um cheque todo cortado aos bocadinhos e junto um rolo de fita gomada e um livro de instruções. Entrego metade dos confetti num dia e a outra metade no outro. E os suecos que montem tudo, se quiserem receber.

24 março, 2008

Em dia KEANE...

Crystal Ball

Somewhere Only We Know

16 março, 2008


A morte chega como uma dança. Umas vezes mais devagar, outras mais depressa. Num compasso lento e elegante, como uma valsa, num ritmo intenso e carnal, através do olhar, seduz-nos num tango. Ou surpreende-nos com a agitação da pandeireta e dos tambores de um samba. Com alegria e sorrisos. Ontem foi assim que o meu avô se despediu de nós. Ao ritmo de um samba, o corpo de oitenta e seis anos curvado, que ainda há pouco tempo mal se equilibrava em passos lentos, rendeu-se aos ritmos brasileiros e à alegria de viver. O meu avô Augusto, o patriarca, que tem lutado sempre pela união e amizade (e tem conseguido) da família, realizou ontem um dos seus sonhos. Juntou os amigos mais próximos e a família e fez questão de pagar o jantar a todos. Exigiu. Ninguém o pôde contrariar.

Os oitenta e seis anos que carrega nos ossos e na pele já lhe devem ter segredado que está mais perto do fim do que do início. Contou-me várias vezes que prometeu ao seu patrão, o senhor Teodoro dos Santos, quando trabalhava em contabilidade no Hotel Estoril-Sol, que ia durar até aos 120. Adorava que isso acontecesse, adorava poder acompanhá-lo nessa viagem, de perto. Mas há muito tempo que o avô não repete essa célebre fase e acho que ontem foi a sua grande festa de despedida. Com sorrisos, alegria, abraços, beijinhos, muita dança e lágrimas (às escondidas, claro). Quis dizer-nos que apesar de todas a dificuldades que passou, das rasteiras que a vida lhe pregou, foi e continua a ser feliz porque tem “a melhor família do mundo”.

Em Setembro disse-me que o casamento da minha irmã tinha sido o dia mais feliz da vida dele. Hoje tenho a certeza de que o dia mais feliz da vida do meu avô foi ontem, 15 de Março de 2008.

Espero que o meu avô cumpra a meta prometida, a dos 120. Mas se partir antes quero lembrar-me dele para sempre a dançar samba, a bater palmas, a sorrir, a ignorar pela primeira vez um jogo do Belenenses - o clube do seu coração – e a passar o testemunho de líder da família ao meu primo Nuno, que até agora era apenas o “capitão” da equipa. Quero lembrar-me daquele abraço apertado que lhe dei, como se o quisesse prender nos meus braços. Para sempre. E de uma frase que o avô disse: “até à eternidade”. Havemos de nos encontrar por lá… pode ser que o avô me ensine a sambar.

14 março, 2008



O MEU CORAÇÃO É COMO A LUA. ORA ESTÁ NOVO, ORA ESTÁ QUARTO CRESCENTE, QUARTO MINGUANTE. OU CHEIO - é a minha fase preferida!




23 fevereiro, 2008

Emergency landing at Miami International-2/22/08

Não gosto propriamente de andar de avião mas adoro viajar por isso é inevitável andar no "bichinho". Ontem vi em directo estas imagens. A roda dianteira do trem de aterrgem não estava nas melhores condições e por isso o avião teve de fazer uma aterragem de emergência no aeroporto de Miami. Teve de andar às voltas a gastar combustível antes de aterrar para evitar que o avião explodisse, caso a aterragem corresse mal. Mas felizmente correu tudo bem. É incrível a maneira como o piloto controla o avião no momento crucial. Foi preciso muito sangue frio, certamente. Parabéns ao grande herói do dia!

19 fevereiro, 2008

A VINGANÇA! ASSIM É QUE SE FALA!










OBRIGADA, BRUNO! Aquilo que fizeste foi PURO SERVIÇO PÚBLICO!
CONSIDERAÇÕES DE UM JANTAR TEMÁTICO


Futurologia das cartas (sem esquecer o livre-arbítrio):

- Ele vai entrar de repente;
- Provavelmente antes de Junho;
- Já o conheço; (esta é que me está a tramar...)

17 fevereiro, 2008

ONTEM. Uma noite para recordar. Ou melhor, para repetir. Daquelas que nos surpreendem pela simplicidade, pelo imprevisto, pela harmonia de um momento bem vivido, dos poucos que se agarram à nossa memória de uma forma deliciosamente peganhenta. Como se fosse um filme daqueles que gostamos de ver vezes sem conta. O pretexto da ausência de namorados levou-nos a celebrar o dia das solteiras. Seis amigas, umas mais antigas do que outras - mas que encaixaram na perfeição. A verdade é que apesar de algumas não se conhecerem houve logo uma empatia no ar. Eu, a Vanessa, a Ana e a Vera rendemo-nos ao caril que mais tarde revelou ser mais pesado do que aparentava. A Joaninha e a Joana foram lá ter depois de jantar. Entre recordações, brindes, desejos, resoluções, e afins o caminho ia dar sempre ao mesmo: gargalhadas. Houve alguém que disse que “uma gargalhada é a distância mais curta entre duas pessoas” – provavelmente é. Confesso que me dá imenso prazer desarmar a frieza ou a antipatia de alguém com um sorriso. É um dos meus desafios preferidos. O riso e o sorriso são duas das expressões mais poderosas da Humanidade. É pena serem pouco usadas. Facilmente me rendo a um belo sentido de humor. Provavelmente é o que mais aprecio num homem – a sua capacidade de me fazer rir. Espero que as gargalhadas de ontem que se prolongaram até de madrugada, depois de agitarmos os corpos ao som de músicas dos anos oitenta, sejam um bom pronúncio e que para o ano estejamos a deliciar-nos com um belo jantar surpresa a doze. Nós e eles, está claro!

16 fevereiro, 2008

"Tell me what you don´t like about YOURSELF."

TELL ME!


05 fevereiro, 2008

30 janeiro, 2008

O ACONTECIMENTO INSÓLITO DO INEM


"Não se deve brincar com coisas sérias" é o que se costuma dizer. Mas neste caso - depois de quase dez minutos de conversa entre a senhora do centro do INEM, a médica da VMER de Vila Real, o bombeiro de serviço de Favaios e o de Alijó- temos mesmo de rir para não chorar. O telefonema a que assistimos é apenas representativo do que acontece diariamente neste país. As pessoas morrem por falta de meios, por falhas de comunicação, por burocracias que nunca mais acabam. Senti isso na pele. Há quase vinte anos, a minha avó Rosa sentiu-se mal e a minha mãe ligou de imediato para a emergência médica e com a eterna lista de perguntas que lhe fizeram e muitos nervos à mistura, quando a ambulância chegou já a minha avó estava morta...
Bem sei que tem de ser feita uma triagem porque há gente muito estúpida que se diverte a fazer telefonemas falsos para o INEM. É triste e é a realidade em que vivemos. Mas temos de mudar porque a saúde é um direito que nos assiste. Não podem morrer pessoas porque não há ali canetas para apontar o número da ficha. Não podem morrer pessoas porque "Castedo é Favaios". Não se pode pôr em risco uma vida humana porque só há um bombeiro disponível para sair!
Ontem fui visitar a minha avó Olga ao Hospital São Francisco Xavier. Estava internada no SO, felizmente transferiram-na para a enfermaria do Egas Moniz porque houve uma vaga e o SO do S. Francisco está a rebentar pelas costuras. Fiquei ainda mais revoltada com o estado da saúde no nosso país. Não há direito de haver macas com velhinhas nos corredores, nas correntes de ar, expostas a tudo e a todos, a gemerem com dores, à espera que a morte as leve dali. Não há direito de os médicos, enfermeiros e auxiliares trabalharem naquelas condições!
Espero que se fale menos de política na saúde e que se faça mais e melhor. É URGENTE!

RAP - genial!

INSOLITO Chamada Impossivel do INEM para Bombeiros

INSOLITO 1ª Parte Chamada Impossivel para INEM de Familiares

27 janeiro, 2008

Antes de me deitar, para relaxar...

Colbie Caillat - Bubbly

24 janeiro, 2008

Hoje foi tão bom rever quem nos faz falta. Deu para matar um bocadinho de saudades. Um bocadinho - já não é mau. Depois confesso que quando vi as imagens editadas do trabalho fiquei um pouco emocionada. Quando o texto salta para o ecrã, quando os personagens ganham corpo e alma e correspondem ou superam as expectativas é qualquer coisa de extraordinário... é uma sensação de missão cumprida, um conforto que me abraça. É nesse momento que me sinto a pessoa mais sortuda do mundo porque faço aquilo de que mais gosto.
Que boa energia!

Só conseguimos fazer os outros felizes se
estivermos verdadeiramente felizes

Ontem vi a Joana A. com a filha no supermercado. A Joana foi da minha turma no liceu durante alguns anos. Fomos amigas, estávamos muitas vezes juntas, até porque morávamos perto uma da outra. A Joana tinha era um grande defeito: mentia muito. Por circunstâncias da vida fomo-nos afastando. Se não estou em erro a Joana tem 26 ou 27 anos e a filha vai fazer dois ainda este ano. Já é MÃE. Fiquei a pensar nela, fiquei a pensar que realmente a vida está em constante mudança e que a Joana, a maria-pinóquio, que dizia que o pai trabalhava no "Barco do Amor" e que tinha isto e aquilo é MÃE. Casou-se e eu diria que está muito feliz, pelo que me pareceu. Eu tenho 25 anos e ainda espero fazer muitas coisas antes de ser mãe, mas esse é sem dúvida um dos grandes objectivos da minha vida. Admiro as mulheres que conseguem desempenhar bem o papel maternal com esta idade - é preciso abdicar de muitas coisas. Admiro-as mesmo.

22 janeiro, 2008


ESTOU COMPLETAMENTE VICIADA NA SÉRIE
NIP TUCK!

Estou chocada. Acabei de ver na CNN que o actor Heath Ledger morreu. O cowboy Del Mar de Brokeback Mountain e o Casanova foi encontrado hoje já sem vida pela empregada, no seu apartamento de Nova Iorque. Tinha 28 anos, era pai de uma menina, e tinha uma longa carreira pela frente.
Fontes policiais consideram que há uma forte possibilidade de o actor ter sido mais uma vítima de overdose. Cada vez mais estou convencida de que a fama torna as pessoas mais infelizes do que felizes.

20 janeiro, 2008

Luís Franco-Bastos - Um fenómeno do Humor

Este rapaz faz imitações de arrepiar! Quando o vi imitar o Cristiano Ronaldo, o Alberto João Jardim e o Joe Berardo fiquei mesmo impressionada! Espero que ele tenha muita sorte. Porque talento sobra-lhe!

KISS ME


Esta semana descobri os poderes terapêuticos deste brinquedo! É um verdadeiro anti-stress! Quando estava prestes a explodir como uma panela de pressão mal apertada, eis que o meu Ipod me implorou para o ligar e desaparecer dali. Foi exactamente o que fiz! Liguei-o e saí porta fora. Nunca um chá de camomila me soube tão bem, acompanhado por "Momentum", da banda sonora de Magnólia. Agora o meu amiguinho anti-stress está sempre em cima da minha secretária, não vá a panela começar a apitar outra vez! Com ele ouço o que quero quando quero! É que a paciência tem limites e a minha está na corda bamba!Obrigada, Nano, por me deixares sobreviver!

Fim-de-semana ZEN!










14 janeiro, 2008

Estou chocada. Acabei de ver na CNN que o actor Heath Ledger morreu. O cowboy do Del Mar do Brokeback Mountain foi encontrado hoje pela empregada já sem vida no seu apartamento de Nova Iorque. Tinha apenas 28 anos. Segundo fontes policiais há uma forte suspeita de que o actor tenha sido vítima de uma overdose.
Cada vez mais me convenço que a fama traz mais infelicidade do que felicidade...
JANEIRO...




Nunca gostei deste mês. Vem depois do Natal. É LONGOOOOO. É frio. Cinzento. Melancólico. Saltava já para Fevereiro. Para mim, o novo ciclo, o novo ano, começa em Dezembro. Só não o apago do calendário porque é dos meses mais preenchidos em termos de aniversários de amigos e familiares. Se não...



02 janeiro, 2008

Há coisas difíceis de entender. Como é que o preço do pão vai aumentar 30% e o preço do tabaco 10%? Parece-me que há uma certa confusão entre bens essenciais e vícios!

01 janeiro, 2008


De 2007 para 2008


Entre o Natal e o Ano Novo os dias não passam nem correm. Simplesmente atropelam-se. Depois da loucura das compras, das fatias douradas, dos presentes, dos abraços, da família, da consoada, já estamos a comer passas e a beber champanhe entre amigos. Num segundo despedimo-nos de 2007 e damos as boas vindas a 2008.

Devo dizer que mais uma vez adorei o meu Natal, que mais uma vez percebi que tenho uma família maravilhosa, que me proporciona momentos inesquecíveis. Cometi alguns excessos gastronómicos, mas era Natal e a partir de amanhã volto a entrar no eixo!

O Pai Natal foi MUITO generoso... muito tecnológico! :)

Quanto à passagem de ano foi bastante calma, em casa de uns amigos. Começo a ficar preocupada... cheguei a casa mais cedo que os meus pais! Estarei a ficar velha?! Também a tosse não ajuda... malditos micróbios que andam no ar!

Ontem pedi os doze desejos. Espero que 2008 seja pelo menos tão bom como foi 2007 (tirando aqueles períodos mais preocupantes, com a operação do meu pai foi um ano MARAVILHOSO).

Lembro-me de que no dia 1 de Janeiro de 2007 escrevi num caderninho os projectos/objectivos que gostaria de realizar nesse ano. Hoje fui buscar o caderno à estante e fiquei muito contente quando percebi que dos 12 que escrevi consegui realizar 9. Nada mau!



Em palavras, posso dizer que 2007 foi um ano de :

Evolução. Autoconhecimento. Aprendizagem. Família. Amor. Solidariedade. Casamentos. Amargura. Anatomia de Grey. Serenidade. Arraial d'Ajuda. Saudades. Ausências. Flor. Amizade. Jantares. Bem-estar. Música. Amor-próprio. Escrita. Doutor Póvoas. Identidade. Dança. Mana. Calor. Chá de menta. Conversas. Mudanças. Rebeldias. Felicidade.


Espero que 2008 me possa trazer aquilo que faltou em 2007 - borboletas no estômago! Já não exijo um Mark Darcy, nem Scofield ou um Mr. Big, nem mesmo um McDreamy! E já agora, para variar, era bom que não fosse capricório. Só para variar. Mas se tiver de ser... Uma das promessas que faço para este ano é ser menos exigente, menos perfeccionista, menos selectiva. Comigo e com os outros.

24 dezembro, 2007

FELIZ NATAL




23 dezembro, 2007

Esperar

"Quem espera sempre alcança" é mentira. Esperar não chega, como não chega fazer tudo o que está ao nosso alcancepara obter qualquer coisa, mas sem esperança. Aqui tanta coisa se mistura e evoca- a fé, por exemplo, ou a confiança em nós próprios que se torna difícil falar.
Ensinaram-me um verbo cuja beleza demora a compreender: CATIVAR. Não é aprisionar, reter ou enredar. É pôr passo ante passo, cada um mais bem pensado e sentido que o anterior, para conseguir que uma coisa ou alguém se propricie a virar para o que somos, queremos, onde estamos ou precisamos de ir. Pois a verdadeira esperança consiste em cativar, calmamente, o destino.
Não é forçá-lo - é uma insinuação. Se o destino nos dá um encontro, se nos apresenta a possibilidade de um amor, por pessoa ou obra, que nos move e nos faz desejar chegar a ela; é preciso continuá-lo, devagarinho, por nossa própria acção. Não é o destino que precisa de uma ajudinha ou dum empurrão - somos nós.
Esperar é correr o risco de falhar, de tudo perder - mas que importa isso, se se corre o risco de tudo conseguir e de ganhar? Toda a esperança traz dentro dela uma imagem bonita, uma imagem de bem. Seja de um amor perfeito ou dum país feliz. Não se pode traí-la, despachando-a ou escondendo-a. É preciso persegui-la. Muito. Devagar. Como se essa imagem, à imagem da nossa esperança existisse.
Miguel Esteves Cardoso (Explicações de Português)
O Natal encurta as distâncias
Adorei participar na festa da Comunidade Vida e Paz, sobretudo porque contactei com pessoas muito diferentes, que infelizmente são obrigadas a viver de uma forma menos digna, injusta. Quando estive no cabeleiro que montaram lá, na Cidade Universitária, o que mais me impressionou foi a quantidade de velhinhos que ali se dirigiram porque tinham deixado a reforma ou a pensão nas farmácias, com os medicamentos. Com os Sem-Abrigo só contactei no dia seguinte, quando estive na distribuição de roupas. A arrogância e a inveja não escolhe estratos sociais. É impressionante quando pessoas que nada têm ainda se tornam exigentes quando se lhes oferece qualquer coisa. "Não percebo, aquele ali leva umas botas fixes, a mim só me calha porcaria!"- é triste ouvir frases destas quando por detrás daquela acção houve um grande empenho de várias pessoas que quiseram ajudar, mesmo quando também levam uma vida difícil. Isso deixou-me triste. Mas para compensar, houve pessoas que me marcaram pela sua generosidade, pela humildade, pelo tempo que dedicaram aos outros. Recordo-me de um rapaz que foi ao cabeleireiro cortar o cabelo e que no dia seguinte já estava com uma t-shirt de voluntário vestida, a ajudar a servir jantares na cantina.
Apesar de toda a miséria que vi, aqueles dois dias preencheram-me, reconfortaram-me. Foi bom chegar a casa e olhar para a minha cama com outros olhos. É mesmo importante relativizar os problemas e valorizar estes pequenos momentos. A minha colaboração foi apenas uma pequena ajuda mas senti-me muito bem. Gosto de ajudar e gostei de ver que ainda há muita gente que se preocupa com os outros. Tenho muita vontade de continuar a fazer voluntariado.

09 dezembro, 2007

A SIMPLICIDADE FASCINA-ME CADA VEZ MAIS

02 dezembro, 2007

Every Car You Chase

Para mim esta mistura está... PERFEITA!



MENOS 10 KG!

Há cinco meses decidi que queria mesmo emagrecer porque quando me olhava ao espelho não gostava do que via. Nunca fui magra e todas as dietas que fui experimentando nunca deram os resultados pretedidos e eu desmoralizava logo. Não queria ser magra, a única coisa que desejava era sentir-me bem com o meu corpo. No final de Junho consegui uma consulta com o Doutor Fernando Póvoas e percebic logo que desta vez ia ser diferente. Senti de imediato uma enorme confiança no médico, que não se cansou de me dar força. Fiz, assim, uma dieta equilibrada juntamente com os comprimidos que o Dr. prescreveu e pela primeira vez comecei a ver resultados um mês depois de ter começado a dieta. Sexta-feira passada tive uma consulta com ele e e fiquei radiante porque o esforço (que não foi assim tanto, a verdade é que a dieta não é complicada) valeu mesmo a pena. Em cinco meses perdi 10 kg, tendo em conta que fiz na minha viagem ao Brasil uma pausa no regime alimentar. O mais importante é que tenho andado a aprender a comer de uma forma correcta e nunca me senti tão bem! Agora começo a sentir que o meu corpo e a minha mente convivem de uma forma harmoniosa. Hoje gosto mais de mim do que há cinco meses atrás. É uma questão de vaidade, de amor-próprio, de auto-estima, equilíbrio e, o mais importante, de saúde. Fi-lo por mim, pelo meu bem-estar. Estou feliz. Obrigada, Dr. Póvoas!

Já está na árvore o meu presente... De mim para mim! Entrei na Fnac e não resisti... É uma das minhas séries preferidas e apesar de já ter visto a maioria dos episódios perdi alguns! Os outros irei rever com muita atenção!


E lá chegou DEZEMBRO


Confesso que o último mês do ano é o meu preferido. Porque: É NATAL! Vivo esta época intensamente. É um mês em que me sobreponho à ditadura do tempo e faço aquilo que gostaria de fazer todo o ano. Escrevo postais às pessoas que estão longe para que me sintam mais perto, ou simplesmente àquelas que são especiais. Escolho lembranças para quem está no "passador", tentando fugir ao máximo do stress que isso pode envolver. Normalmente antecipo-me à loucura das compras natalícias, acho que não faz sentido um acto de prazer transformar-se num autêntico pesadelo. Torno-me menos egoísta, mais nostálgica, mais lamechas (será possivel?!). Vejo pela milésima vez o "Love Actually" e ouço vezes sem conta a banda sonora do filme ou o álbum de Diana Krall "Christmas Songs". Apercebo-me de que tenho tido imensa sorte na vida e faço um balanço do ano que está prestes a terminar e tento perceber se consegui realizar alguns objectivos que determinei no início do ano. Acho que em Dezembro consigo mostrar mais aquilo que sou, é mais fácil falar do que sinto, como sinto... Torno-me uma pessoa menos racional, mais impulsiva. Valorizo mais as coisas, que à partida parecem insignficantes. É bom, gosto dessa sensação.
Neste mês as pessoas estão mais pacientes, mais próximas, mais atentas... Parecem mais felizes, em paz. Pode ser apenas uma ilusão - há quem disfarce bem - mas é agradável ver que as pessoas sorriem mais nesta época.
ADORO O NATAL E OS EFEITOS QUE ESTA ÉPOCA ME PROVOCA!

25 novembro, 2007


ESCOLHER
Umas vezes escolhemos, outras vezes somos escolhidos. Às vezes podemos ter a sorte de escolher quem também nos escolhe. O verbo escolher implica abdicar de algo. Para escolhermos uma coisa, perdemos outra. Talvez não seja perder no sentido negativo do verbo, mas uma perda relativa, de uma hipótese que foi afastada para podermos viver a outra opção. Com o passar dos anos tenho percebido que inconscientemente tenho feito muitas escolhas. De experiências. De vida. De pessoas. Nestes 25 anos conheci muita gente e percebo que há uma espécie de selecção natural, de filtro, que tem prendido apenas algumas pessoas à minha vida. Tal como no leite fervido que mergulha através do passador, na minha vida só tem ficado a nata da nata - as pessoas que REALMENTE são importantes. Não interessam as distâncias, não interessa o tempo que passo com elas, não interessa se as conheci no ano passado, ontem, ou se já as conheço desde que nasci. Cada vez que estou com essas pessoas sinto que ainda no dia anterior estivemos juntas. É a isso que chamo amizade, amor, cumplicidade. Basta um olhar, um gesto, um sinal para nos percebermos, para nos rirmos, para chorarmos. Partilharmos.



Depois olho para trás e reparo que pelo passador evaporaram-se muitas pessoas, que até numa determinada parte da minha vida pareciam nata. Ilusão. Desilusão. Indiferença. Evaporaram-se. Não sinto saudades delas. Não sinto vontade de as rever. São as pessoas do "olá! Tudo bem?". Antes ainda dizia" temos de combinar qualquer coisa", quando as via. Agora não estou para isso. Já não as conheço e elas também não me conhecem. O que é que temos para partilhar? Lembranças. Passado que já passou pelos buracos do passador.



Já fui escolhida, já escolhi e já tive a sorte de escolher quem me escolheu. Mas ainda há espaço no passador!


Corria-lhe a vida como o sangue lhe circulava nas veias. Depressa, num acelerar constante, sem tempo para pausas, intervalos. Reflexões, até. O ruído do despertador interrompia a melhor parte do sono dela, em que sonhava que o tempo parasse, ou pelo menos andasse mais devagar, num compasso lento, que lhe permitisse, saborear, mastigar, cada minuto, cada segundo, da vida. Dava banho aos miúdos e vestia-os à pressa. O pequeno-almoço era tomado no carro - iogurtes líquidos e pacotinhos de bolachas. Eles não se queixavam, já estavam habituados àquela correria. Os miúdos falavam muito no carro, ela atendia os telefonemas da empresa, que eram sempre tão urgentes. Deixava os filhos na escola, olhava-os pelo retrovisor. Eles atravessavam de mãos dadas a rua, na passadeira, enquanto ela agendava mais uma reunião. Avançou na estrada e reparou que os enfeites de Natal já tinham vestido as ruas. Desligou a chamada. Pegou no seu palm e percebeu que já era dia 15 de Dezembro. Parou o carro junto a um candeeiro, agora enfeitado com folhas a imitar azevinho. O telemóvel tocou mais uma e outra vez. Ela olhou para o visor, onde se lia empresa e desligou o aparelho. Parou a vida durante dez minutos. Lembrou-se dos Natais na aldeia, com a família reunida, das rabanadas feitas pela mãe, das filhós da tia Rita, do cheiro a lenha a arder na gigantesca lareira da sala, do musgo que apanhava para o presépio, do sabor do vinho do porto com canela, que o pai preparava com tanto entusiasmo. Das gargalhadas que se prolongavam até à madrugada. Pela primeira vez teve tempo de sentir saudades. Pela primeira vez lembrou-se que os filhos nunca tinham tido um Natal a sério, como ela sempre teve até sair da aldeia. Ligou o telemóvel e fez uma chamada para a mãe. “Este ano contem connosco para o Natal.” Saiu do carro e sentiu o frio gelado a entrar-lhe pelos poros. Fechou os olhos e deixou-se estar assim, quieta, sossegada, parada no tempo. Desta vez era ela a dar ordens ao relógio, a exigir que ele parasse. Sentou-se num banco de jardim e apertou mais o cachecol de lã macia. Acendeu um cigarro e saboreou-o até ao fim. Lembrou-se dos miúdos. Só uma chamada da empresa voltou a interromper os seus pensamentos. Ela deitou o telemóvel no caixote do lixo mais próximo. Voltou a entrar no carro e só parou à porta da escola dos miúdos. Foi buscá-los. Eles ficaram baralhados. “O que é que vieste cá fazer?”- perguntou o mais velho. “Estava a escrever a carta ao Pai Natal, mamã”, disse o mais novo. Pela primeira vez ela quis saber o que é que o filho tinha pedido. Era sempre mais prático os miúdos assinalarem nos catálogos dos hipermercados os brinquedos ou jogos que queriam ter. Ela limitava-se a pedir à secretária para os comprar. “Pedi ao Pai Natal para te trazer muitos relógios, para teres mais tempo”. Ela ficou arrepiada com as palavras do filho. Deu as mãos aos dois e avançaram juntos até ao carro. “Onde é que vamos?”- perguntou o mais novo. “Não tens de ir trabalhar?”, o mais velho estava cada vez mais confuso. Ela esboçou um sorriso doce e olhou-os por instantes, como se os estivesse a ver pela primeira vez. Reparou que eles tinham crescido, percebeu que não olhava para eles, com olhos de ver, de sentir, há muito tempo. Anos, talvez. Aconchegou-lhes os casacos e disse: “Vamos para casa… Ainda não montámos a árvore de Natal”.

22 novembro, 2007



Como bons portugueses que somos... Lá nos
SAFÁMOS!




"À rasquinha", claro! A selecção nacional faz-me lembrar o Real Madrid de Figo, Beckam, Ronaldo... Jogadores brilhantes, autênticas estrelas, mas que não funcionavam como equipa. Sou uma fervorosa adepta da Selecção, daquelas que vibram, que gritam, que choram, pulam! Ao contrário de Scolari, acho que a fase de apuramento podia ter corrido muito melhor. Mesmo com todos os problemas julgo que a nossa equipa podia ter dado mais alegria aos portugueses.

Gosto do Scolari, sempre gostei. Acho piada ao mau feitio dele e à casmurrice. Reconheço que o treinador já esteve mal nalguns momentos mas o Mister Felipão já me deu tantas alegrias que me permite desculpar as gafes que ele dá de vez em quando. Foi preciso vir aquele homem para revolucionar a ligação entre os portugueses e a selecção nacional- esse tem sido o maior feito dele!

Estou com muita esperança no Euro 2008 e espero que esta selecção consiga mostrar à Europa e ao resto do mundo o seu talento. Eu cá estarei para os apoiar, sempre! Sem assobios.

Comunidade Vida e Paz

Já há algum tempo que ando com vontade de fazer voluntariado. Fiz várias pesquisas sobre instituições mas a verdade é que fui adiando este desejo. Não sei se por falta de coragem, se por comodismo, se por egoísmo, se pelo facto de ter medo de falhar. A verdade é que essa ideia de voluntariado, na minha cabeça, sempre esteve associada aos sem-abrigo.
Por destino ou acaso, este mês recebi um mail da comunidade vida e paz a pedir voluntariados para a organização da festa de natal que aquela instituição promove todos os anos. Inscrevi-me de imediato, para a formação e para colaborar em dois dias da festa. Ontem foi um dos dias de formação e fiquei completamente surpreendida pela quantidade de pessoas que encheram a cantina da cidade universitária. Não havia sequer lugares para tanta gente. Jovens, adultos, pessoas cuja idade se reflecte nas rugas e nos cabelos brancos, mães e filhos, casais... Enfim, todos unidos por uma causa nobre. Vou colaborar em duas tarefas- no cabeleireiro (não, não vou cortar o cabelo aos convidados, isso vai ser feito por profissionais), vou maquilhar as mulheres, arranjar-lhes as mãos, lavar o cabelo dos convidados, varrer e limpar o chão... Enfim, vou fazer tudo para que aquele dia seja especial para eles, quero que naquele momento sintam que alguém está a cuidar deles. Depois, vou estar na distribuição das roupas. Gostava muito de trabalhar na área do acolhimento mas foi a mais concorrida. Portanto, decidi ir para os sítios em que fizesse mais falta. Estou muito entusiasmada com este evento, acho que vai mudar alguma coisa em mim. É pena (e contra mim falo) que as pessoas só façam solidariedade quando há campanhas, principalmente, no Natal.

20 novembro, 2007

JUST BREATHE

Depois de uma tarde melancólica de domingo passada no sofá, com uma manta sobre as pernas, a ver a série, dei por mim a pensar: será que é mesmo pior estar mal acompanhada do que sozinha? Este tempo, esta chuva, este cheiro a Natal, destapam a minha sensibilidade. Assim não dá! Ainda estamos a um mês do Natal!

16 novembro, 2007

09 novembro, 2007